Polícia não exclui a hipótese de sabotagem.
As autoridades finlandesas estão a investigar depois de um cabo de dados que atravessa a fronteira terrestre entre a Finlândia e a Suécia ter sido danificado, causando uma falha na Internet.
A ministra dos Transportes e Comunicações da Finlândia, Lulu Ranne, disse na terça-feira que as autoridades estavam a investigar o assunto juntamente com a empresa de infraestruturas digitais Global Connect.
“Levamos a situação a sério”, escreveu a ministra no X.
A Global Connect disse que o cabo de fibra ótica foi danificado em dois locais distintos no sul da Finlândia na segunda-feira, afetando 6.000 clientes privados e 100 clientes empresariais.
Um porta-voz da empresa disse que um dos incidentes estava relacionado com trabalhos de escavação e que o segundo ainda estava a ser investigado.
“Até ao momento, não temos qualquer análise sobre este assunto”, disse o porta-voz da Global Connect, Niklas Ekström.
Os meios de comunicação social suecos referem que a polícia finlandesa suspeita de um crime relacionado com o cabo danificado.
O incidente segue-se aos danos causados a duas linhas de cabo separadas no Mar Báltico - uma que liga a Alemanha à Finlândia e outra que liga a Suécia à Lituânia - no mês ado.
As autoridades finlandesas, suecas e alemãs iniciaram investigações, tendo o ministro da defesa alemão afirmado que os danos no cabo que liga a Alemanha foram causados por um ato de “sabotagem”, embora tenha dito que o culpado era desconhecido.
Vários governos europeus e o secretário-geral da NATO acusaram a Rússia de intensificar os ataques híbridos contra as nações ocidentais desde que lançou a invasão em grande escala da Ucrânia, em fevereiro de 2022. Moscovo tem negado repetidamente a responsabilidade por tais ataques.
Na semana ada, a Suécia pediu à China que cooperasse formalmente numa investigação sobre os danos nos cabos, que ocorreram no Mar Báltico, perto de um local onde foi avistado um navio de bandeira chinesa. Pequim negou qualquer responsabilidade, mas disse estar pronta a “manter a comunicação” com a Suécia e outros países relativamente ao incidente.