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Motoristas de entregas da Amazon foram despedidos na Bélgica via WhatsApp

Um ícone do WhatsApp é apresentado num iPhone na Alemanha, a 15 de novembro de 2018
Um ícone do WhatsApp é apresentado num iPhone na Alemanha, a 15 de novembro de 2018 Direitos de autor Martin Meissner/AP
Direitos de autor Martin Meissner/AP
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Os motoristas foram informados por mensagem de texto que o seu empregador, o KM Group - um subcontratante da Amazon-, tinha entrado em falência, deixando-os sem o salário do mês de julho e sem a documentação necessária para acederem ao subsídio de desemprego.

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Cerca de 100 motoristas de entregas que trabalhavam para o KM Group, um subcontratante da Amazon no município de Flémalle, no leste da Bélgica, foram despedidos coletivamente via WhatsApp.

Os motoristas foram informados por mensagem de texto que a empresa tinha entrado em falência, tendo estes ficado sem o salário do mês de julho. Para além disso, os motoristas disseram que não receberam os papéis necessários para poderem requerer o subsídio de desemprego.

"Há um mês que não recebo salário. Como é que eu faço para pagar o empréstimo bancário no final de cada mês e o dinheiro para pagar o empréstimo? Se não há rendimentos, o que é que se faz?", questionou Michael Agirman, um dos antigos empregados do KM Group.

"É difícil para nós vermo-nos sem nada de repente e não sabermos o que fazer", disse outro antigo empregado, Dejan Mohammed.

Um funcionário fabrica manualmente caixas personalizadas com uma máquina de cartão no centro de distribuição OXR1 da Amazon, na Califórnia, a 21 de agosto de 2024
Um funcionário fabrica manualmente caixas personalizadas com uma máquina de cartão no centro de distribuição OXR1 da Amazon, na Califórnia, a 21 de agosto de 2024Damian Dovarganes/Copyright 2024 The AP. All rights reserved

Numa declaração conjunta, a Federação Geral do Trabalho da Bélgica (FGTB) e a Confederação dos Sindicatos Cristãos (CSC) criticaram a forma como os trabalhadores foram despedidos e a situação financeira incerta em que ficaram.

"No dia 31 de julho, fomos informados da falência da empresa através de uma mensagem de WhatsApp", afirmou o secretário provincial da UBT-FGTB, Daniel Maratta. "Não houve qualquer reunião de pessoal ou diálogo social - apenas uma mensagem de WhatsApp", acrescentou.

Os sindicatos dizem que a falência do KM Group foi declarada depois da gigante americana do retalho online Amazon se ter recusado a renegociar os termos do contrato.

Embora o KM Group devesse ter iniciado imediatamente um processo de falência em tribunal, Maratta disse que o balanço da empresa ainda não foi oficialmente apresentado.

O sindicato enviou os trabalhadores despedidos aos centros de ação social para solicitarem ajuda de emergência, mas ainda não é claro se esses pedidos podem ser processados, uma vez que não lhes foi entregue o formulário C4 necessário.

O C4 contém informações importantes sobre as férias vencidas, o subsídio de férias, os impostos e os pagamentos efetuados à segurança social. Geralmente, é ado da entidade patronal anterior para a nova ou, em caso de despedimento, é entregue diretamente ao trabalhador.

A FGTB-UBT informou que o KM Group confirmou não ter fundos disponíveis para pagar aos trabalhadores despedidos os salários que lhes são devidos.

"De momento, estamos a tentar que a entidade patronal apresente a declaração de insolvência para que possamos fazê-lo coletivamente. Caso contrário, o único problema que teremos, ou pelo menos a única saída, é que os trabalhadores terão de ir a tribunal individualmente para tentar recuperar os seus direitos, e isso levará muito tempo", explicou Ludovic Moussebois, diretor do sindicato belga CSC Transcom.

Sindicatos organizaram manifestação em frente à Amazon

Os sindicatos organizaram uma manifestação na quinta-feira de manhã em frente ao depósito da Amazon em Flémalle, que esperam que chame a atenção para as condições de trabalho no setor das entregas.

"Queríamos sensibilizar as pessoas que compram coisas na Internet, na Amazon e noutros sítios. Por detrás do botão Enter, quando se carrega, está montado um motor, toda uma máquina onde os trabalhadores trabalham, por vezes, em condições inaceitáveis", disse o secretário Provincial da UBT-FGTB, Daniel Maratta.

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