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Ursula von der Leyen chega a Kiev com 3,5 mil milhões de euros em nova ajuda financeira

Esta é a nona visita a Kiev de Ursula von der Leyen desde que a Rússia lançou a invasão em grande escala da Ucrânia
Esta é a nona visita a Kiev de Ursula von der Leyen desde que a Rússia lançou a invasão em grande escala da Ucrânia Direitos de autor Evgeniy Maloletka/AP
Direitos de autor Evgeniy Maloletka/AP
De Jorge Liboreiro
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A nona visita de Ursula von der Leyen a Kiev desde o início da invasão russa em grande escala, para se encontrar com Volodymyr Zelenskyy, ocorre no meio das tentativas dos EUA de negociar bilateralmente com a Rússia o fim da guerra.

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Ursula von der Leyen chegou a Kiev de comboio, na manhã desta segunda-feira, para assinalar o terceiro aniversário do início da guerra da Rússia contra a Ucrânia e no momento em que o grande impulso dado por Donald Trump às negociações agita os aliados europeus, alimentando o receio de que um acordo precipitado possa deixar todo o continente vulnerável ao expansionismo do Kremlin.

Espera-se que a presidente da Comissão Europeia revele um pacote de ajuda financeira de 3,5 mil milhões de euros para injetar liquidez adicional no orçamento da Ucrânia e facilitar a compra de equipamento militar à sua indústria nacional.

Os 3,5 mil milhões de euros são um adiantamento de um fundo de assistência de 50 mil milhões de euros que a União Europeia criou no início de 2024.

Embora Bruxelas tenha conseguido cobrir as necessidades financeiras da Ucrânia durante todo o ano, o fornecimento de armamento após o verão continua incerto.

"Temos de acelerar a entrega imediata de armas e munições. E este será o cerne do nosso trabalho nas próximas semanas", disse von der Leyen a um grupo de meios de comunicação social, incluindo a Euronews, a caminho da cidade.

"Acreditamos numa Ucrânia livre e soberana no seu caminho para a União Europeia".

Von der Leyen deverá também anunciar uma iniciativa para integrar a Ucrânia e a Moldova no mercado de eletricidade do bloco até ao final do ano.

Em Kiev, Von der Leyen estará acompanhada pelo seu Colégio de Comissários Europeus, que se reunirá com os seus homólogos do governo ucraniano para aprofundar os laços.

Outros líderes ocidentais, como o presidente do Conselho Europeu, António Costa, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, e o primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, também estarão na capital ucraniana para assinalar o aniversário solene. Reunir-se-ão com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy para reafirmar a sua solidariedade e apoio.

A visita é a nona que von der Leyen faz à Ucrânia desde o início da invasão em grande escala, mas tem um cenário de fundo muito diferente das suas viagens anteriores.

As capitais europeias estão a assistir com nervosismo às tentativas de Donald Trump de lançar um processo de paz entre a Ucrânia e a Rússia, que perturbaram três anos de política transatlântica.

As tensões estão a aumentar depois de Trump ter atacado Zelenskyy, chamando-lhe "ditador sem eleições" e atribuindo a culpa da invasão à Ucrânia e não à Rússia. Os comentários, que se alinham com os argumentos do Kremlin, provocaram indignação na Europa e lançaram sérias dúvidas sobre a capacidade ou a vontade de Trump de moderar as conversações de paz.

Apesar das reações negativas, o presidente republicano não mostrou vontade de baixar o tom.

"Há anos que vejo este homem [Zelenskyy], enquanto as suas cidades são destruídas, o seu povo é morto, os soldados dizimados", disse Trump numa entrevista na semana ada. "Há anos que o observo e vejo-o a negociar sem cartas. Ele não tem cartas, e estamos fartos disso. Ficamos fartos. E eu fartei-me".

Zelenskyy disse entretanto que estaria disposto a abandonar o cargo de presidente se isso significasse a paz e a adesão à NATO para o seu país. "Estou concentrado na segurança da Ucrânia hoje, não daqui a 20 anos, e não tenho intenção de ficar no poder durante uma década. Este é o meu foco e a minha maior aspiração", disse numa conferência de imprensa.

Desde que, a 12 de fevereiro, Trump realizou uma chamada telefónica de 90 minutos com Vladimir Putin, sem coordenação com os aliados, Bruxelas tem tentado encontrar o seu lugar na cadeia de acontecimentos em rápida evolução, para garantir que os seus interesses e preocupações são tidos em conta.

Na semana ada, assistiu-se a uma vaga de atividade diplomática, com telefonemas e reuniões entre os líderes europeus para cerrar fileiras e solidificar a unidade política. Estão já em curso mais conversações: Macron irá a Washington para se encontrar cara a cara com Trump e Costa será o anfitrião de uma cimeira de emergência dos 27 líderes da UE a 6 de março.

Durante essa cimeira, von der Leyen tenciona apresentar um "plano global" para aumentar a produção de armas e as capacidades de defesa em todo o bloco, o que também poderia "beneficiar" a Ucrânia, trazendo armamento novo para a luta contra as tropas russas, disse.

Não é claro se o projeto será suficiente para convencer a Casa Branca de que a Europa merece um lugar à mesa das negociações. Apesar de o continente ver a sua segurança a longo prazo intrinsecamente ligada à estabilidade da Ucrânia, até agora tem sido afastado das negociações.

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, tentou tranquilizar os aliados democráticos, mantendo-os informados sobre os seus os com a Rússia e insistindo que a aproximação não representa uma mudança abrupta na política externa dos EUA. Rubio afirmou que os europeus seriam convidados a sentar-se à mesa quando chegasse a altura de aliviar as sanções ao Kremlin.

A caminho de Kiev, von der Leyen elevou a fasquia para oferecer quaisquer concessões a Putin. "Aumentaremos as sanções punitivas contra a Rússia, a menos que esta demonstre uma verdadeira vontade de chegar a um acordo de paz duradouro", afirmou.

"Uma Ucrânia livre e soberana é do interesse de todo o mundo".

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