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Reverter o Brexit... reintegração do Reino Unido na UE é pouco provável

O primeiro-ministro britânico com a presidente da Comissão Europeia
O primeiro-ministro britânico com a presidente da Comissão Europeia Direitos de autor Dan Kitwood/WPA Rota
Direitos de autor Dan Kitwood/WPA Rota
De Shona MurrayIsabel Marques da Silva
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O Brexit é cada vez mais lamentado pelos cidadãos do Reino Unido, segundo uma sondagem da empresa YouGov, na qual 62% dos britânicos disseram que a saída da União Europeia (UE), em 2021, foi um fracasso. Mas a reintegração do país no bloco, a curto prazo, é pouco provável.

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As questões económicas tem muito peso  no novo sentimento dos cidadãos. Os preços dos alimentos aumentaram 25% desde janeiro de 2021, em consequência das barreiras comerciais adicionais decorrentes da saída do mercado único. Uma investigação do Centro para a Reforma Europeia revela que o investimento empresarial caiu 23% face a 2021.

"Penso que é a realidade da crise do custo de vida que atingiu as pessoas que podem ter estado envolvidas na ideologia, nos debates que tivemos há seis, sete anos, sobre a questão da soberania e todo esse tipo de coisas, mas acabaram por se confrontar com o facto de que há coisas mais importantes na vida", disse, à euronews, Femi Oluwole, ativista em prol da UE e colunistas no jornal "The Independent".

"Conseguem alimentar os vossos filhos neste momento? Metade das famílias com baixos rendimentos no Reino Unido deixa de fazer refeições para poder alimentar os filhos. Não podemos dar-nos ao luxo do Brexit se não tivermos dinheiro para comer", referiu.

Alargamento sim, mas a leste

O país foi membro durante 48 anos mas o processo para nova integração, que seria algo inédito, é muito complexo.

Da parte da UE, o alargamento está a ser preparado para novos candidatos a leste, nomeadamente os países da região dos Balcãs Ocidentais, a Ucrânia e a Moldova.

Contudo, o Reino Unido decidiu ter relações mais pragámticas e mais estreitas com a UE nos últimos meses, sendo um exemplo o regresso ao programa científico Horizonte.

Mas tal não deve ser alimentar outras esperanças, segundo Georg Emil Riekeles, analista no Centro de Política Europeia: "Em primeiro lugar, estamos a falar de um debate totalmente novo. Não se trataria de uma possível adesão do Reino Unido nas condições anteriores". 

"Há outro ponto muito interessante a salientar, que é o facto de a UE estar agora num processo de alargamento em relação aos Balcãs Ocidentais, mas também em relação à Ucrânia, à Moldova e potencialmente outros, o que é em si mesmo um grande desafio para a UE", acrescentou.

A nível político, nenhum dos lados quer reabrir um debate que foi profundamente corrosivo, desde o referendo de 2016.

As sondagens mostram que um governo de centro-esquerda poderá destronar os conservadores no poder, nas eleições britânicas do próximo ano, mas o seu líder, Kier Starmer, excluiu a possibilidade de um regresso à UE.

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