Pistorius disse que a sua visita se destinava a sublinhar o forte apoio da Alemanha à Ucrânia, numa altura em que a iminente tomada de posse do Presidente eleito dos EUA, Donald Trump, parece destinada a transformar a política de Washington em relação à guerra.
O ministro alemão da Defesa, Boris Pistorius, chegou esta terça-feira a Kiev, numa visita não anunciada, após uma reunião em Varsóvia, na segunda-feira, com os seus homólogos de França, Reino Unido, Itália e Polónia.
Pistorius disse que a visita a Kiev se destinava a sublinhar o forte apoio da Alemanha à Ucrânia, numa altura em que a iminente tomada de posse do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, parece destinada a transformar a política de Washington em relação à guerra.
Pistorius afirmou que a sua visita “é um sinal de que a Alemanha, enquanto maior país da NATO na Europa, está ao lado da Ucrânia - esta não está sozinha, mas com o grupo dos cinco e muitos outros aliados”, acrescentando que “a Alemanha, enquanto maior parceiro da NATO na Europa, desempenha naturalmente um papel especial nesta questão, como tem feito ao longo dos últimos três anos”.
Trump criticou o custo da guerra para os contribuintes norte-americanos e prometeu pôr rapidamente termo ao conflito, sem especificar como. Também deixou claro que pretende transferir para a Europa o ónus do apoio à Ucrânia.
Entretanto, o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy conversou com o presidente francês Emmanuel Macron para discutir estratégias de manutenção de segurança na Ucrânia.
No ano ado, Macron pareceu isolado na Europa quando lançou a possibilidade de colocar tropas ocidentais na Ucrânia, mas a questão parece estar de novo na ordem do dia. Zelenskyy afirmou que a Ucrânia precisa de garantias de segurança para reforçar qualquer acordo de paz e disse, na segunda-feira, que tinha discutido o problema com o líder francês.
“Como uma dessas garantias, discutimos a iniciativa sa de enviar contingentes militares para a Ucrânia”, disse Zelenskyy. “Considerámos os os práticos para a sua implementação, possível expansão e envolvimento de outros países neste processo”.
O envio de tropas europeias como forças de manutenção da paz para a Ucrânia seria muito arriscado. Tal medida pode não dissuadir a Rússia de voltar a atacar a Ucrânia no futuro, o que é o maior receio das autoridades ucranianas, e pode arrastar os países europeus para um confronto direto com Moscovo.
Isso, por sua vez, poderia arrastar a NATO - incluindo os EUA - para um conflito multinacional de grande envergadura.