Kaja Kallas anunciou no domingo que planeia visitar Israel e levantar questões sobre o regresso à guerra na Faixa de Gaza.
A chefe da diplomacia da União Europeia, Kaja Kallas, comentou o recomeço da guerra em Gaza no domingo, onde, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, o número de mortos já ultraou os 50.000.
"Penso que é muito importante que as hostilidades cessem e que as vidas das pessoas sejam salvas e poupadas", disse Kallas, acrescentando que a UE utilizará "as ferramentas que estão nas nossas mãos".
Kallas disse que iria visitar Israel para falar com o governo de Benjamin Netanyahu sobre o desenrolar do cessar-fogo.
Kallas falava no Cairo, onde participava numa reunião do Comité Árabe-Islâmico sobre Gaza, com representantes do Egito, Jordânia, Catar, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos.
Durante uma conferência de imprensa conjunta com o ministro egípcio dos Negócios Estrangeiros, Badr Abdelatty, Kallas afirmou ainda que o futuro governo de Gaza era também uma questão importante, sendo a posição da UE "que o Hamas não deve ter qualquer papel".
Os seus comentários surgem no momento em que as forças israelitas avançam mais profundamente na Faixa de Gaza, pondo fim a um cessar-fogo de dois meses entre Israel e o Hamas, iniciado em janeiro.
As duas partes deveriam ter iniciado negociações no início de fevereiro sobre a próxima fase da trégua, em que o Hamas deveria libertar os reféns restantes em troca de prisioneiros palestinianos, e sobre um cessar-fogo duradouro.