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Mais de mil bombeiros portugueses ocupam escadaria da Assembleia da República em protesto

Sapadores bombeiros ocupam escadaria da Assembleia da República em protesto
Sapadores bombeiros ocupam escadaria da Assembleia da República em protesto Direitos de autor Armando Franca/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
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Bombeiros reivindicam aumentos salariais e a regulamentação da carreira. Protesto em Lisboa originou vários momento de tensão, com os bombeiros a subirem e a ocuparem a escadaria do Parlamento português.

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Os sapadores bombeiros portugueses estão hoje em protesto em frente à Assembleia da República para reivindicarem aumentos salariais e a regulamentação da carreira. O protesto foi convocado pelo Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores que critica a falta de ação dos vários governos.

Durante a tarde, os ânimos aqueceram com os profissionais em luta a subirem as escadarias da Assembleia da República, deitando ao chão as baias de segurança tendo sido travados apenas pela polícia.

O protesto, que teve início pelas 12h25 fico também marcado pelo rebentamento de vários petardos​ e um caixão branco levado em braços até à porta do Parlamento enquanto era gritada a palavra "vergonha". Dois pneus e uma farda foram incendiados.

Ricardo Cunha, do Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores, explicou que os momentos de tensão foram de origem espontânea, não estando previstos, itindo que o protesto tenha ido “além do que estava legalizado”. Ainda assim, o sindicalista explica a revolta dos profissionais, num altura em que decorrem reuniões entre o Governo e os bombeiros.

"Sei que eles têm razão nos protestos. O que motivou isto foi o senhor secretário de Estado ter marcado uma reunião e, no fim, voltou a dizer que não tinha nada para apresentar. Qualquer pessoa normal devia perceber que não podemos faltar à verdade aos bombeiros. Se já andam revoltados, a probabilidade de isto acontecer era muito elevada. O culpado disto tudo acaba por ser o Governo", afirmou aos jornalistas Ricardo Cunha.

Por volta das 15h30 o protesto começou a ser desmobiliziado com os bombeiros sapadores a abandonarem a escadaria da Assembleia da República. As baias deitadas ao chão foram até repostas pelos profissionais, que aplaudiram os agentes da polícia que estavam no local. O sindicato diz que cerca de 1300 bombeiros estiveram em Lisboa para a manifestação.

O protesto reuniu profissionais de todo o país que seguiram de autocarro até aos locais de origem. Atualmente, existem cerca de 3000 bombeiros sapadores, distribuídos por 25 municípios, em todo o país, uma vez que a maioria dos bombeiros portugueses exerce enquanto voluntário.

Além dos aumentos salariais, que os sapadores bombeiros exigem para compensar a inflação, profissionais lutam por uma regulamentação do horário de trabalho, pela reforma aos 50 anos e por um regime de avaliação específico, entre outras condições de trabalho, nomeadamente o suplemento de risco, bem como a disponibilidade permanente, em percentagem e à parte do vencimento.

Nos últimos 44 anos morreram em serviço 254 bombeiros, incluindo os quatro que morreram nos últimos três dias no combate aos incêndios florestais, segundo a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

Nos últimos grandes incêndios que assolaram o norte e centro do país, quatro profissionais perderam a vida depois de serem mobilizados para combate aos fogos.

Ministra diz que “negociações vão chegar a bom porto”

Em resposta ao protesto a ministra da istração Interna, sublinhou que as reivindicações dos profissionais “já vêm de há 22 anos”. Margarida Blasco disse que acredita que é possível chegar a um acordo sobre o estatuto da classe profissional, salientando, no entanto, que os sapadores bombeiros são responsabilidade direta das autarquias e não do governo.

"Os bombeiros sapadores que se estão a manifestar em frente da Assembleia da República são bombeiros cujo patrão não é o Estado, dependem das autarquias", afirmou aos jornalistas.

A ministra explicou que os bombeiros tiveram uma reunião com a tutela na ada sexta-feira e que considera que as conversações “estão a ter um bom ritmo” e que será possível “chegar a bom porto” através da via negocial.

Sobre as acusações dos profissionais que de o Executivo não tinha propostas para apresentar, Margarida Blasco não forneceu qualquer explicação aos jornalistas.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, remeteu uma eventual resposta ao protesto para mais tarde.

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