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Sobreviventes e médicos relatam horror de ataque com mísseis russos em Sumy

Um hospital em Sumy, Ucrânia
Um hospital em Sumy, Ucrânia Direitos de autor Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved
Direitos de autor Copyright 2025 The Associated Press. All rights reserved
De Sertac Aktan com AP
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No ataque russo mais mortífero contra cidadãos ucranianos este ano, 35 pessoas foram mortas e mais de 100 outras ficaram feridas.

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Os sobreviventes do ataque mortal com mísseis russos e os médicos que os trataram falaram do horror perante o que se ou na cidade de Sumy, no nordeste da Ucrânia, na semana ada.

Os sucessivos ataques com mísseis, na manhã de domingo, mataram 35 pessoas e feriram mais de 100, tornando-se no mais mortífero ataque russo contra civis na Ucrânia este ano.

"Não consigo compreender estas pessoas, as pessoas que enviam estes mísseis", disse Oleksandr Zaicev, diretor interino da Unidade de Cuidados Intensivos do hospital local.

"No século XXI, há pessoas que gostam de matar outras pessoas. Estou chocado".

O ataque a Sumy, uma cidade situada a cerca de 30 quilómetros da fronteira russa, suscitou críticas de todo o mundo, tendo o novo chanceler alemão Friedrich Merz classificado o ato como "um grave crime de guerra".

"Não quero pensar nisto como um novo tipo de realidade para a cidade de Sumy. Podemos ver claramente que as nossas cidades da linha da frente estão a ser apagadas", disse Oleh Strilka, porta-voz do Serviço de Emergência da cidade, junto à fachada desmoronada de um edifício universitário, onde o segundo míssil caiu.

"A coisa mais dolorosa para mim é o efeito nas crianças. Porque é que elas têm de sofrer?", pergunta. "Não quero que os nossos filhos de 13 anos se tornem heróis".

Maryna Illiashenko e o seu filho de 13 anos, Kyrylo, ficaram ambos feridos no ataque quando viajavam de autocarro para visitar a avó do adolescente.

O segundo míssil caiu perto do veículo, matando o condutor. Os estilhaços rasgaram o couro cabeludo de Kyrylo e abriram cortes no rosto de Maryna.

Os dois tentaram abrir a porta do autocarro pelo interior, mas esta estava encravada.

"Depois, enquanto pensava no que fazer a seguir, olhei para cima e o meu filho já tinha saltado e estava a abrir a porta pelo lado de fora", contou Maryna.

"Ele abriu-a e havia pessoas deitadas à minha frente. Ele ajudou-as a levantarem-se primeiro e depois deixou-me sair. Ele estava muito assustado porque a minha cara estava coberta de sangue", continuou.

Hennadii Smolarov, outro ucraniano ferido no ataque, também viajava de autocarro quando o ataque aconteceu.

"Eu estava junto à janela e fui atingido por um golpe", disse.

O ataque em Sumy, que antes da guerra tinha uma população de cerca de 250.000 habitantes, ocorreu pouco mais de uma semana depois de um ataque com mísseis russos ter matado 20 pessoas, incluindo nove crianças, na cidade ucraniana de Kryvyi Rih.

A Rússia sugeriu que o alvo era uma reunião de soldados em Sumy, mas não existem provas que sustentem esta afirmação.

No rescaldo do ataque, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy pediu uma reação global.

"Só uma verdadeira pressão sobre a Rússia pode pôr termo a esta situação. Precisamos de sanções concretas contra os setores que financiam a máquina assassina russa", afirmou.

Os ataques com mísseis russos ensombraram as conversações de cessar-fogo em curso, que estão a ser conduzidas pelos Estados Unidos (EUA).

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