Orbán classificou a sua visita à China como "Missão de paz 3.0", publicando uma fotografia sua no X com a legenda após a sua chegada a Pequim.
O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, fez uma visita inesperada à China, na sequência das suas deslocações à Ucrânia e à Rússia para discutir um acordo de paz para a Ucrânia.
Ao sair do avião, foi recebido pela vice-ministra chinesa dos Negócios Estrangeiros, Hua Chunying, e por outros funcionários.
Mais tarde, publicou uma fotografia com o Presidente chinês Xi Jinping, na qual escreveu: "[Para além da Rússia e da Ucrânia, o fim da guerra] depende da decisão de três potências mundiais, os Estados Unidos, a União Europeia e a China".
Missão de "paz
Viktor Orbán também visitou Moscovo e Kiev na semana ada, onde propôs que a Ucrânia considerasse a possibilidade de concordar com um cessar-fogo imediato com a Rússia.
O primeiro-ministro húngaro é visto como tendo uma relação próxima com Putin e tem bloqueado, atrasado ou diluído os esforços da UE para ajudar Kiev e impor sanções a Moscovo pelas suas acções na Ucrânia.
Ucrânia e de outros líderes europeus, mas Orbán justificou a viagem afirmando que "o número de países que podem falar com os dois lados em guerra está a diminuir. A Hungria está a tornar-se lentamente o único país da Europa que pode falar com todos".
Embora o primeiro-ministro húngaro há muito defenda o fim das operações na Ucrânia, não explicou o que isso poderia significar para a integridade territorial do país ou para a sua segurança futura.
Estreitamento dos laços com a China
Há dois meses, Xi Jinping fez uma viagem semelhante a Budapeste, no âmbito de uma visita do Presidente chinês a três países europeus, que incluiu também paragens em França e na Sérvia.
Durante estas conversações, a Hungria e a China am uma série de novos acordos para aprofundar a sua cooperação económica e cultural.
Pequim investiu milhares de milhões de euros na Hungria e considera o país membro da União Europeia como uma importante base de apoio no bloco comercial de 27 membros. A viagem procurou solidificar a presença económica da China na região.
Em dezembro, a Hungria anunciou que um dos maiores fabricantes de veículos eléctricos do mundo, a empresa chinesa BYD, abrirá a sua primeira fábrica europeia de produção de veículos eléctricos no sul do país - uma incursão que poderá pôr em causa a competitividade da indústria automóvel do continente.