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UE sem interesse em ter mais três línguas oficiais, faladas em Espanha

O chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, tenta obter o apoio de regionalistas para manter o poder
O chefe de governo espanhol, Pedro Sánchez, tenta obter o apoio de regionalistas para manter o poder Direitos de autor Jon Nazca/AP
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De Aida Sanchez AlonsoJorge Liboreiro, Isabel Marques da Silva (Trad.)
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Os Estados-membros da União Europeia (UE) não mostraram interesse na adição de três línguas regionais, faladas em Espanha, ao rol das línguas oficiais da UE, como pedido pelo chefe do governo, Pedro Sánchez, e analisado, terça-feira, numa reunião ministerial dos Assuntos Gerais, em Bruxelas.

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O chefe do governo de Espanha, Pedro Sánchez, pediu que três das línguas regionais do país - o catalão, o galego e o basco - fossem nomeadas línguas oficiais da UE, mas a ideia esteve longe de obter o apoio unânime necessário, na reunião dos ministros que têm a pasta dos Assuntos Gerais da UE. 

Atualmente, o bloco tem 24 línguas oficiais, o que implica a tradução de todos os atos jurídicos aprovados pelo bloco e a interpretação, em tempo real, durante as reuniões ministeriais do Conselho da UE e os debates no Parlamento Europeu. 

O pedido espanhol está diretamente relacionado com a tentativa de Sánchez de obter os votos necessários para uma investidura bem sucedida (e renovar o mandato), na sequência dos resultados das eleições legislativas de 23 de julho, que não permitiram formar um governo de maioria.

Nem o partido socialista de Sánchez nem a oposição conservadora conseguiram assentos parlamentares suficientes para formar uma maioria e dependem agora do apoio de partidos menores (e regionalistas), que fizeram várias exigências.

Dois desses partidos são o Junts e a Esquerra Republicana, que defendem a independência da Catalunha. O reconhecimento do catalão como língua da UE é visto como um o simbólico nessa estratégia.

Demasiada pressão

O governo de Sánchez inscreveu este tema (o país tem a atual presidência semestral do Conselho da UE) como primeiro ponto da agenda da reunião e pretendia, inicialmente, que a petição fosse debatida e possivelmente adotada no mesmo dia.

Mas os outros Estados-membros recusaram o calendário apressado e pediram mais tempo para aprofundar as implicações da elevação do catalão, do galego e do basco à categoria de língua oficial da UE. 

A Espanha ofereceu-se para pagar as despesas istrativas adicionais, embora o montante total ainda não seja claro nesta fase.

"Precisamos de investigar melhor a proposta, tanto no que diz respeito às questões jurídicas, como às questões financeiras. Ainda é muito cedo para o dizer", afirmou Jessika Roswall, ministra dos Assuntos Europeus da Suiécia, que disse que a proposta pode abrir a porta a que outras "línguas minoritárias" façam o mesmo pedido.

"É muito importante que reforcemos a diversidade cultural e linguística das línguas europeias, mas pensamos que é um pouco cedo para tomar uma decisão", disse o  homólogo finlandês, Anders Adlercreutz, que proferiu algumas palavras em catalão.

Espanha tem um sistema linguístico único na Europa

Nos termos da Constituição espanhola, as três línguas são consideradas co-oficiais nas regiões em que são faladas e gozam do mesmo estatuto jurídico que a língua espanhola.

O catalão é falado por mais de nove milhões de pessoas na Catalunha, em Valência e nas Ilhas Baleares. O galego vem logo a seguir, com cerca de 2,5 milhões de falantes na Galiza, o extremo noroeste de Espanha. A língua basca, ou euskara, que não tem origem no latim, é falada por 750 mil pessoas no País Basco e em Navarra, bem como nas zonas limítrofes do sul de França.

"O multilinguismo é um dos objetivos e valores da União Europeia", afirmou José Manuel Albares, ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha, que esteve presente na reunião de terça-feira para apresentar a proposta. "Não estamos a falar de línguas minoritárias. Estas são línguas faladas por milhões de pessoas", acrescentou.

Após um debate de 45 minutos que não incluiu uma votação formal, Albares abandonou a reunião e disse que "nenhum Estado-membro" tinha expressado uma oposição categórica à proposta. No entanto, acrescentou, a ideia de oficializar três línguas de uma só vez revelou-se demasiado "difícil" para alguns governos, que não mencionou.

Albares anunciou então um novo plano para se concentrar primeiro no catalão e, mais tarde, discutir o futuro do galego e do basco. "Demos um o essencial neste caminho", disse Albares aos jornalistas. "A vontade de Espanha é avançar o mais rapidamente possível", concluiu.

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