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Missão da Rosetta chega ao fim com descida à superfície do seu cometa

Missão da Rosetta chega ao fim com descida à superfície do seu cometa
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A 30 de setembro, a missão da sonda Rosetta chega ao fim, com uma descida controlada à superfície do seu cometa.

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A 30 de setembro, a missão da sonda Rosetta chega ao fim, com uma descida controlada à superfície do seu cometa. A conclusão da missão deve-se ao aumento da distância entre a aeronave, o Sol e a Terra, que provoca uma redução da energia solar necessária às manobras e medições.

Mas, até ao último minuto, os cientistas da Agência Espacial Europeia vão continuar a recolher dados científicos que vão permitir aprofundar o nosso conhecimento do sistema solar. A euronews entrevistou Martin Rubin, um dos cientistas envolvidos projeto.

“Encontrámos varis tipos de moléculas, especialmente moléculas orgânicas.
Não sabíamos que as moléculas orgânicas também se encontravam nos cometas. Há outros exemplos, como os aminoácidos. Encontrámos também oxigénio molecular, similar ao que respiramos na terra. Encontrámo-lo em grandes quantidades, apesar de não haver vida no cometa” , explicou Martin Rubin.

Os dados recolhidos pela sonda Rosetta põem em causa algumas teorias científicas.

“Estudámos a água no cometa e descobrimos que este tipo de cometa não poderia ter trazido toda a água do nosso planeta, apenas uma pequena parte. Há outros cometas onde a água é mais compatível com a água da terra do que neste caso”, disse o cientista.

As conclusões dos cientistas da Agência Espacial Europeia baseiam-se na análise do gás e da poeira recolhidos no cometa.

“Em tempos pensava-se que os cometas tinham trazido a água para a terra, mas, a água também vem de outras matérias como a matéria orgânica, as moléculas orgânicas. É isso que torna os cometas interessantes”, sublinhou o investigador.

A aeronave Rosetta foi a primeira sonda espacial a acompanhar a órbita de um cometa e a enviar um módulo de aterragem à superfície do cometa a 11 de novembro de 2014.

As horas finais da descida vão permitir a realização de medições únicas.

“Em setembro, começaremos lentamente a aterrar no cometa. Estaremos tão longe do sol que a sonda não terá energia suficiente. A missão não termina com a manobra de aterragem. Durante a aterragem, vamos continuar a fazer medições. Esperamos encontrar novas moléculas e componentes”, disse o cientista.

A aterragem exige manobras arriscadas, devido à influência da gravidade não uniforme do cometa. Mas o desafio vale a pena. Os cientistas esperam obter imagens de alta resolução.

“Do ponto de vista científico, é muito interessante aproximar-se de um cometa. Esperamos encontrar elementos que ainda não conhecemos. Quanto mais nos aproximarmos da fonte, maior é a probabilidade de apanhar moléculas raras. E esperamos também encontrar outros elementos”, afirmou o investigador.

A aeronave da Agência Espacial Europeia viajou no espaço durante doze anos. A conclusão da missão é não apenas um enorme desafio técnico e científico mas também um momento de emoção.

“Sabemos que a missão terminou e não teremos mais dados, para além dos dados que já recolhemos, por isso é um momento um pouco nostálgico” confessou Martin Rubin.

O dia 30 de setembro deverá marcar o fim da aeronave Rosetta, mas, será também o ínicio de uma nova fase, em que os cientistas terão à disposição uma enorme quantidade de dados para estudar o sistema solar.

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