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Conversações EUA-Rússia: o lugar da Europa à mesa ainda é incerto

Keith Kellogg encontrou-se com Ursula von der Leyen na terça-feira.
Keith Kellogg encontrou-se com Ursula von der Leyen na terça-feira. Direitos de autor European Union, 2025.
Direitos de autor European Union, 2025.
De Jorge LiboreiroVideo by Aida Sanchez
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Ursula von der Leyen e António Costa reuniram-se com Keith Kellogg, o enviado especial dos EUA para a Rússia e Ucrânia, que deixou claro que a Europa seria excluída da mesa das negociações.

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O lugar da Europa à mesa das negociações para pôr fim à guerra da Rússia contra a Ucrânia continua envolto em profunda incerteza, após uma série de encontros diplomáticos.

Keith Kellogg, enviado especial dos EUA para a Ucrânia e Rússia, reuniu-se separadamente na terça-feira com Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, e António Costa, presidente do Conselho Europeu, ambos desejosos de reafirmar a posição do bloco no processo em rápida evolução promovido por Donald Trump.

O resultado das reuniões sugere que nenhum dos presidentes obteve garantias adicionais de que um lugar seria reservado para a Europa.

No entanto, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, falando da Arábia Saudita após a primeira ronda de conversações com o homólogo russo, disse que a UE seria convidada a juntar-se à mesa, mas apenas para conceder uma redução das sanções ao Kremlin.

"Há outras partes que têm sanções, a União Europeia vai ter de se sentar à mesa a dada altura, porque também impôs sanções", disse Rubio, insistindo que terão de ser feitas concessões a "todas as partes". "Ninguém está a ser posto de lado", acrescentou.

A sugestão de Rubio de aliviar as sanções vai contra o objetivo declarado da UE de fazer a Rússia pagar pela agressão à Ucrânia. Bruxelas concedeu recentemente um empréstimo inovador a Kiev, utilizando os ativos congelados da Rússia como garantia. Se o dinheiro for libertado, como deseja o Kremlin, o empréstimo desmorona-se e deixa as capitais responsáveis pelos reembolsos.

Durante a reunião com Kellogg, Von der Leyen insistiu que a UE estava disposta a "trabalhar ao lado dos EUA para pôr fim ao derramamento de sangue e ajudar a garantir a paz justa e duradoura que a Ucrânia e o seu povo merecem por direito", afirmou o seu gabinete numa nota de imprensa.

A presidente "reiterou que qualquer resolução deve respeitar a independência, a soberania e a integridade territorial da Ucrânia, apoiada por fortes garantias de segurança".

Além disso, Von der Leyen disse a Kellogg que o bloco estava "pronto" para intensificar o apoio financeiro e militar à Ucrânia, uma exigência fundamental da istração Trump. Os últimos números do Instituto Kiel para a Economia Mundial confirmam que o apoio coletivo da Europa (132 mil milhões de euros) ultraou o dos Estados Unidos (114 mil milhões de euros).

Questionado sobre se Von der Leyen tinha assegurado alguma promessa de que a Europa teria um lugar e a sua voz seria ouvida, um porta-voz da Comissão absteve-se de partilhar mais pormenores e disse que nenhuma solução para a Ucrânia deveria ser "trabalhada" sem o envolvimento de Kiev e da UE. A Ucrânia é candidata a aderir ao bloco.

"As diferentes reuniões que estão a ter lugar têm de ser vistas como o início de um processo", disse o porta-voz. "Em última análise, estas reuniões têm de ser realizadas em conjunto para ver como podemos fazer avançar as coisas com todas as partes envolvidas."

A reunião Costa-Kellogg teve um teor semelhante. "A Ucrânia pode contar com a Europa. Estamos prontos para continuar a trabalhar de forma construtiva com os EUA para garantir a paz e a segurança", afirmou Costa nas redes sociais.

O presidente do Conselho Europeu advertiu que "a paz não pode ser um simples cessar-fogo", uma avaliação partilhada por outros líderes europeus que receiam que um acordo apressado para pôr fim aos combates permita à Rússia reagrupar as suas forças e lançar um novo conflito no futuro.

O gabinete de Kellogg não forneceu de imediato qualquer informação. Na sua conta no X, descreveu a sua reunião com Costa como "grandes discussões".

Mesa para quatro?

As reuniões com Kellogg acontecem um dia depois de um grupo de onze líderes europeus, incluindo Von der Leyen e Costa, se ter reunido em Paris para uma reunião de emergência convocada pelo Presidente francês Emmanuel Macron em reação ao telefonema entre Donald Trump e Vladimir Putin e ao início repentino das negociações.

Os líderes concordaram em aumentar o seu apoio financeiro e militar à Ucrânia, mas não conseguiram chegar a um consenso sobre novas garantias de segurança, como uma potencial missão de manutenção da paz. A Casa Branca distribuiu um questionário em que pergunta aos europeus se estão dispostos a enviar uma força deste tipo para a Ucrânia e quais são as suas expectativas em relação aos Estados Unidos.

Macron falou com Trump antes e depois da cimeira. O líder francês também falou com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, que avisou repetidamente que o seu país não aceitaria um acordo feito nas suas costas.

"As garantias de segurança têm de ser sólidas e fiáveis", afirmou Zelenskyy depois de falar com Macron na segunda-feira à noite. "Qualquer outra decisão sem essas garantias - como um cessar-fogo frágil - serviria apenas como mais um engano da Rússia e um prelúdio para uma nova guerra russa contra a Ucrânia ou outras nações europeias".

O telefonema Trump-Putin, que teve lugar sem consulta prévia aos aliados ocidentais, quebrou o esforço de três anos para isolar diplomaticamente o líder russo e enviou poderosas ondas de choque às capitais europeias, deixando-as visivelmente abaladas.

Kellogg agravou o sentimento de pânico ao afirmar que a Europa seria consultada ao longo de todo o processo, mas que acabaria por ser excluída da mesa de negociações.

"O que não queremos é entrar numa discussão em grande grupo", disse o general na reserva na semana ada na Conferência de Segurança de Munique.

Kellogg explicou que o processo de paz seguirá uma abordagem "dupla": por um lado, os EUA falarão com a Rússia e, por outro lado, falarão com a Ucrânia e com os aliados democráticos que apoiam a nação devastada pela guerra.

A primeira reunião entre os EUA e a Rússia teve lugar esta terça-feira, com o secretário de Estado Marco Rubio a manter conversações com o ministro russo dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, na Arábia Saudita. As duas partes concordaram em nomear equipas específicas para prosseguir as negociações.

O Kremlin afirmou que o encontro tinha sido uma "conversa séria sobre todas as questões", mas que era "difícil" avaliar se as posições estavam a "convergir".

Rubio classificou este encontro como "o primeiro o de uma longa e difícil jornada", com mais reuniões a seguir. "O objetivo é pôr fim a este conflito de uma forma justa, duradoura, sustentável e aceitável para todas as partes envolvidas", afirmou Rubio.

Antes das conversações em Riade, Lavrov rejeitou a inclusão da Europa no processo: "Não sei o que é que eles devem fazer à mesa das negociações. Se vão tentar impôr ideias manhosas sobre o congelamento do conflito, enquanto eles próprios têm em mente a continuação da guerra, então porquê convidá-los?", disse. Ainda não foi marcada uma data para o encontro entre Trump e Putin.

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