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O que une e o que divide diferentes fações de extrema-direita na UE?

Líderes da Itália, Georgia Meloni, e da Hungria, Viktor Orbán
Líderes da Itália, Georgia Meloni, e da Hungria, Viktor Orbán Direitos de autor AP Photo/Geert Vanden Wijngaert
Direitos de autor AP Photo/Geert Vanden Wijngaert
De Vincenzo Genovese
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Os partidos de extrema-direita estão a crescer em muitos países da União Europeia e, se se juntarem, poderão formar a segunda maior bancada na próxima legislatura do Parlamento Europeu. Mas há diferenças ideológicas e pragmáticas que tornam quase impossível forjar essa aliança.

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Os partidos de extrema-direita estão, atualmente, espalhados por dois grupos políticos no Parlamento Europeu: Identidade e Democracia (ID) - com eleitos por partidos como o Reagrupamento Nacional (França), Liga (Itália) e Alternativa para a Alemanha (Alemanha) - e Conservadores e Reformistas Europeus (CRE) - com eleitos por partidos tais como Irmãos de Itália (Itália), Vox (Espanha) e Lei e Justiça (Polónia).

Lorenzo Castellani, professor de História das Instituições Políticas na Universidade LUISS Guido Carli, considera que partiham alguns pontos em comum: "O primeiro é garantir a aversão à imigração".

"O outra é o euroceticismo, no sentido de que todos são contra uma maior integração da União Europeia. O terceiro é a ideia de representar o povo comum, sendo contra o sistema liberal e progressista estabelecido e contra os partidos moderados tradicionais", acrescentou o académico.

A "divisória" guerra na Ucrânia

A linha de rutura mais profunda diz respeito à política externa e à  defesa, nomeadamente sobre o modelo de aliança altlântica (NATO) e a guerra na Ucrânia.

"Dentro do ID, encontramos muitos mais partidos pró-russos, enquanto que no ECR a maioria dos partidos são bastante anti-russos, apoiando a Ucrânia no conflito atual. O partido da direita radical finlandês até mudou de grupo por causa desta questão: do ID para ECR", referiu Dave Sinardet, professor de Ciência Política na Vrije Universiteit Brussel.

O euroceticismo destes partidos também tem nuances muito diferentes, apesar de estarem undios na vontade de evitar uma maior integração comunitária e de manter um máximo de poderes aos Estados-membros.

"Geralmente os partidos do ID são mais radicais e às vezes mais extremos. Além disso, estão realmente mais à direita. Geralmente, também, são mais antieuropeus. No ECR há alguns partidos que são eurocéticos, mas ainda assim bastante construtivos. Geralmente estes partidos também trabalham dentro das instituições europeias e não apenas se opõem a elas", referiu Sinardet.

Partidos como os Irmãos de Itália, liderado pela primeira-ministra Georgia Meloni, são mais propensos a entrar em negociações com a bancada do Partido Popular Europeu (PPE), de centro-direita, após as eleições europeias. 

O CRE poderá ar a ser, também, a bancada dos eleitos pelo partido Fidész, do primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán (atualmente são "não-inscritos", depois de terem saído do PPE).

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