Gitanas Nausėda conseguiu cerca de três quartos dos votos. Campanha do presidente da Lituânia foi dominada por questões relacionadas com a segurança.
O presidente da Lituânia, Gitanas Nausėda, venceu a segunda volta das eleições presidenciais de domingo, com o mais elevado apoio popular desde que o país se separou da União Soviética, em 1991.
Numa altura em que estão contabilizados 90% dos votos, Gitanas Nausėda conseguiu, segundo a comissão eleitoral lituana, 76,4%, enquanto a sua rival, a primeira-ministra Ingrida Šimonytė, não ultraou os 23.8%.
A campanha de Gitanas Nausėda às presidenciais de 2024 foi dominada pelo tema da segurança na Lituânia, que é membro da União Europeia, da NATO e vizinha da Rússia. O país báltico com 2,8 milhões de habitantes tem sido um firme aliado da Ucrânia desde a invasão russa, em fevereiro de 2022, e, por isso, teme ser um dos próximos alvos de Moscovo.
Nausėda, de 60 anos, é um antigo economista e não tem filiação partidária. O presidente da Lituânia venceu a primeira volta das eleições , a 12 de maio, com 44% dos votos, menos do que os 50% necessários para uma maioria absoluta.
Falando aos apoiantes em Vilnius, capital da Lituânia, Nausėda garantiu que vai continuar a trabalhar nas capacidades de defesa do país. “A independência e a liberdade da Lituânia são como uma embarcação frágil que temos de cuidar e evitar que se parta”, declarou.
Tanto Nausėda como Simonyte apoiam o aumento das despesas com a defesa para pelo menos 3% do produto interno bruto da Lituânia, em vez dos 2,75% previstos para este ano. Mas Nausėda entrou em conflito com Simonyte noutras questões, incluindo o reconhecimento legal das uniões civis entre pessoas do mesmo sexo, a que Nausėda se opõe.
Conservador moderado, Nausėda, assumiu o cargo de presidente da Lituânia em 2019 e, desde então, o país tem servido de refúgio para as muitas pessoas que fogem da repressão autoritária na vizinha Bielorrússia e do aumento da repressão na Rússia.