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Bersani: "é preciso combinar políticas de rigor com políticas de crescimento"

Bersani: "é preciso combinar políticas de rigor com políticas de crescimento"
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O líder da esquerda italiana nasceu no seio de uma família católica mas foi militante comunista. Aos 61 anos, Pier Luigi Bersani apresenta-se ao eleitorado com uma longa carreira política. A imagem do dirigente do Partido Democrata (PD) não podia ser mais oposta à de Silvio Berlusconi, uma personalidade conhecida mundialmente pelas mais variadas razões.

Bersani disse querer manter a agenda de rigor do primeiro-ministro cessante, Mario Monti, mas pretende acrescentar-lhe medidas que promovam o crescimento económico.

Apreciador de charutos, um dos seus pecados confessos, Bersani é um europeísta convicto que deseja a criação dos Estados Unidos da Europa. O líder do PD apresenta-se a estas eleições à frente nas sondagens.

Annibale Fracasso, euronews:

Senhor Bersani, se as eleições se tivessem realizado há um ano hoje seria primeiro-ministro de Itália. Agora as coisas parecem mais complicadas. Continua sem afirmar que a vitória é certa, enquanto Berlusconi diz que está muito perto de o ultraar. Tem a sensação de que Berlusconi lhe está a morder os calcanhares?

Pier Luigi Bersani:

Antes do mais, há um ano fizemos o que tínhamos a fazer e não estamos arrependidos apesar dos problemas de Itália. É claro que a direita existe neste país, é um facto. A direita existe e Berlusconi faz propostas populistas. Ele toca a sua música. No entanto não creio que a direita me esteja a morder os calcanhares porque sinto uma vontade de mudança por todo o país, pelo que me sinto bastante confiante nos nossos resultados eleitorais.

euronews:

Teve uma receção acolhedora em Paris, Bruxelas e Berlim. Os membros da sua equipa viajaram até Londres para falarem com os banqueiros da City. Agora está aqui na euronews para se dirigir aos povos da Europa. Tem a sensação que todo o continente, incluindo alguma direita, está a torcer por si?

Pier Luigi Bersani:

O que constatei foi uma preocupação profunda com um resultado que possa ditar o “eterno regresso” de Berlusconi porque acho que a Europa viu claramente como a Itália de Berlusconi afetou o ideal europeu, a sua credibilidade. Por isso, a minha perceção é que temos a responsabilidade de alcançar a vitória, não apenas pela Itália mas por toda a Europa. E não me refiro somente à esquerda europeia.

euronews:

Na Europa não é claro se Monti é um moderado do centro-direita ou um cristão-democrata do centro esquerda. O que pensa disto?

Pier Luigi Bersani:

Temos atualmente em Itália a mesma discussão e ainda não chegámos a uma definição. Digamos que Monti é um liberal moderado com um ligeiro perfume, nos últimos tempos, de cristão-democrata. Ele diz ter recebido alguns conselhos de gurus e que esses gurus aconselham geralmente atacar o adversário e fazer promessas. Vimos nisso uma espécie de conversão, temos um Monti renascido diante de nós. Mas francamente, não sei o que pensar. Cabe aos eleitores decidir.

euronews:

O slogan do seu partido é “A Itália Justa”. Que rumo tomaria Itália consigo como primeiro-ministro?

Pier Luigi Bersani:

“A Itália Justa” significa uma Itália que, para começar, se vê a si própria como um país restaurado de um ponto de vista moral. Isto significa sobriedade na política, a criação de leis sérias contra a corrupção, contra os conflitos de interesse, e a favor de mercados livres e abertos. Significa também promover direitos, como os direitos que existem na Europa que protegem os filhos dos imigrantes, os casais homossexuais, a igualdade de género, o direito à educação, o direito dos trabalhadores terem uma palavra a dizer nas decisões de uma empresa, e por aí adiante. Ao mesmo tempo, temos de nos focar no trabalho. “A Itália Justa” é feita com uma Itália que pode ter mais trabalho. Para isso temos de nos concentrar na economia real, que perdemos de vista. Eu pretendo relançar a paixão pelo país e a paixão dos italianos pela economia real: pelas companhias, pelos empregos e pelo Made in Italy. Este é o nosso ponto de partida.

euronews:

O que pensa acerca de liderar uma Itália sem o apoio total dos mercados financeiros.

Pier Luigi Bersani:

Eu creio que os mercados são uma variável que não pode ser ignorada. Penso que os mercados sabem ler a nossa situação económica. O tamanho da nossa economia é demasiado grande para ser resgatada, por isso temos de continuar com as políticas de recuperação, de controlo orçamental, de estabilidade. Contudo os mercados dizem que não temos crescimento suficiente, que a recessão é demasiado forte e que ninguém ajusta os orçamentos num quadro de recessão demasiado longa. Por isso, é preciso combinar políticas de rigor com políticas de crescimento. Pedimo-lo para a Europa, deveríamos poder fazê-lo em Itália.

euronews:

O senhor convidou o antigo procurador Piero Grasso para concorrer nas listas do seu partido. Trata-se de um aviso ao crime organizado? Pensa nele como eventual ministro da Justiça?

Pier Luigi Bersani:

Piero Grasso é certamente uma personalidade de grande importância e a sua presença indica precisamente a minha intenção de declarar guerra ao crime. Convém não esquecer que em tempos de crise o crime prospera graças aos seus recursos financeiros.

euronews:

Mas Berlusconi afirma que foi o seu governo que meteu os criminosos na prisão…

Pier Luigi Bersani:

Berlusconi diz muitas coisas. Infelizmente ainda há muitos criminosos à solta e a sua economia suja anda a poluir a economia limpa.

euronews:

Quanto ao buraco negro do desemprego jovem, que é particularmente elevado no sul de Itália mas também em muitos países europeus, qual será a sua estratégia se for primeiro-ministro?

Pier Luigi Bersani:

Não há nenhuma poção mágica mas precisamos certamente de melhorar algumas das regras respeitantes ao trabalho e aos empregos temporários. Mas as regras sozinhas não criam emprego. É preciso consumo e investimento. Por isso a minha receita é buscar políticas económicas e fiscais que encorajem o investimento privado e público e relancem o consumo. Estas são as principais prioridades se quisermos verdadeiramente falar de emprego. E, em 2014, temos de fixar um objetivo e colocar um sinal “+” em frente aos números do emprego.

euronews:

Na Europa espera-se ansiosamente o resultado das eleições italianas. Mas se a coligação de centro-direita conquistar a região da Lombardia, já anunciou que iria criar uma macro-região da europa do norte, juntamente com as regiões do Veneto e do Piemonte. O que lhe parece?

Pier Luigi Bersani:

Trata-se de propostas populistas e loucas da Liga do Norte. São políticas que geram problemas e que são inspiradas por uma cultura de espírito fechado, de regressão e de barreiras. Isto é o que eles são. Honestamente, creio que o norte do país já percebeu que isto não nos leva a lado nenhum.

euronews:

Uma última pergunta. Contrariamente a Berlusconi e Monti o senhor preferiu não aparecer muito na televisão – deixe-me agradecer-lhe ter aceitado esta entrevista – e preferiu fazer campanha pelo país fora. Encontrou no seu périplo “A Itália Justa”?

Pier Luigi Bersani:

Encontrei uma Itália muito zangada embora pense que, pelo menos a Itália que nos é próxima, deseja uma mudança de governo. A esta Itália eu digo que os protestos, sozinhos, não nos levam a lado nenhum. Mas um governo sem mudança também não. Por isso, a síntese entre mudança e governo é o que temos proposto nas nossas viagens pelo país. Somos um grande partido popular e não podemos menosprezar uma presença efetiva no terreno. Esta é a nossa arma atómica e por isso vamos vencer.

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