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Desde 2001, j\u00e1 foi acionado mais de 700 vezes.A Reserva de Solidariedade e Ajuda de Emerg\u00eancia d\u00e1 uma resposta financeira r\u00e1pida a todos os tipos de emerg\u00eancias na Uni\u00e3o Europeia e nos pa\u00edses participantes. O Fundo de Solidariedade da Uni\u00e3o oferece apoio financeiro a mais longo prazo. Usou mais de 8,2 mil milh\u00f5es de euros desde 2002, sobretudo em \u00e1reas afetadas por inunda\u00e7\u00f5es.Mesmo assim, os habitantes das cidades polacas devastadas pelas inunda\u00e7\u00f5es de setembro n\u00e3o t\u00eam uma ideia clara da forma como as institui\u00e7\u00f5es europeias est\u00e3o a apoi\u00e1-las.\u201cA pol\u00edtica de coes\u00e3o reservou cerca de 14 mil milh\u00f5es de euros, no \u00e2mbito do programa 2021-2027, para gerir ou apoiar a gest\u00e3o do risco de cat\u00e1strofes, centrada na preven\u00e7\u00e3o e na prepara\u00e7\u00e3o. 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Depois da tempestade Boris, a Europa está preparada para responder às inundações?

Depois da tempestade Boris, a Europa está preparada para responder às inundações?
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De Monica Pinna
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As inundações são os desastres naturais mais comuns e que provocam mais prejuízos na Europa. Estão também a tornar-se mais frequentes. Mas o que está a Europa a fazer para antecipar e limitar os danos?

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Nos últimos 30 anos, as inundações afetaram 5,5 milhões de pessoas na União Europeia, provocaram 3.000 mortos e mais de 170 mil milhões de euros em prejuízos.

Até que em setembro, a tempestade Boris voltou a deixar um rasto de destruição em toda a Europa Central. Cerca de 30 pessoas perderam a vida, nove na Polónia, onde mais de 6.500 pessoas foram retiradas de casa. Mais de 11.500 habitações ficaram danificadas.

Em 15 de setembro, uma barragem perto das cidades de Stronie e Lądek-Zdrój, no sudoeste da Polónia, rebentou depois de dias de chuva torrencial. Encontrei-me com um morador de uma zona rural nos arredores de Lądek-Zdrój. Zbigniew estava a ver o que podia ser salvo da casa dos sogros, que viviam ali há 30 anos.

“Só pudemos regressar dois dias depois da inundação. O que encontrámos era semelhante às imagens da guerra na Ucrânia, mas sem tiros”, disse Zbigniew Rakoczky.

O desastre fez com que Zbigniew se lembrasse das “inundações do milénio” que atingiram a região em 1997, matando mais de 50 pessoas. Foi o ponto de viragem na gestão de crises e na proteção civil na Polónia.

Só pudemos regressar dois dias depois da inundação. O que encontrámos era semelhante às imagens da guerra na Ucrânia, mas sem tiros
Zbigniew Rakoczky

Mas os relatórios mais recentes dizem que a redução do risco de inundação exige ainda mais esforço. Atualmente as prioridades centram-se nas grandes infraestruturas, enquanto as soluções locais de pequena escala continuam a ser insuficientes.

Apoios da União Europeia

A União Europeia tem diferentes mecanismos para ajudar os Estados-membros em caso de catástrofe. Quando há uma emergência, a primeira resposta da União Europeia é o Mecanismo de Proteção Civil. Este mecanismo organiza e coordena a resposta de emergência entre todos os países da União e dez outros Estados participantes. Desde 2001, já foi acionado mais de 700 vezes.

A Reserva de Solidariedade e Ajuda de Emergência dá uma resposta financeira rápida a todos os tipos de emergências na União Europeia e nos países participantes. O Fundo de Solidariedadeda União oferece apoio financeiro a mais longo prazo. Usou mais de 8,2 mil milhões de euros desde 2002, sobretudo em áreas afetadas por inundações.

Mesmo assim, os habitantes das cidades polacas devastadas pelas inundações de setembro não têm uma ideia clara da forma como as instituições europeias estão a apoiá-las.

“A política de coesão reservou cerca de 14 mil milhões de euros, no âmbito do programa 2021-2027, para gerir ou apoiar a gestão do risco de catástrofes, centrada na prevenção e na preparação. A Polónia reservou cerca de 2,9 mil milhões de euros para a prevenção e gestão dos riscos climáticos relacionados com o clima no âmbito do atual período do programa”, explica o porta-voz do Pacto Ecológico Europeu, Stefan de Keersmaecker.

De Keersmaecker sublinha ainda que os Estados-membros são responsáveis pela forma como o dinheiro é utilizado, depois de Comissão e os países chegarem a acordo sobre as prioridades de financiamento.

Os Estados-membros estão muito mais bem colocados para saber que organizações precisam de que tipo de financiamento
Stefan de Keersmaecker.
Porta-voz do Pacto Ecológico Europeu

“Na política de coesão, chamamos a isto gestão partilhada. Faz todo o sentido, claro, porque os Estados-membros estão muito mais bem colocados para saber que organizações precisam de que tipo de financiamento. Asseguramos que os fundos são disponibilizados aos Estados-membros e que os Estados-membros que gerem os fundos”, conclui.

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