Saeed Atallah Ali era um dos líderes do braço armado do Hamas, as Brigadas Al Qassam. É o primeiro ataque israelita à região norte do Líbano.
Um ataque israelita a um campo de refugiados no norte do Líbano matou o responsável do Hamas Saeed Atallah Ali. Ali era um dos responsáveis das Brigadas Al Qassam, o braço militar do grupo palestiniano.
O ataque atingiu a casa onde Saeed Atallah Ali vivia, matando também a mulher e duas filhas. Estava localizada no campo de Beddawi, perto de Trípoli, a segunda maior cidade do país.
Este ataque decorreu um dia depois de Israel ter cortado a principal autoestrada que liga o Líbano à Síria, durante outro ataque que deixou duas crateras de ambos os lados da estrada.
A situação na fronteira do Líbano tem estado bastante tensa desde o ataque do Hamas, a 7 de outubro do ano ado, com Israel e o Hezbollah a trocar fogo quase diariamente. No entanto, o conflito intensificou-se quando Israel lançou uma invasão terrestre do Líbano, na última semana. Israel disse que estava a realizar “ataques terrestres direcionados” com o objetivo de atingir o Hezbollah.
Do lado libanês, quase 2.000 pessoas foram mortas e 1,2 milhões de pessoas fugiram de casa. A maioria destas mortes e deslocamentos diz respeito às últimas semanas.
Entretanto, à medida que o conflito aumenta, vários países estão a organizar missões de evacuação. Na sexta-feira à noite, chegaram a Portugal 16 nacionais e familiares vindos do Líbano, num total de 41 pessoas que pediram para sair do país. O grupo foi transportado num avião da Força Aérea Portuguesa e recebido, à chegada a Lisboa, pelo ministro dos Negócios Estrangeiros português, Paulo Rangel.
Também na sexta-feira, os Países Baixos repatriaram mais de 180 nacionais e familiares. A bordo do avião, que aterrou na Base Aérea de Eindhoven, seguiam também um cidadão belga, um irlandês e um finlandês. O Ministério dos Negócios Estrangeiros dos Países Baixos está a organizar um segundo voo para este sábado.
Na manhã deste sábado, um avião militar chegou à Coreia do Sul com 97 pessoas vindas do Líbano. Apenas cerca de 30 nacionais sul coreanos permanecem no Líbano, sobretudo diplomatas e pessoal da embaixada.