Maia Sandu, tomou hoje posse para o segundo mandato como presidente da Moldova, afirmando que a "integração europeia é o caminho para a segurança e o bem-estar”.
Numa sessão solene conjunta do Parlamento e do Tribunal Constitucional em Chisinau, Maia Sandu, a presidente eleita da República da Moldova, tomou posse para o seu segundo mandato de quatro anos, no qual prometeu reforçar os laços com a União Europeia.
Depois de ter prestado juramento, Sandu proferiu um discurso emocionado, exprimindo a sua gratidão ao povo do país pela confiança, aceitando o novo mandato “com humildade e determinação" e prometendo "defender a democracia, os direitos humanos e as liberdades fundamentais, a soberania, a independência, a unidade e a integridade territorial da Moldova".
Ao refletir sobre o seu primeiro mandato, reconheceu as múltiplas crises que enfrentou, mas salientou a determinação e a coragem dos moldavos para “escolherem estar do lado bom da história”.
"Conseguimos abrir a porta de par em par à União Europeia”, afirmou a antiga conselheira do Banco Mundial, de 52 anos, numa altura em que a Moldova, um país candidato, aguarda que a UE lhe garanta a a desão. Para a presidente do país, o futuro da Moldova a pela integração no bloco europeu.
"A integração europeia é o nosso caminho para a segurança e o bem-estar. Mas não a tomemos como um bilhete de classe económica para o Paraíso. Não é uma solução milagrosa para todos os nossos problemas", afirmou.
Desde que a Rússia lançou a sua invasão em grande escala na Ucrânia, a presidente Maia Sandu tem instado sistematicamente os líderes ocidentais a darem resposta às preocupações da Moldova, receando que o país possa vir a ser o próximo alvo do Kremlin.
Há apenas 10 dias, o parlamento da Moldova votou a favor da imposição do estado de emergência no setor da energia, por recear que a Rússia possa deixar o país sem abastecimento suficiente de gás natural este inverno.
A presidente, pró-ocidente, garantiu um segundo mandato numa segunda volta das eleições presidenciais, contra um adversário favorável à Rússia. A corrida, segundo as autoridades moldavas, foi ensombrada por alegações de interferência russa, fraude eleitoral e intimidação.
Com mais de 99% dos votos contados na segunda volta, Sandu obteve 55,03% dos votos, com uma participação de mais de 1,68 milhões de pessoas, cerca de 54% dos eleitores elegíveis, de acordo com a Comissão Eleitoral Central.
O seu concorrente, o antigo Procurador-Geral Alexandr Stoianoglo, obteve pouco menos de 45% dos votos.
De acordo com a legislação moldava, o cargo, que tem poderes importantes em domínios como a política externa e a segurança nacional, está limitado a um máximo de dois mandatos consecutivos de quatro anos.