{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2023/11/22/a-ue-apela-a-uma-vaga-de-ajuda-a-gaza-apos-o-acordo-de-tregua" }, "headline": "A UE apela a uma \u0022vaga\u0022 de ajuda a Gaza ap\u00f3s o acordo de tr\u00e9gua", "description": "A Uni\u00e3o Europeia (UE) vai trabalhar com os seus parceiros para garantir que a tr\u00e9gua de quatro dias concertada entre Israel e o Hamas, na quarta-feira, conduza a \u0022um aumento da ajuda humanit\u00e1ria em Gaza\u0022, afirmou o comis\u00e1rio europeu para a Gest\u00e3o de Crises, Janez Lenar\u010di\u010d.", "articleBody": "Janez Lenar\u010di\u010d disse que espera que o novo acordo de tr\u00e9gua \u0022permita o aumento substancial da entrega de ajuda humanit\u00e1ria em Gaza e dentro dela, e que n \u00e3o seja um caso isolado\u0022, numa interven\u00e7\u00e3o, quarta-feira, na sess\u00e3o plen\u00e1ria do Parlamento Europeu, em Estrasburgo (Fran\u00e7a). Israel e o Hamas chegaram a acordo, quarta-feira de manh\u00e3, sobre uma tr\u00e9gua humanit\u00e1ria de quatro dias e sobre a liberta\u00e7\u00e3o de pelo menos 50 ref\u00e9ns israelitas (mulheres e crian\u00e7as) capturdos pelo Hamas, em Israel, a 7 de outubro. De acordo com o Minist\u00e9rio dos Neg\u00f3cios Estrangeiros do Qatar - que mediou as negocia\u00e7\u00f5es sobre os ref\u00e9ns durante semanas - o acordo inclui uma \u0022pausa humanit\u00e1ria\u0022 para permitir \u0022a entrada de um grande n\u00famero de comboios humanit\u00e1rios e de ajuda de emerg\u00eancia, incluindo combust\u00edvel destinado a necessidades humanit\u00e1rias\u0022. O in\u00edcio da tr\u00e9gua ser\u00e1 anunciada nas pr\u00f3ximas 24 horas, de acordo com a declara\u00e7\u00e3o do Qatar. A UE quadruplicou a sua ajuda humanit\u00e1ria aos palestinianos para 100 milh\u00f5es de euros, este ano, e enviou pelo menos 15 voos com centenas de toneladas de carga humanit\u00e1ria para a agem de Rafah, no Egipto, a \u00fanica fronteira terrestre com a Faixa de Gaza. No entanto, h\u00e1 fortes restri\u00e7\u00f5es \u00e0 entrada de ajuda, com uma m\u00e9dia de 50 cami\u00f5es a entrar em Gaza, por dia, de acordo com Lenar\u010di\u010d, em compara\u00e7\u00e3o com os cerca de 500 cami\u00f5es por dia, antes do in\u00edcio do conflito, segundo dados das Na\u00e7\u00f5es Unidas. \u0022H\u00e1 uma escassez aguda, em toda a Faixa de Gaza, de todos bens para as necessidades mais b\u00e1sicas: alimentos, medicamentos, incluindo anest\u00e9sicos, e \u00e1gua\u0022, alertou Lenar\u010di\u010d, acrescentando que a atual assist\u00eancia alimentar cobre apenas 10% da ingest\u00e3o cal\u00f3rica m\u00ednima. As instala\u00e7\u00f5es m\u00e9dicas tamb\u00e9m est\u00e3o \u0022\u00e0 beira do colapso ou j\u00e1 fecharam\u0022, em grande parte devido \u00e0 falta de combust\u00edvel.\u00a0 Na sexta-feira ada, o gabinete de guerra de Israel concordou em permitir a entrada de dois cami\u00f5es de combust\u00edvel, por dia, em Gaza, para garantir a seguran\u00e7a dos sistemas de \u00e1gua, esgotos e dessaliniza\u00e7\u00e3o, com condi\u00e7\u00f5es de vigil\u00e2ncia rigorosas para garantir que as entregas n\u00e3o sejam desviadas pelo Hamas para fins militares. Lenar\u010di\u010d tamb\u00e9m apelou \u00e0 abertura de \u0022outra agem terrestre\u0022 para complementar a agem de Rafah, a \u00fanica rota atualmente aberta para Gaza, bem como \u0022outras vias para permitir assist\u00eancia adicional a Gaza\u0022. O executivo da UE est\u00e1 a ponderar a cria\u00e7\u00e3o de um corredor mar\u00edtimo humanit\u00e1rio , proposto, no in\u00edcio deste m\u00eas, pelo presidente cipriota, Nikos Christodoulides, mas manifestou a sua preocupa\u00e7\u00e3o com a falta de um porto operacional na costa de Gaza, onde a carga humanit\u00e1ria possa ser descarregada. A posi\u00e7\u00e3o da UE continua fragmentada Lenar\u010di\u010d tamb\u00e9m apelou a \u0022pausas humanit\u00e1rias urgentes e alargadas em toda a Faixa de Gaza e durante um n\u00famero suficiente de dias\u0022, para permitir um aumento da assist\u00eancia. O o humanit\u00e1rio tem sido dificultado pelos bombardeamentos incessantes de Israel, o que levou os l\u00edderes da UE a apelar conjuntamente , no final do m\u00eas ado, a \u0022corredores e pausas humanit\u00e1rias\u0022 para permitir o \u0022o sem entraves\u0022 ao enclave sitiado durante uma cimeira no m\u00eas ado. Mas alguns l\u00edderes, tais como o espanhol Pedro S\u00e1nchez e o irland\u00eas Leo Varadkar, a manifestarem a sua prefer\u00eancia por uma declara\u00e7\u00e3o mais forte que apelasse a um cessar-fogo humanit\u00e1rio. O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell,\u00a0 sublinhou as fortes divis\u00f5es que persistem entre os l\u00edderes da UE sobre esta quest\u00e3o, na sua interven\u00e7\u00e3o na sess\u00e3o plen\u00e1ria. \u0022At\u00e9 agora, os l\u00edderes t\u00eam tido posi\u00e7\u00f5es diferentes sobre a forma como Israel est\u00e1 a exercer o seu direito \u00e0 auto-defesa. Quando n\u00e3o existe uma posi\u00e7\u00e3o comum, eu, enquanto Alto Representante, n\u00e3o posso apresentar essa posi\u00e7\u00e3o. N\u00e3o a posso apresentar, mas tenho de continuar a trabalhar para chegar a essa posi\u00e7\u00e3o comum\u0022, explicou. Tanto Borrell como a presidente da Comiss\u00e3o Europeia, Ursula von der Leyen, apresentaram nas \u00faltimas semanas a vis\u00e3o do bloco para uma potencial resolu\u00e7\u00e3o pac\u00edfica do conflito israelo-palestiniano, baseada na chamada solu\u00e7\u00e3o de dois Estados. A UE poderia desempenhar um papel fundamental na media\u00e7\u00e3o das conversa\u00e7\u00f5es de paz e na busca de uma solu\u00e7\u00e3o, reiterou Borrell, repetindo os crit\u00e9rios do bloco para uma Gaza p\u00f3s-guerra, incluindo o n\u00e3o dom\u00ednio do Hamas e a n\u00e3o ocupa\u00e7\u00e3o israelita da faixa. \u0022Esta pode ser uma oportunidade, pode ser um momento para construir a paz.\u00a0 N\u00f3s, europeus, temos de ser parte ativa de uma solu\u00e7\u00e3o. Essa solu\u00e7\u00e3o s\u00f3 pode surgir com um acordo sobre o que temos vindo a defender nos \u00faltimos anos: a coexist\u00eancia de dois povos que devem poder partilhar a mesma terra e a mesma paz\u0022, concluiu. ", "dateCreated": "2023-11-22T10:12:04+01:00", "dateModified": "2023-11-22T15:32:08+01:00", "datePublished": "2023-11-22T15:32:06+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F05%2F81%2F42%2F1440x810_cmsv2_11886856-71d2-5692-8fd8-9a710d2f37b6-8058142.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Janez Lenar\u010di\u010d, comiss\u00e1rio europeu respons\u00e1vel pela ajuda humanit\u00e1ria, discursa no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, a 22 de novembro de 2023", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F05%2F81%2F42%2F432x243_cmsv2_11886856-71d2-5692-8fd8-9a710d2f37b6-8058142.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Jones", "givenName": "Mared Gwyn", "name": "Mared Gwyn Jones", "url": "/perfis/2766", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@MaredGwyn", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Correspondant \u00e0 Bruxelles" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

A UE apela a uma "vaga" de ajuda a Gaza após o acordo de trégua

Janez Lenarčič, comissário europeu responsável pela ajuda humanitária, discursa no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, a 22 de novembro de 2023
Janez Lenarčič, comissário europeu responsável pela ajuda humanitária, discursa no Parlamento Europeu, em Estrasburgo, a 22 de novembro de 2023 Direitos de autor Eric VIDAL/ European Union 2023 - Source : EP
Direitos de autor Eric VIDAL/ European Union 2023 - Source : EP
De Mared Gwyn Jones
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A União Europeia (UE) vai trabalhar com os seus parceiros para garantir que a trégua de quatro dias concertada entre Israel e o Hamas, na quarta-feira, conduza a "um aumento da ajuda humanitária em Gaza", afirmou o comisário europeu para a Gestão de Crises, Janez Lenarčič.

PUBLICIDADE

Janez Lenarčič disse que espera que o novo acordo de trégua "permita o aumento substancial da entrega de ajuda humanitária em Gaza e dentro dela, e que não seja um caso isolado", numa intervenção, quarta-feira, na sessão plenária do Parlamento Europeu, em Estrasburgo (França).

Israel e o Hamas chegaram a acordo, quarta-feira de manhã, sobre uma trégua humanitária de quatro dias e sobre a libertação de pelo menos 50 reféns israelitas (mulheres e crianças) capturdos pelo Hamas, em Israel, a 7 de outubro.

De acordo com o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Qatar - que mediou as negociações sobre os reféns durante semanas - o acordo inclui uma "pausa humanitária" para permitir "a entrada de um grande número de comboios humanitários e de ajuda de emergência, incluindo combustível destinado a necessidades humanitárias".

O início da trégua será anunciada nas próximas 24 horas, de acordo com a declaração do Qatar.

Há uma escassez aguda, em toda a Faixa de Gaza, de todos bens para as necessidades mais básicas: alimentos, medicamentos, incluindo anestésicos, e água.
Janez Lenarčič
Comissário europeu para a Gestão de Crises

A UE quadruplicou a sua ajuda humanitária aos palestinianos para 100 milhões de euros, este ano, e enviou pelo menos 15 voos com centenas de toneladas de carga humanitária para a agem de Rafah, no Egipto, a única fronteira terrestre com a Faixa de Gaza.

No entanto, há fortes restrições à entrada de ajuda, com uma média de 50 camiões a entrar em Gaza, por dia, de acordo com Lenarčič, em comparação com os cerca de 500 camiões por dia, antes do início do conflito, segundo dados das Nações Unidas.

"Há uma escassez aguda, em toda a Faixa de Gaza, de todos bens para as necessidades mais básicas: alimentos, medicamentos, incluindo anestésicos, e água", alertou Lenarčič, acrescentando que a atual assistência alimentar cobre apenas 10% da ingestão calórica mínima.

As instalações médicas também estão "à beira do colapso ou já fecharam", em grande parte devido à falta de combustível. 

Na sexta-feira ada, o gabinete de guerra de Israel concordou em permitir a entrada de dois camiões de combustível, por dia, em Gaza, para garantir a segurança dos sistemas de água, esgotos e dessalinização, com condições de vigilância rigorosas para garantir que as entregas não sejam desviadas pelo Hamas para fins militares.

Lenarčič também apelou à abertura de "outra agem terrestre" para complementar a agem de Rafah, a única rota atualmente aberta para Gaza, bem como "outras vias para permitir assistência adicional a Gaza".

O executivo da UE está a ponderar a criação de um corredor marítimo humanitário, proposto, no início deste mês, pelo presidente cipriota, Nikos Christodoulides, mas manifestou a sua preocupação com a falta de um porto operacional na costa de Gaza, onde a carga humanitária possa ser descarregada.

A posição da UE continua fragmentada

Lenarčič também apelou a "pausas humanitárias urgentes e alargadas em toda a Faixa de Gaza e durante um número suficiente de dias", para permitir um aumento da assistência.

O o humanitário tem sido dificultado pelos bombardeamentos incessantes de Israel, o que levou os líderes da UE a apelar conjuntamente, no final do mês ado, a "corredores e pausas humanitárias" para permitir o "o sem entraves" ao enclave sitiado durante uma cimeira no mês ado.

Até agora, os líderes têm tido posições diferentes sobre a forma como Israel está a exercer o seu direito à auto-defesa. Quando não existe uma posição comum, eu, enquanto Alto Representante, não posso apresentar essa posição.
Josep Borrell
Chefe da dipplomacia da UE

Mas alguns líderes, tais como o espanhol Pedro Sánchez e o irlandês Leo Varadkar, a manifestarem a sua preferência por uma declaração mais forte que apelasse a um cessar-fogo humanitário.

O chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell, sublinhou as fortes divisões que persistem entre os líderes da UE sobre esta questão, na sua intervenção na sessão plenária.

"Até agora, os líderes têm tido posições diferentes sobre a forma como Israel está a exercer o seu direito à auto-defesa. Quando não existe uma posição comum, eu, enquanto Alto Representante, não posso apresentar essa posição. Não a posso apresentar, mas tenho de continuar a trabalhar para chegar a essa posição comum", explicou.

Tanto Borrell como a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, apresentaram nas últimas semanas a visão do bloco para uma potencial resolução pacífica do conflito israelo-palestiniano, baseada na chamada solução de dois Estados.

A UE poderia desempenhar um papel fundamental na mediação das conversações de paz e na busca de uma solução, reiterou Borrell, repetindo os critérios do bloco para uma Gaza pós-guerra, incluindo o não domínio do Hamas e a não ocupação israelita da faixa.

"Esta pode ser uma oportunidade, pode ser um momento para construir a paz. Nós, europeus, temos de ser parte ativa de uma solução. Essa solução só pode surgir com um acordo sobre o que temos vindo a defender nos últimos anos: a coexistência de dois povos que devem poder partilhar a mesma terra e a mesma paz", concluiu.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Chefe da diplomacia da UE pede "respeito pela vida" na visita a Israel

Análise: Pode a UE criar corredor humanitário marítimo para Gaza?

Alemanha dá nova ajuda de 5 mil milhões de euros à Ucrânia