{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2024/08/30/a-paz-nunca-pode-significar-a-rendicao-diz-ursula-von-der-leyen-numa-nova-repreensao-a-orb" }, "headline": "A paz nunca pode significar a rendi\u00e7\u00e3o, diz Ursula von der Leyen numa nova repreens\u00e3o a Orb\u00e1n ", "description": "No seu primeiro discurso desde que foi reeleita para o cargo, Ursula von der Leyen repreendeu os pol\u00edticos que atribuem a guerra \u0022n\u00e3o \u00e0 \u00e2nsia de poder de Putin, mas \u00e0 sede de liberdade da Ucr\u00e2nia\u0022.", "articleBody": "A paz nunca pode ser sin\u00f3nimo de rendi\u00e7\u00e3o e a soberania nunca pode ser sin\u00f3nimo de ocupa\u00e7\u00e3o, afirmou Ursula von der Leyen, numa nova repreens\u00e3o aos que pressionam a Ucr\u00e2nia a aceitar um acordo com a R\u00fassia que provavelmente implicaria a ced\u00eancia de partes do seu territ\u00f3rio.A presidente da Comiss\u00e3o Europeia advertiu que \u0022a paz n\u00e3o pode ser considerada como um dado adquirido\u0022 e instou os seus colegas a rejeitarem as narrativas enganosas que esbatem as linhas, invertem os pap\u00e9is e mudam as responsabilidades na invas\u00e3o da Ucr\u00e2nia, que j\u00e1 vai no seu terceiro ano sem resolu\u00e7\u00e3o \u00e0 vista.\u0022Hoje, alguns pol\u00edticos dentro da nossa Uni\u00e3o, e mesmo nesta parte da Europa, est\u00e3o a turvar as \u00e1guas da nossa conversa sobre a Ucr\u00e2nia. N\u00e3o culpam o invasor, mas sim o invadido; n\u00e3o culpam a \u00e2nsia de poder de Putin, mas sim a sede de liberdade da Ucr\u00e2nia\u0022, afirmou na sexta-feira, durante o F\u00f3rum GLOBSEC, em Praga.\u0022Por isso, quero perguntar-lhes: alguma vez culpariam os h\u00fangaros pela invas\u00e3o sovi\u00e9tica de 1956? Alguma vez culpariam os checos pela repress\u00e3o sovi\u00e9tica em 1968? E a resposta a esta pergunta \u00e9 muito clara: o comportamento do Kremlin era ilegal e atroz nessa altura. E o comportamento do Kremlin \u00e9 ilegal e atroz atualmente\u0022.Apesar de n\u00e3o ter sido mencionado pelo nome, um dos principais alvos da oesta\u00e7\u00e3o de von der Leyen foi Viktor Orb\u00e1n, o primeiro-ministro da Hungria que, no m\u00eas ado, desencadeou uma furiosa onda de protestos quando, numa viagem sem aviso pr\u00e9vio, voou para Moscovo e se encontrou cara a cara com Putin para discutir poss\u00edveis formas de acabar com a guerra.Putin deu as boas-vindas a Orb\u00e1n como representante da Uni\u00e3o Europeia, apesar de o primeiro-ministro n\u00e3o ter mandato para falar em nome do bloco de 27 membros.A visita deu origem a um boicote \u00e0 presid\u00eancia semestral do Conselho da UE pela Hungria, que teve in\u00edcio a 1 de julho. Von de Leyen ordenou aos seus comiss\u00e1rios que respeitassem a pol\u00edtica de n\u00e3o compar\u00eancia e renunciassem a participar nas reuni\u00f5es realizadas em Budapeste. Mais tarde, no seu discurso de reelei\u00e7\u00e3o perante o Parlamento Europeu, Von de Leyen criticou a chamada \u0022miss\u00e3o de paz\u0022 de Orb\u00e1n, suscitando fortes aplausos dos deputados.Na sexta-feira, continuou as suas cr\u00edticas, argumentando que aqueles que se op\u00f5em aos fornecimentos militares a Kiev n\u00e3o est\u00e3o a defender a paz, mas sim o \u0022apaziguamento e a subjuga\u00e7\u00e3o\u0022. Encorajado pelo seu poder de veto, Orb\u00e1n tem repetidamente feito descarrilar os esfor\u00e7os do bloco para fornecer mais assist\u00eancia militar \u00e0 na\u00e7\u00e3o devastada pela guerra. At\u00e9 \u00e0 data, Bruxelas disp\u00f5e de 6,5 mil milh\u00f5es de euros completamente paralisados pela oposi\u00e7\u00e3o da Hungria.\u0022N\u00f3s, europeus, podemos ter hist\u00f3rias diferentes. Podemos falar l\u00ednguas diferentes, mas em nenhuma l\u00edngua a paz \u00e9 sin\u00f3nimo de rendi\u00e7\u00e3o. Em nenhuma l\u00edngua, soberania \u00e9 sin\u00f3nimo de ocupa\u00e7\u00e3o\u0022, disse von der Leyen \u00e0 audi\u00eancia em Praga.\u0022A minha posi\u00e7\u00e3o \u00e9 que a paz n\u00e3o \u00e9 simplesmente a aus\u00eancia de guerra. A paz \u00e9 um acordo que torna a guerra imposs\u00edvel e desnecess\u00e1ria\u0022, acrescentou, referindo que a integra\u00e7\u00e3o da Ucr\u00e2nia na Uni\u00e3o Europeia deve estar no \u0022centro do nosso esfor\u00e7o de paz\u0022.Orb\u00e1n tamb\u00e9m questionou as aspira\u00e7\u00f5es da Ucr\u00e2nia \u00e0 UE. Os seus deputados afirmaram que nenhum cap\u00edtulo do processo de ades\u00e3o ser\u00e1 aberto durante a presid\u00eancia do pa\u00eds.'N\u00f3s, europeus, devemos estar atentos'No seu discurso, von der Leyen falou extensivamente sobre a necessidade imperativa de refor\u00e7ar as capacidades de defesa da UE, h\u00e1 muito ignoradas sob a ilus\u00e3o p\u00f3s-Guerra Fria de que \u0022a paz foi alcan\u00e7ada de uma vez por todas\u0022 e que Putin acabaria por escolher a prosperidade econ\u00f3mica em vez do \u0022seu sonho ilus\u00f3rio de imp\u00e9rio\u0022.\u0022Hoje, n\u00e3o nos podemos dar ao luxo de ter mais ilus\u00f5es\u0022, disse. \u0022A segunda metade da d\u00e9cada ser\u00e1 de alto risco. A guerra contra a Ucr\u00e2nia e o conflito no M\u00e9dio Oriente colocaram a geopol\u00edtica em movimento. As tens\u00f5es tamb\u00e9m est\u00e3o a aumentar no Extremo Oriente\u0022, acrescentou. \u0022N\u00f3s, europeus, temos de estar atentos\u0022.Num sinal revelador de como os tempos mudaram, von der Leyen afirmou que a UE, fundada nas cinzas da Segunda Guerra Mundial como um projeto de paz, deve ser vista como \u0022intrinsecamente um projeto de seguran\u00e7a\u0022 e apelou a uma \u0022revis\u00e3o sistem\u00e1tica\u0022 da pol\u00edtica de defesa do bloco.As diretrizes da presidente para um segundo mandato n\u00e3o deixam d\u00favidas de que a defesa ser\u00e1 uma prioridade m\u00e1xima nos pr\u00f3ximos cinco anos. O documento apresenta uma s\u00e9rie de propostas para aumentar o investimento p\u00fablico e privado na ind\u00fastria de armamento, promover a tecnologia nacional de ponta, organizar compras conjuntas de equipamento militar, aumentar as capacidades de ciberdefesa e refor\u00e7ar as san\u00e7\u00f5es contra ataques h\u00edbridos, entre outras ideias.Von der Leyen tenciona tamb\u00e9m nomear um Comiss\u00e1rio para a Defesa, embora n\u00e3o se saiba ao certo qual ser\u00e1 o poder efetivo deste novo cargo, tendo em conta os limites estabelecidos pelos tratados da UE, que deixam a defesa firmemente nas m\u00e3os dos Estados-membros.\u0022Mesmo que os europeus levem a s\u00e9rio as atuais amea\u00e7as \u00e0 seguran\u00e7a, ser\u00e1 necess\u00e1rio tempo e um investimento maci\u00e7o para reestruturar as nossas ind\u00fastrias de defesa\u0022, afirmou. \u0022O nosso objetivo deve ser construir uma produ\u00e7\u00e3o de defesa \u00e0 escala do continente.\u0022Ac\u00e9rrima defensora da alian\u00e7a transatl\u00e2ntica, von der Leyen aproveitou ainda para refletir sobre a import\u00e2ncia do apoio dos Estados Unidos \u00e0 Ucr\u00e2nia, que Bruxelas receia que possa desaparecer se Donald Trump vencer as elei\u00e7\u00f5es presidenciais de novembro. Se Washington se retirasse, seria materialmente imposs\u00edvel para a Europa preencher a enorme lacuna.\u0022Nunca \u00e9 demais sublinhar a import\u00e2ncia do apoio dos EUA \u00e0 Ucr\u00e2nia desde o in\u00edcio desta guerra. Mais uma vez, a Am\u00e9rica defendeu a liberdade de todos os europeus. Sinto uma profunda gratid\u00e3o por este facto, mas tamb\u00e9m um profundo sentido de responsabilidade\u0022, afirmou.Mas, acrescentou, \u0022proteger a Europa \u00e9, antes de mais, um dever da Europa\u0022.", "dateCreated": "2024-08-30T15:33:50+02:00", "dateModified": "2024-08-30T18:45:24+02:00", "datePublished": "2024-08-30T18:45:24+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F69%2F11%2F68%2F1440x810_cmsv2_0048a4f5-9cf5-5e0e-be39-dc4625fd425d-8691168.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "Ursula von der Leyen lan\u00e7ou uma nova repreens\u00e3o ao Presidente da Hungria, Viktor Orban.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F69%2F11%2F68%2F432x243_cmsv2_0048a4f5-9cf5-5e0e-be39-dc4625fd425d-8691168.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": [ { "@type": "Person", "familyName": "Liboreiro", "givenName": "Jorge", "name": "Jorge Liboreiro", "url": "/perfis/1858", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@JorgeLiboreiro", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Correspondant \u00e0 Bruxelles" } } ], "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

A paz nunca pode significar a rendição, diz Ursula von der Leyen numa nova repreensão a Orbán

Ursula von der Leyen lançou uma nova repreensão ao Presidente da Hungria, Viktor Orban.
Ursula von der Leyen lançou uma nova repreensão ao Presidente da Hungria, Viktor Orban. Direitos de autor  Ida Marie Odgaard/AP
Direitos de autor  Ida Marie Odgaard/AP
De Jorge Liboreiro
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

No seu primeiro discurso desde que foi reeleita para o cargo, Ursula von der Leyen repreendeu os políticos que atribuem a guerra "não à ânsia de poder de Putin, mas à sede de liberdade da Ucrânia".

PUBLICIDADE

A paz nunca pode ser sinónimo de rendição e a soberania nunca pode ser sinónimo de ocupação, afirmou Ursula von der Leyen, numa nova repreensão aos que pressionam a Ucrânia a aceitar um acordo com a Rússia que provavelmente implicaria a cedência de partes do seu território.

A presidente da Comissão Europeia advertiu que "a paz não pode ser considerada como um dado adquirido" e instou os seus colegas a rejeitarem as narrativas enganosas que esbatem as linhas, invertem os papéis e mudam as responsabilidades na invasão da Ucrânia, que já vai no seu terceiro ano sem resolução à vista.

"Hoje, alguns políticos dentro da nossa União, e mesmo nesta parte da Europa, estão a turvar as águas da nossa conversa sobre a Ucrânia. Não culpam o invasor, mas sim o invadido; não culpam a ânsia de poder de Putin, mas sim a sede de liberdade da Ucrânia", afirmou na sexta-feira, durante o Fórum GLOBSEC, em Praga.

"Por isso, quero perguntar-lhes: alguma vez culpariam os húngaros pela invasão soviética de 1956? Alguma vez culpariam os checos pela repressão soviética em 1968? E a resposta a esta pergunta é muito clara: o comportamento do Kremlin era ilegal e atroz nessa altura. E o comportamento do Kremlin é ilegal e atroz atualmente".

Apesar de não ter sido mencionado pelo nome, um dos principais alvos da oestação de von der Leyen foi Viktor Orbán, o primeiro-ministro da Hungria que, no mês ado, desencadeou uma furiosa onda de protestos quando, numa viagem sem aviso prévio, voou para Moscovo e se encontrou cara a cara com Putin para discutir possíveis formas de acabar com a guerra.

Putin deu as boas-vindas a Orbán como representante da União Europeia, apesar de o primeiro-ministro não ter mandato para falar em nome do bloco de 27 membros.

A visita deu origem a um boicote à presidência semestral do Conselho da UE pela Hungria, que teve início a 1 de julho. Von de Leyen ordenou aos seus comissários que respeitassem a política de não comparência e renunciassem a participar nas reuniões realizadas em Budapeste. Mais tarde, no seu discurso de reeleição perante o Parlamento Europeu, Von de Leyen criticou a chamada "missão de paz" de Orbán, suscitando fortes aplausos dos deputados.

Na sexta-feira, continuou as suas críticas, argumentando que aqueles que se opõem aos fornecimentos militares a Kiev não estão a defender a paz, mas sim o "apaziguamento e a subjugação". Encorajado pelo seu poder de veto, Orbán tem repetidamente feito descarrilar os esforços do bloco para fornecer mais assistência militar à nação devastada pela guerra. Até à data, Bruxelas dispõe de 6,5 mil milhões de euros completamente paralisados pela oposição da Hungria.

"Nós, europeus, podemos ter histórias diferentes. Podemos falar línguas diferentes, mas em nenhuma língua a paz é sinónimo de rendição. Em nenhuma língua, soberania é sinónimo de ocupação", disse von der Leyen à audiência em Praga.

"A minha posição é que a paz não é simplesmente a ausência de guerra. A paz é um acordo que torna a guerra impossível e desnecessária", acrescentou, referindo que a integração da Ucrânia na União Europeia deve estar no "centro do nosso esforço de paz".

Orbán também questionou as aspirações da Ucrânia à UE. Os seus deputados afirmaram que nenhum capítulo do processo de adesão será aberto durante a presidência do país.

'Nós, europeus, devemos estar atentos'

No seu discurso, von der Leyen falou extensivamente sobre a necessidade imperativa de reforçar as capacidades de defesa da UE, há muito ignoradas sob a ilusão pós-Guerra Fria de que "a paz foi alcançada de uma vez por todas" e que Putin acabaria por escolher a prosperidade económica em vez do "seu sonho ilusório de império".

"Hoje, não nos podemos dar ao luxo de ter mais ilusões", disse.

"A segunda metade da década será de alto risco. A guerra contra a Ucrânia e o conflito no Médio Oriente colocaram a geopolítica em movimento. As tensões também estão a aumentar no Extremo Oriente", acrescentou. "Nós, europeus, temos de estar atentos".

Num sinal revelador de como os tempos mudaram, von der Leyen afirmou que a UE, fundada nas cinzas da Segunda Guerra Mundial como um projeto de paz, deve ser vista como "intrinsecamente um projeto de segurança" e apelou a uma "revisão sistemática" da política de defesa do bloco.

As diretrizes da presidente para um segundo mandato não deixam dúvidas de que a defesa será uma prioridade máxima nos próximos cinco anos. O documento apresenta uma série de propostas para aumentar o investimento público e privado na indústria de armamento, promover a tecnologia nacional de ponta, organizar compras conjuntas de equipamento militar, aumentar as capacidades de ciberdefesa e reforçar as sanções contra ataques híbridos, entre outras ideias.

Von der Leyen tenciona também nomear um Comissário para a Defesa, embora não se saiba ao certo qual será o poder efetivo deste novo cargo, tendo em conta os limites estabelecidos pelos tratados da UE, que deixam a defesa firmemente nas mãos dos Estados-membros.

"Mesmo que os europeus levem a sério as atuais ameaças à segurança, será necessário tempo e um investimento maciço para reestruturar as nossas indústrias de defesa", afirmou. "O nosso objetivo deve ser construir uma produção de defesa à escala do continente."

Acérrima defensora da aliança transatlântica, von der Leyen aproveitou ainda para refletir sobre a importância do apoio dos Estados Unidos à Ucrânia, que Bruxelas receia que possa desaparecer se Donald Trump vencer as eleições presidenciais de novembro. Se Washington se retirasse, seria materialmente impossível para a Europa preencher a enorme lacuna.

"Nunca é demais sublinhar a importância do apoio dos EUA à Ucrânia desde o início desta guerra. Mais uma vez, a América defendeu a liberdade de todos os europeus. Sinto uma profunda gratidão por este facto, mas também um profundo sentido de responsabilidade", afirmou.

Mas, acrescentou, "proteger a Europa é, antes de mais, um dever da Europa".

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Von der Leyen pede impulso ao setor europeu da defesa

Borrell acusa Orbán de deslealdade e associa-se ao boicote contra a presidência húngara da UE

Von der Leyen aposta reeleição na defesa, na habitação e num orçamento renovado