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Israel financiou o Hamas para enfraquecer a Autoridade Palestiniana, afirma Josep Borrell

O principal diplomata da UE, Josep Borrell
O principal diplomata da UE, Josep Borrell Direitos de autor Hassan Ammar/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Hassan Ammar/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Mared Gwyn Jones
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Josep Borrell, responsável pela política externa da União Europeia, acusou Israel de financiar o Hamas para "enfraquecer a Autoridade Palestiniana liderada pela Fatah".

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O diplomata não forneceu provas concretas para apoiar a sua afirmação explosiva.

Em comentários mordazes proferidos durante um discurso na Universidade de Valladolid, em Espanha, Borrell também acusou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de fazer descarrilar "pessoalmente" qualquer tentativa de resolver o conflito israelo-palestiniano que dura há décadas.

"A má notícia é que Israel, em particular o seu governo, se recusa completamente - e ontem Netanyahu voltou a dizê-lo, como se estivesse a antecipar as minhas palavras de hoje - a aceitar uma solução (de dois Estados) que ele próprio tem boicotado nos últimos 30 anos", afirmou Borrell.

As suas palavras claras foram proferidas apenas um dia depois de Netanyahu ter rejeitado os apelos de Washington para a criação de um Estado palestiniano após a guerra e para a redução da ofensiva militar de Israel em Gaza.

"Acreditamos que uma solução de dois Estados deve ser imposta do exterior para trazer a paz", explicou Borrell.

"Mas, insisto, Israel, ao continuar a rejeitar esta solução, chegou ao ponto de criar o próprio Hamas. Sim, o Hamas tem sido financiado pelo governo israelita, para tentar minar a Autoridade Palestiniana da Fatah", acrescentou.

A chamada solução de dois Estados - que permitiria aos palestinianos a criação de um Estado - é um dos princípios necessários nas visões europeias e ocidentais para uma Gaza pós-guerra.

Borrell já descreveu a solução dos dois Estados como a "melhor garantia de segurança" de Israel.

Durante a sua visita ao Líbano, no início deste mês, o principal diplomata da UE afirmou que a criação de um Estado palestiniano era a "única solução viável que poderia trazer paz e segurança a Israel e à Palestina".

Mas durante o discurso de sexta-feira, Borrell lamentou que "toda a gente, exceto o governo israelita", esteja a apelar a essa solução.

Desde a eclosão do conflito no Médio Oriente, em outubro ado, Borrell tem liderado os apelos da UE a uma diminuição das hostilidades. Apelou também a que as pausas humanitárias na faixa de Gaza sitiada "evoluíssem" para um cessar-fogo permanente que permitisse o início de negociações políticas de paz.

"Se não interviermos com firmeza, a espiral de ódio e violência continuará de geração em geração, de funeral em funeral, quando as sementes de ódio que estão a ser semeadas em Gaza crescerem", explicou Borrell.

No seu discurso, proferido no momento em que recebia o título de Doutor "Honoris Causa", Borrell também atacou os colonos israelitas extremistas da Cisjordânia.

"A comunidade internacional considera-os (os colonos) ilegais, mas não fez nada para resolver esta ilegalidade", afirmou Borrell, acrescentando que os colonos são hoje mais "violentos" do que antes do início do conflito de 7 de outubro.

O Serviço Europeu para a Ação Externa (SEAE), o braço diplomático do bloco presidido por Borrell, está a ponderar seguir o exemplo dos EUA e do Reino Unido, sancionando os colonos responsáveis pela violência na Cisjordânia.

Mas, de acordo com fontes diplomáticas, é pouco provável que os ministros dos Negócios Estrangeiros aprovem as sanções planeadas contra os colonos quando se reunirem em Bruxelas na próxima segunda-feira.

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