Decisão foi tomada na sequência de buscas realizadas desde o ado mês de novembro.
O governo alemão encerrou o Centro Islâmico de Hamburgo (IZH, na sigla alemã) e proibiu a organização de exercer atividade, "por se tratar de uma organização islamista extremista que persegue objetivos anticonstitucionais", refere um comunicado do executivo.
O Ministério do Interior alemão refere ainda que a organização é um representante direto do “líder revolucionário” iraniano que "difunde umantissemitismo agressivo" e "apoia a organização terrorista Hezbollah", proibida de atuar no país.
O comunicado surge após as buscas realizadas durante a manhã desta quarta-feira a 53 propriedades em Hamburgo, Bremen, Berlim, Baixa Saxónia, Meclemburgo-Pomerânia Ocidental, Hesse, Renânia do Norte-Vestefália e Baviera, com base em ordens judiciais.
A investigação está a ser levada a cabo desde novembro de 2023. Segundo a agência dos serviços de informação alemã, o IZH era o representante mais importante do Irão na Alemanha, além da embaixada do país.
A ministra do Interior, Nancy Faeser, afirmou que as provas recolhidas durante a investigação confirmaram as suspeitas graves, "a tal ponto que ordenámos a proibição hoje”. E acrescentou que este é "mais um o consistente contra o extremismo islâmico”.
O Ministério do Interior declarou ainda que serão igualmente encerradas quatro mesquitas xiitas na Alemanha e os bens do IZH serão confiscados.
Estima-se que existam entre 150 e 200 congregações xiitas na Alemanha, segundo dados divulgados pelo governo.
O responsável máximo pela segurança regional em Hamburgo, Andy Grote, declarou que o grupo ou “à história” e defendeu que "o encerramento deste posto avançado do regime iraniano" era um golpe realmente eficaz contra o extremismo islâmico.
Também Josef Schuster, presidente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, já reagiu e saudou a proibição do centro. “O regime mullah do Irão e os seus representantes estão posicionados em todo o mundo - o seu objetivo é a destruição da democracia e do nosso modo de vida”, afirmou.
O governo da Alemanha tinha anunciado em 2020 a a proibição de todas as atividades do partido político libanês xiita Hezbollah no seu território.