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Parlamento alemão rejeita propostas da CDU sobre imigração

Friedrich Merz, líder da CDU, discursa no Bundestag, o parlamento alemão.
Friedrich Merz, líder da CDU, discursa no Bundestag, o parlamento alemão. Direitos de autor AP Photo
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De Tamsin Paternoster
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O líder do partido de centro-direita CDU tinha provocado uma forte reação na quarta-feira por ter aceitado o apoio da extrema-direita na aprovação de um primeiro projeto de lei no Bundestag.

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O Parlamento alemão (Bundestag) rejeitou esta sexta-feira um segundo projeto de lei que apelava a regras de imigração mais rigorosas na Alemanha. A primeira proposta, que foi aprovada com os votos do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha(Afd) no início desta semana, provocou protestos em massa.

O favorito do país para se tornar o próximo chanceler, Friedrich Merz, propôs uma moção que pedia, entre outros pontos, o fim do reagrupamento familiar para as pessoas com proteção subsidiária e o aumento dos poderes dos agentes da polícia federal para deportar imigrantes.

Ao contrário da moção aprovada na quarta-feira, este projeto de lei votado sexta-feira era juridicamente vinculativo, o que significa que se tornaria lei se a União Democrata-Cristã (CDU) de centro-direita - liderada por Merz - reunisse votos suficientes para o apoiar e se fosse aprovado na Câmara Alta do Parlamento.

No entanto, a proposta não conseguiu obter os votos necessários, com 350 votos contra, depois de uma sessão parlamentar prolongada e tensa, em que os deputados negociaram nos bastidores e atiraram culpas uns aos outros.

Segundo a imprensa nacional, a CDU prolongou a sessão, negociando freneticamente com os sociais-democratas (SPD) do chanceler alemão Olaf Scholz e com os Verdes .

As discussões foram aparentemente infrutíferas, uma vez que Merz insistiu que as suas propostas eram necessárias independentemente de quem as votasse - uma sugestão que os outros partidos rejeitaram liminarmente.

A ministra dos Verdes, Annalena Baerbock, subiu ao pódio para acusar Merz de não defender a democracia ao escolher trabalhar com a AfD.

A decisão de Merz de trabalhar com a extrema-direita provocou protestos em massa e uma rara repreensão pública da antiga chanceler Angela Merkel, que anteriormente liderou a CDU.

Merkel qualificou de "errada" a decisão de Merz de trabalhar com a AfD e acusou-o de quebrar o chamado "cordão sanitário" contra este partido de extrema-direita, um consenso político estabelecido entre os partidos alemães para manter a extrema-direita fora do poder.

Em toda a Alemanha, dezenas de milhares de pessoas protestaram contra a decisão de Merz e a possibilidade de a AfD chegar poder. Cerca de 10.000 pessoas manifestaram-se em Friburgo e cerca de 6000 em frente à sede da CDU em Berlim.

O líder da CDU insistiu que queria aprovar estas medidas com os votos do "centro democrático", mas que, sem os votos dos outros partidos, estava preparado para aceitar os votos da AfD.

Scholz, por sua vez, sugeriu que, depois da votação de quarta-feira, já não se podia confiar em Merz na promessa de não entrar numa coligação com a AfD. A AfD está atualmente em segundo lugar nas sondagens, com 23% das intenções de voto, atrás da CDU, que tem 30%.

Merz rejeitou a sugestão e apelou aos outros partidos que aceitassem estas propostas para travar a violência na Alemanha.

O líder da CDU colocou a migração no centro da sua campanha para as eleições de 23 de fevereiro.

A retórica de Merz sobre o assunto aumentou depois de um requerente de asilo do Afeganistão ter sido detido na sequência de um ataque com faca que matou um homem e uma criança de dois anos, na cidade de Aschaffenburg, na semana ada.

O incidente seguiu-se a ataques com facas em Mannheim e Solingen no ano ado, em que os suspeitos eram imigrantes do Afeganistão e da Síria, e a um outro ataque num mercado de Natal em Magdeburgo, em que o suspeito é um médico nascido na Arábia Saudita.

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