{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/viagens/2013/06/18/viagem-pelo-patrimonio-cultural-das-filipinas" }, "headline": "Viagem pelo patrim\u00f3nio cultural das Filipinas", "description": "Viagem pelo patrim\u00f3nio cultural das Filipinas", "articleBody": "As Filipinas t\u00eam uma hist\u00f3ria \u00fanica. Nesta derradeira edi\u00e7\u00e3o de \u2018Philippine Life\u2019,apanhamos a estrada do patrim\u00f3nio \u00e0 descoberta de tr\u00eas locais classificados pela UNESCO: Visitamos a antiga cidade colonial espanhola de Vigan e a igreja barroca de Paoay, mas primeiro vamos at\u00e9 aos socalcos de produ\u00e7\u00e3o de arroz em Banaue.Os filipinos chamam-lhe com orgulho, a \u2018oitava maravilha do mundo\u2019 e os espanh\u00f3is pensavam que eram uma escadaria para o c\u00e9u: Estamos no arrozal em socalcos nas remotas montanhas no norte das Filipinas. Vistos da aldeia de Batad, os socalcos parecem um gigantesco anfiteatro. Foram constru\u00eddos h\u00e1 cerca de 2000 anos por uma tribo destas montanhas, os Ifugao. Os m\u00e9todos tradicionais de produ\u00e7\u00e3o de arroz s\u00e3o ados de gera\u00e7\u00e3o em gera\u00e7\u00e3o.\u201c\u00c9 a mesma rotina, todas as manh\u00e3s. Antes de irmos trabalhar nos campos, temos de preparar o arroz para que quando regressarmos \u00e0 tarde, o arroz j\u00e1 esteja pronto para cozinhar o jantar\u201d, relatam Rosalia Buya e Tessie Mannod, que viveram toda a vida em Batad. Cada uma tem sete filhos que ajudam na labuta di\u00e1ria. Aprenderam muito cedo a separa\u00e7\u00e3o de tarefas entre homens e mulheres:\u201cH\u00e1 uma separa\u00e7\u00e3o das tarefas. As mulheres s\u00e3o quem prepara e limpa os arrozais e as paredes dos socalcos. Tamb\u00e9m plantamos o arroz. Os homens s\u00e3o quem repara os muros e prepara os solos nos arrozais\u201d, explicam.O trabalho \u00e9 duro e muitos jovens preferem procurar outras oportunidades na cidade. Os que ficam, esperam que o patrim\u00f3nio consiga ser preservado:\u201cN\u00e3o podemos abandonar estes campos de arroz. Temos de os preservar porque estes socalcos t\u00eam um grande valor sentimental\u201d, dizem-nos.As tradi\u00e7\u00f5es s\u00e3o sagradas para os Ifugao e Bulol, o deus do arroz, tem um papel fundamental:\u201cDurante a \u00e9poca das colheitas realizamos v\u00e1rios rituais porque acreditamos que o deus do arroz protege aquilo que plantamos dos inimigos, como p\u00e1ssaros e ratos, evitando que destruam as colheitas\u201d, conta um dos habitantes de Batad.As Filipinas possuem uma sedutora mistura de culturas. A norte de Batad encontra-se Vigan. Patrim\u00f3nio da UNESCO, \u00e9 considerada a cidade colonial espanhola mais bem conservada na \u00c1sia. E n\u00e3o \u00e9 apenas uma cidade-museu, as casas centen\u00e1rias continuam habitadas e ganharam nova vida, como refere autarca local, Eva Marie Medina: \u201cVigan \u00e9 uma fus\u00e3o de Ocidente e Oriente. Encontramos aqui o melhor de dois mundos. Convencemos os propriet\u00e1rios a abrirem lojas nos pisos t\u00e9rreos para recuperar o velho com\u00e9rcio tradicional e, pouco a pouco, isso trouxe uma nova vida a Vigan\u201d.60 km a norte de Vigan encontra-se a igreja de Santo Agostinho, em Paoay. \u00c9 um exemplo da arquitetura barroca na \u00c1sia. As paredes em pedra de coral resistiram a mais de 50 terramotos nos \u00faltimos 300 anos, gra\u00e7as aos maci\u00e7os contrafortes ao longo da estrutura. \u00c9 uma fus\u00e3o de arquitetura europeia com a local, como explica o investigador Bernard Guerrero: \u201cOs construtores nas Filipinas n\u00e3o tinham ideia de como eram as igrejas na Europa. Basicamente, o que fizeram foi criar igrejas barrocas com base nas suas pr\u00f3prias interpreta\u00e7\u00f5es. Vemos bem o amor que colocaram e a esperan\u00e7a que tinham de estar a construir uma estrutura que durasse para sempre\u201d.", "dateCreated": "2013-06-18T17:13:03+02:00", "dateModified": "2013-06-18T17:13:03+02:00", "datePublished": "2013-06-18T17:13:03+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F226842%2F1440x810_226842.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Viagem pelo patrim\u00f3nio cultural das Filipinas", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2F226842%2F432x243_226842.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Viagem pelo património cultural das Filipinas

Viagem pelo património cultural das Filipinas
Direitos de autor 
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
PUBLICIDADE

As Filipinas têm uma história única. Nesta derradeira edição de ‘Philippine Life’,apanhamos a estrada do património à descoberta de três locais classificados pela UNESCO: Visitamos a antiga cidade colonial espanhola de Vigan e a igreja barroca de Paoay, mas primeiro vamos até aos socalcos de produção de arroz em Banaue.

Os filipinos chamam-lhe com orgulho, a ‘oitava maravilha do mundo’ e os espanhóis pensavam que eram uma escadaria para o céu: Estamos no arrozal em socalcos nas remotas montanhas no norte das Filipinas. Vistos da aldeia de Batad, os socalcos parecem um gigantesco anfiteatro. Foram construídos há cerca de 2000 anos por uma tribo destas montanhas, os Ifugao. Os métodos tradicionais de produção de arroz são ados de geração em geração.

“É a mesma rotina, todas as manhãs. Antes de irmos trabalhar nos campos, temos de preparar o arroz para que quando regressarmos à tarde, o arroz já esteja pronto para cozinhar o jantar”, relatam Rosalia Buya e Tessie Mannod, que viveram toda a vida em Batad. Cada uma tem sete filhos que ajudam na labuta diária. Aprenderam muito cedo a separação de tarefas entre homens e mulheres:

“Há uma separação das tarefas. As mulheres são quem prepara e limpa os arrozais e as paredes dos socalcos. Também plantamos o arroz. Os homens são quem repara os muros e prepara os solos nos arrozais”, explicam.

O trabalho é duro e muitos jovens preferem procurar outras oportunidades na cidade. Os que ficam, esperam que o património consiga ser preservado:

“Não podemos abandonar estes campos de arroz. Temos de os preservar porque estes socalcos têm um grande valor sentimental”, dizem-nos.

As tradições são sagradas para os Ifugao e Bulol, o deus do arroz, tem um papel fundamental:

“Durante a época das colheitas realizamos vários rituais porque acreditamos que o deus do arroz protege aquilo que plantamos dos inimigos, como pássaros e ratos, evitando que destruam as colheitas”, conta um dos habitantes de Batad.

As Filipinas possuem uma sedutora mistura de culturas. A norte de Batad encontra-se Vigan. Património da UNESCO, é considerada a cidade colonial espanhola mais bem conservada na Ásia. E não é apenas uma cidade-museu, as casas centenárias continuam habitadas e ganharam nova vida, como refere autarca local, Eva Marie Medina:

“Vigan é uma fusão de Ocidente e Oriente. Encontramos aqui o melhor de dois mundos. Convencemos os proprietários a abrirem lojas nos pisos térreos para recuperar o velho comércio tradicional e, pouco a pouco, isso trouxe uma nova vida a Vigan”.

60 km a norte de Vigan encontra-se a igreja de Santo Agostinho, em Paoay. É um exemplo da arquitetura barroca na Ásia. As paredes em pedra de coral resistiram a mais de 50 terramotos nos últimos 300 anos, graças aos maciços contrafortes ao longo da estrutura. É uma fusão de arquitetura europeia com a local, como explica o investigador Bernard Guerrero:

“Os construtores nas Filipinas não tinham ideia de como eram as igrejas na Europa. Basicamente, o que fizeram foi criar igrejas barrocas com base nas suas próprias interpretações. Vemos bem o amor que colocaram e a esperança que tinham de estar a construir uma estrutura que durasse para sempre”.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Bursa: Seda, história e os sabores de um legado otomano

Sagunto: Ruínas romanas, aves e património costeiro

O renascimento criativo de Istambul: arte contemporânea e sustentabilidade na capital cultural