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A decis\u00e3o dever\u00e1 ser anunciada numa cimeira em Haia, no final de junho.As outras tr\u00eas medidas propostas por von der Leyen incluem permitir que os Estados-membros utilizem mais amplamente os programas da pol\u00edtica de coes\u00e3o para aumentar as despesas com a defesa, alargar o mandato do Banco Europeu de Investimento para aumentar o financiamento de projetos de defesa e acelerar a Uni\u00e3o da Poupan\u00e7a e do Investimento para permitir que os bancos privados tamb\u00e9m possam injetar mais dinheiro no setor.\u0022A verdadeira quest\u00e3o que se coloca \u00e9 saber se a Europa est\u00e1 preparada para atuar de forma t\u00e3o decisiva quanto a situa\u00e7\u00e3o o exige e se est\u00e1 preparada e \u00e9 capaz de atuar com a rapidez e a ambi\u00e7\u00e3o necess\u00e1rias\u0022, afirmou.Os l\u00edderes da UE dever\u00e3o discutir o pacote de defesa proposto numa cimeira extraordin\u00e1ria em Bruxelas, na quinta-feira, na qual Volodymyr Zelenskyy dever\u00e1 estar presente.A cimeira foi convocada a 23 de fevereiro em resposta \u00e0 r\u00e1pida abertura diplom\u00e1tica de Donald Trump \u00e0 R\u00fassia, mas o sentido de urg\u00eancia aumentou na sexta-feira, na sequ\u00eancia da reuni\u00e3o controversa entre Zelenskyy e o presidente americano na Casa Branca, em que o l\u00edder ucraniano saiu antes do final da sua visita programada e sem um acordo sobre minerais que, segundo Washington, poderia funcionar como um dissuasor contra futuros ataques.As consequ\u00eancias continuaram na segunda-feira, com Trump a anunciar que os EUA est\u00e3o a suspender toda a ajuda militar \u00e0 Ucr\u00e2nia, argumentando que um acordo de paz \u0022poderia ser feito muito rapidamente\u0022 e afirmando que \u0022talvez algu\u00e9m n\u00e3o queira fazer um acordo\u0022.A cimeira de quinta-feira poder\u00e1 evidenciar as divis\u00f5es entre os Estados-membros relativamente \u00e0 Ucr\u00e2nia, uma vez que tanto o h\u00fangaro Viktor Orban como o eslovaco Robert Fico amea\u00e7aram vetar qualquer pedido de aumento da assist\u00eancia militar ao pa\u00eds devastado pela guerra.O projeto de conclus\u00f5es da cimeira, a que a Euronews teve o, sugere que os l\u00edderes n\u00e3o v\u00e3o tomar decis\u00f5es sobre o aumento das despesas com a defesa durante a reuni\u00e3o e que v\u00e3o \u0022voltar a abordar\u0022 o assunto numa cimeira posterior, em mar\u00e7o, que se seguir\u00e1 \u00e0 publica\u00e7\u00e3o do Livro Branco da Comiss\u00e3o sobre a Defesa.", "dateCreated": "2025-03-04T11:04:13+01:00", "dateModified": "2025-03-04T18:16:13+01:00", "datePublished": "2025-03-04T11:11:50+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F09%2F16%2F54%2F1440x810_cmsv2_77c9e321-232a-5b90-8bd0-9d744e394fb2-9091654.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "A Presidente da Comiss\u00e3o Europeia, Ursula von der Leyen, na sede da UE em Bruxelas, a 3 de mar\u00e7o de 2025.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F09%2F09%2F16%2F54%2F432x243_cmsv2_77c9e321-232a-5b90-8bd0-9d744e394fb2-9091654.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "name": "Alice Tidey", "sameAs": "https://twitter.com/alicetidey" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
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Von der Leyen apresenta pacote de defesa de 800 mil milhões de euros antes da cimeira dos líderes da UE

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na sede da UE em Bruxelas, a 3 de março de 2025.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, na sede da UE em Bruxelas, a 3 de março de 2025. Direitos de autor AP Photo/Virginia Mayo
Direitos de autor AP Photo/Virginia Mayo
De Alice Tidey
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Os dirigentes da UE vão reunir-se em Bruxelas na quinta-feira para uma cimeira extraordinária dedicada à defesa e à Ucrânia.

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Ursula von der Leyen propôs esta terça-feira o Plano Rearmar a Europa que, segundo a presidente da Comissão Europeia, poderia levar os Estados-membros a mobilizar até 800 mil milhões de euros para financiar um aumento maciço das despesas com a defesa, horas depois de Washington ter suspendido toda a ajuda militar à Ucrânia, pressionando o bloco a aumentar a sua própria assistência.

"Estamos numa era de rearmamento e a Europa está pronta para aumentar maciçamente as suas despesas com a defesa, tanto para responder à urgência a curto prazo de atuar e apoiar a Ucrânia, como para responder à necessidade a longo prazo de assumir uma maior responsabilidade pela nossa própria segurança europeia", afirmou a presidente da Comissão Europeia.

As cinco medidas delineadas por Von der Leyen, que foram detalhadas numa carta dirigida aos líderes da UE antes da cimeira extraordinária de quinta-feira, incluem um "novo instrumento" para conceder 150 mil milhões de euros em empréstimos aos Estados-membros para financiar investimentos conjuntos na defesa de capacidades pan-europeias, incluindo a defesa aérea e antimísseis, sistemas de artilharia, mísseis e munições, drones e sistemas anti-drone.

Von der Leyen, que não respondeu a perguntas dos jornalistas, não forneceu detalhes sobre como esse dinheiro seria arrecadado e se os cerca de 90 mil milhões de euros em dinheiro não utilizado do fundo de recuperação pós-covid fariam parte dele.

A emissão das chamadas euro-obrigações para financiar as necessidades de defesa do bloco tem sido, até agora, veementemente contestada por vários Estados-membros ditos "frugais".

A ativação da cláusula de salvaguarda nacional do Pacto de Estabilidade e Crescimento é a outra medida fundamental do pacote de defesa de von der Leyen, que ela já tinha comunicado no mês ado num discurso na Conferência de Segurança de Munique.

Esta medida permitiria aos Estados-membros excluírem as despesas com a defesa das suas despesas nacionais e, assim, não correrem o risco de não cumprirem a política orçamental do bloco, que exige que o défice e a dívida pública se mantenham abaixo dos 3% e 60% do PIB, respetivamente.

A chefe da Comissão afirmou que, se os países da UE aumentarem as suas despesas com a defesa em 1,5% do PIB, em média, poderão ser libertados 650 mil milhões de euros nos próximos quatro anos.

Os Estados-membros da UE aumentaram consideravelmente as suas despesas com a defesa desde que a Rússia lançou a sua invasão em grande escala da Ucrânia em 2022, mas gastam de forma desigual: a Polónia gastou 4,12% do seu PIB em defesa no ano ado, enquanto a Espanha gastou apenas 1,12%.

Estão em curso negociações entre os aliados da NATO, que incluem 23 dos Estados-membros da UE, para aumentar o objetivo de despesa com a defesa dos atuais 2% do PIB. A decisão deverá ser anunciada numa cimeira em Haia, no final de junho.

As outras três medidas propostas por von der Leyen incluem permitir que os Estados-membros utilizem mais amplamente os programas da política de coesão para aumentar as despesas com a defesa, alargar o mandato do Banco Europeu de Investimento para aumentar o financiamento de projetos de defesa e acelerar a União da Poupança e do Investimento para permitir que os bancos privados também possam injetar mais dinheiro no setor.

"A verdadeira questão que se coloca é saber se a Europa está preparada para atuar de forma tão decisiva quanto a situação o exige e se está preparada e é capaz de atuar com a rapidez e a ambição necessárias", afirmou.

Os líderes da UE deverão discutir o pacote de defesa proposto numa cimeira extraordinária em Bruxelas, na quinta-feira, na qual Volodymyr Zelenskyy deverá estar presente.

A cimeira foi convocada a 23 de fevereiro em resposta à rápida abertura diplomática de Donald Trump à Rússia, mas o sentido de urgência aumentou na sexta-feira, na sequência da reunião controversa entre Zelenskyy e o presidente americano na Casa Branca, em que o líder ucraniano saiu antes do final da sua visita programada e sem um acordo sobre minerais que, segundo Washington, poderia funcionar como um dissuasor contra futuros ataques.

As consequências continuaram na segunda-feira, com Trump a anunciar que os EUA estão a suspender toda a ajuda militar à Ucrânia, argumentando que um acordo de paz "poderia ser feito muito rapidamente" e afirmando que "talvez alguém não queira fazer um acordo".

A cimeira de quinta-feira poderá evidenciar as divisões entre os Estados-membros relativamente à Ucrânia, uma vez que tanto o húngaro Viktor Orban como o eslovaco Robert Fico ameaçaram vetar qualquer pedido de aumento da assistência militar ao país devastado pela guerra.

O projeto de conclusões da cimeira, a que a Euronews teve o, sugere que os líderes não vão tomar decisões sobre o aumento das despesas com a defesa durante a reunião e que vão "voltar a abordar" o assunto numa cimeira posterior, em março, que se seguirá à publicação do Livro Branco da Comissão sobre a Defesa.

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