A segurança e a autodefesa estão no topo das prioridades nacionais da Letónia.
Quase mil dias após a invasão total da Ucrânia pela Rússia, a Letónia está no limite. O Estado báltico e os seus quase dois milhões de habitantes partilham uma fronteira de 300 quilómetros com a Rússia.
A segurança e a autodefesa tornaram-se, assim, a questão número um para o país e o principal ponto de discussão na conferência de Riga deste ano.
Jānis Karlsbergs, presidente da Organização Transatlântica da Letónia, uma ONG dedicada à defesa, afirmou, à margem do fórum anual dedicado à política externa e à segurança, que a Rússia está a tentar "dividir-nos como sociedade, dividir-nos entre políticos". "Penso que este é o maior perigo para todos nós", afirmou.
De momento, no entanto, a Rússia é "extremamente fraca. Se compreendermos o quão grandes e fortes somos, eles não têm qualquer hipótese", disse Karlsbergs.
O governo reintroduziu o serviço militar no ano ado. Atualmente, é um sorteio que decide quais os homens letões dos 18 aos 27 anos que têm de se alistar durante 11 meses. O objetivo é ter 4.000 soldados formados até 2028 e evitar uma potencial invasão russa.
De acordo com Karlsbergs, isto só irá reforçar as defesas do país. "É uma grande parte da integração das questões relacionadas com a segurança na sociedade", afirmou.
"Não existe uma linha divisória entre a sociedade e os militares, somos a mesma família."