{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/next/2019/09/16/futuris-o-laser-que-rouba-eletricidade-aos-relampagos" }, "headline": "Futuris: O laser que rouba eletricidade aos rel\u00e2mpagos", "description": "No programa desta semana, a Euronews foi conhecer uma tencologia que est\u00e1 a ser desenvolvida para extrair a eletricidade dos raios", "articleBody": "O rel\u00e2mpago \u00e9 um dos fen\u00f3menos naturais mais perigosos e imprevis\u00edveis. Os sistemas de prote\u00e7\u00e3o atuais ainda s\u00e3o semelhantes ao para-raios inventado por Benjamin Franklin, h\u00e1 quase 300 anos. Mas um grupo de cientistas est\u00e1 a desenvolver uma tecnologia baseada em laser que pode neutralizar esta amea\u00e7a. Um laser que \u0022colhe\u0022 eletricidade S\u00e4ntis \u00e9 a montanha mais alta de Alpstein. Fica no nordeste da Su\u00ed\u00e7a. \u00c9 um local muito especial para cientistas que estudam rel\u00e2mpagos, por causa das condi\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas extremas. Santis \u00e9 tamb\u00e9m onde fica a sede de um observat\u00f3rio e de uma rede de sensores que registam constantemente dados sobre este poderoso fen\u00f3meno natural, que pode ser uma grande preocupa\u00e7\u00e3o para a sociedade. Al\u00e9m dos apag\u00f5es, dos danos eletr\u00f3nicos e dos inc\u00eandios florestais que custam milh\u00f5es de euros, os rel\u00e2mpagos tiram a vida, por ano, de 6.000 a 24.000 pessoas em todo o mundo. A torre da sede tem uma caracter\u00edstica \u00fanica na Europa Ocidental e possivelmente em todo o mundo. \u00c9 regularmente atingida por rel\u00e2mpagos, cem em m\u00e9dia por ano , o que faz dela um excelente campo de estudo. \u0022O que fazemos \u00e9 medir a carga el\u00e9trica que \u00e9 transferida das nuvens para a Terra. \u00c9 como um choque el\u00e9trico que atinge uma pessoa quando toca numa tomada. Neste caso, medimos essa descarga e isso permite-nos descobrir quanta carga est\u00e1 a ser transferida das nuvens para o solo\u0022, explica Marcos Rubinstein, cientista na Universidade de Ci\u00eancias Aplicadas, na Su\u00ed\u00e7a. O rel\u00e2mpago \u00e9 tamb\u00e9m uma fonte \u00fanica de campo eletromagn\u00e9tico. N\u00e3o existe algo semelhante na natureza ou mesmo feito pelo homem. Produz campos basicamente em toda a faixa de frequ\u00eancias, desde frequ\u00eancias muito baixas a frequ\u00eancias de r\u00e1dio, microondas, raios X e raios gama. \u0022O que estamos a fazer \u00e9 medir estes campos eletromagn\u00e9ticos, o que nos ajuda muito a entender os mecanismos f\u00edsicos, mas tamb\u00e9m nos permite validar o modelo te\u00f3rico que estamos a desnevolver para simular o efeito dos rel\u00e2mpagos e proteger as estruturas de um raio.\u0022 , explica o especialista Farhad Rachidi, cientista na Universidade de Lausanne. A modelagem de todas estas informa\u00e7\u00f5es permite que os cientistas entendam melhor o processo de forma\u00e7\u00e3o de raios e desenvolvam um sistema de prote\u00e7\u00e3o. Estes especialistas, em Paris, trabalham no projeto europeu Laser Lighting Rod (LLR) onde est\u00e3o a testar um instrumento baseado no uso de descargas de raios ascendentes, iniciadas por um poderoso laser. \u0022A id\u00e9ia de querer controlar o raio por um laser n\u00e3o \u00e9 muito recente. Come\u00e7a com a id\u00e9ia de que, gra\u00e7as ao laser, podemos projetar energia a uma longa dist\u00e2ncia. Gostar\u00edamos de usar o laser para criar um caminho preferencial para o raio, para fazer uma esp\u00e9cie de guia que cava o ar usando impulsos a laser muito poderosos\u0022 , explica Aurelien Houard, coordenador do projeto. Os testes de laborat\u00f3rio reproduzem um raio numa escala de um ou dois metros, mas no futuro o instrumento tentar\u00e1 lidar com raios reais, de algumas centenas de metros a mil metros de comprimento. \u0022Instalamos um pequeno para-raios pr\u00f3ximo ao laser, para o qual orientamos os raios e todas as cargas el\u00e9tricas que retiramos da nuvem, o que permite proteger o laser e tamb\u00e9m levar a corrente ao solo para proteger tudo o resto.\u0022 , conclui o coordenador do projeto Aurelien Houard. Este tipo de sistema baseado em laser pode ser facilmente implant\u00e1vel para a prote\u00e7\u00e3o de instala\u00e7\u00f5es especialmente vulner\u00e1veis, como centrais el\u00e9tricas, instala\u00e7\u00f5es nucleares, aeroportos, plataformas de descolagem, mas tamb\u00e9m para grandes grupos de pessoas. ", "dateCreated": "2019-09-12T15:02:11+02:00", "dateModified": "2019-09-17T18:17:57+02:00", "datePublished": "2019-09-16T17:20:21+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F15%2F33%2F04%2F1440x810_cmsv2_380709d1-4917-56a2-a5f5-8fa4f86cc97c-4153304.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "No programa desta semana, a Euronews foi conhecer uma tencologia que est\u00e1 a ser desenvolvida para extrair a eletricidade dos raios", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F04%2F15%2F33%2F04%2F432x243_cmsv2_380709d1-4917-56a2-a5f5-8fa4f86cc97c-4153304.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Rosmino", "givenName": "Claudio", "name": "Claudio Rosmino", "url": "/perfis/108", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@RosmiNow", "jobTitle": "Producer", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue italienne" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "S\u00e9ries" ] }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }

Futuris: O laser que rouba eletricidade aos relâmpagos

Em parceria comThe European Commission
Futuris: O laser que rouba eletricidade aos relâmpagos
Direitos de autor 
De Claudio RosminoAna Serapicos
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notícia
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

No programa desta semana, a Euronews foi conhecer uma tencologia que está a ser desenvolvida para extrair a eletricidade dos raios

O relâmpago é um dos fenómenos naturais mais perigosos e imprevisíveis. Os sistemas de proteção atuais ainda são semelhantes ao para-raios inventado por Benjamin Franklin, há quase 300 anos.

Mas um grupo de cientistas está a desenvolver uma tecnologia baseada em laser que pode neutralizar esta ameaça.

Um laser que "colhe" eletricidade

Säntis é a montanha mais alta de Alpstein. Fica no nordeste da Suíça. É um local muito especial para cientistas que estudam relâmpagos, por causa das condições climáticas extremas.

Santis é também onde fica a sede de um observatório e de uma rede de sensores que registam constantemente dados sobre este poderoso fenómeno natural, que pode ser uma grande preocupação para a sociedade.

Além dos apagões, dos danos eletrónicos e dos incêndios florestais que custam milhões de euros, os relâmpagos tiram a vida, por ano, de 6.000 a 24.000 pessoas em todo o mundo.

A torre da sede tem uma característica única na Europa Ocidental e possivelmente em todo o mundo. É regularmente atingida por relâmpagos, cem em média por ano, o que faz dela um excelente campo de estudo.

"O que fazemos é medir a carga elétrica que é transferida das nuvens para a Terra. É como um choque elétrico que atinge uma pessoa quando toca numa tomada. Neste caso, medimos essa descarga e isso permite-nos descobrir quanta carga está a ser transferida das nuvens para o solo", explica Marcos Rubinstein, cientista na Universidade de Ciências Aplicadas, na Suíça.

O relâmpago é também uma fonte única de campo eletromagnético. Não existe algo semelhante na natureza ou mesmo feito pelo homem. Produz campos basicamente em toda a faixa de frequências, desde frequências muito baixas a frequências de rádio, microondas, raios X e raios gama.

"O que estamos a fazer é medir estes campos eletromagnéticos, o que nos ajuda muito a entender os mecanismos físicos, mas também nos permite validar o modelo teórico que estamos a desnevolver para simular o efeito dos relâmpagos e proteger as estruturas de um raio.", explica o especialista Farhad Rachidi, cientista na Universidade de Lausanne.

A modelagem de todas estas informações permite que os cientistas entendam melhor o processo de formação de raios e desenvolvam um sistema de proteção. Estes especialistas, em Paris, trabalham no projeto europeu Laser Lighting Rod (LLR) onde estão a testar um instrumento baseado no uso de descargas de raios ascendentes, iniciadas por um poderoso laser.

"A idéia de querer controlar o raio por um laser não é muito recente. Começa com a idéia de que, graças ao laser, podemos projetar energia a uma longa distância. Gostaríamos de usar o laser para criar um caminho preferencial para o raio, para fazer uma espécie de guia que cava o ar usando impulsos a laser muito poderosos", explica Aurelien Houard, coordenador do projeto.

Os testes de laboratório reproduzem um raio numa escala de um ou dois metros, mas no futuro o instrumento tentará lidar com raios reais, de algumas centenas de metros a mil metros de comprimento.

"Instalamos um pequeno para-raios próximo ao laser, para o qual orientamos os raios e todas as cargas elétricas que retiramos da nuvem, o que permite proteger o laser e também levar a corrente ao solo para proteger tudo o resto.", conclui o coordenador do projeto Aurelien Houard.

Este tipo de sistema baseado em laser pode ser facilmente implantável para a proteção de instalações especialmente vulneráveis, como centrais elétricas, instalações nucleares, aeroportos, plataformas de descolagem, mas também para grandes grupos de pessoas.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notícia