Na reunião dos ministros da Defesa da NATO, Rutte pediu aos membros da Aliança que aumentem o orçamento militar para fazer face ao que disse serem as ameaças da Rússia, apoiada pela China, Coreia do Norte e Irão.
Na abertura da reunião de dois dias com os ministros da Defesa de mais de 20 membros da NATO em Bruxelas, o Secretário-Geral da Aliança alerta que é tempo de adotar uma "mentalidade de guerra", insistindo que os orçamentos militares têm de ser alargados.
"Para evitar a guerra, temos de nos preparar para ela. É altura de mudar para uma mentalidade de guerra, o que significa que temos de tornar as nossas defesas ainda mais fortes, gastando mais na defesa e produzindo mais e melhores capacidades de defesa", afirmou Mark Rutte, sublinhando que as ameaças não vêm apenas da Rússia.
"A Rússia está a trabalhar arduamente para tentar enfraquecer as nossas democracias e destruir a nossa liberdade, e não está sozinha. Tem a China, a Coreia do Norte e o Irão ao seu lado”.
Rutte avisou que o futuro da Europa está em jogo e que a NATO deve fazer tudo o que estiver ao seu alcance para garantir a segurança dos seus membros.
Apoio à Ucrânia "não é caridade"
A guerra na Ucrânia continua a ser uma das preocupações centrais dos responsáveis da NATO. No seu discurso, o Almirante Rob Bauer, presidente do Comité Militar da NATO, reafirmou o apoio a Kiev.
“O nosso apoio não é caridade. É do interesse político e militar da Aliança fazê-lo. Temos de mostrar ao mundo que a democracia pode e vai vencer. E que vale a pena lutar pela democracia”, disse Bauer.
A próxima cimeira da NATO acontece dentro de 6 meses e terá lugar em Haia nos Países Baixos.