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Milhares de austríacos protestam contra governo de extrema-direita

Austríacos na rua contra a extrema-direita.
Austríacos na rua contra a extrema-direita. Direitos de autor ATORF
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O protesto surge depois de o Partido da Liberdade (Freiheitliche Partei Österreich, FPÖ), de extrema-direita, liderado pelo eurocético líder Herbert Kickl, ter vencido as eleições com 29% dos votos.

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Milhares de pessoas manifestaram-se no centro da capital austríaca, na noite de quinta-feira, para apelar aos partidos políticos do país para que não se juntem a uma coligação com o partido de extrema-direita FPÖ, que venceu as eleições de domingo.

A manifestação, que começou na Universidade de Viena e terminou em frente ao parlamento, juntou cerca de 25 mil pessoas, segundo aos organizadores. O alvo dos participantes foi sobretudo o Partido Popular (Österreichische Volkspartei, ÖVP), de centro-direita, que obteve o segundo lugar nas eleições, com 26,5%. Este partido, liderado pelo chanceler Karl Nehammer, mostra-se aberto a negociar uma coligação com a extrema-direita.

Esta foi a primeira vez que o FPÖ ganhou eleições nacionais na Áustria, com 29% dos votos. O partido, eurocéptico e próximo do Kremlin, fez campanha com um programa anti-imigração. Também prometeu aos eleitores medidas para impulsionar a economia austríaca.

No entanto, sem maioria absoluta, o partido tem de formar uma coligação para governar o país. Se conseguir coligar-se, vai ser a primeira vez que a Áustria tem um Governo de extrema-direita desde a Segunda Guerra Mundial.

"É quinta-feira outra vez"

Os outros partidos austríacos, incluindo o Partido Social Democrata (Sozialdemokratische Partei Österreichs, SPÖ), de centro-esquerda, Os Verdes (Die Grünen) e o partido liberal NEOS (Das Neue Österreich und Liberales Forum), afastaram a possibilidade de entrar numa coligação tanto com o FPÖ, como com o ÖVP, que se encontra no poder.

Por seu lado, o ÖVP abriu a porta à colaboração com o FPÖ. No entanto, coloca como condição que o líder do FPÖ, Herbert Kickl, não faça parte do Governo. Kickl é uma figura polémica na política austríaca, referindo-se a si próprio como “volkskanzler” ou ‘”chanceler do povo”, um termo também usado por Adolf Hitler durante o nazismo.

Uma coligação destes dois partidos não seria uma novidade. O partido de extrema-direita já fez parte do governo austríaco por duas vezes, mas nunca na liderança. Mas desta vez, o FPÖ tem a oportunidade de liderar o Governo.

Durante o protesto, os manifestantes levaram faixas que diziam "é quinta-feira outra vez", numa referência a uma série de manifestações que decorrerem durante várias quintas-feiras do ano 2000 contra a coligação do  ÖVP com o FPÖ.

Esta sexta-feira, o presidente austríaco, Alexander Van der Bellen, vai iniciar conversações com os líderes de todos os partidos, começando por Herbert Kickl. Nestas conversações, que se preveem prolongadas, o presidente habitualmente convida o líder do partido vencedor a formar governo, embora não tenha qualquer obrigação constitucional de o fazer.

Van der Bellen disse anteriormente que não ia confiar automaticamente a tarefa de formar governo ao líder do FPÖ. No entanto, não é claro como seria uma coligação alternativa.

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