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Países Baixos: Queda do governo devido à migração... e habitação

Crianças brincam num pátio de uma prisão que foi reconvertido para centrode acolhimento de refugiados em Amsterdão
Crianças brincam num pátio de uma prisão que foi reconvertido para centrode acolhimento de refugiados em Amsterdão Direitos de autor Muhammed Muheisen/Copyright 2017 The AP. All rights reserved.
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De Vincenzo Genovese
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Queda do governo dos Países Baixos deveu-se à migração e à habitação, revela reportagem da euronews com refugiados e académicos.

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Os Países Baixos estão em gestão corrente até novembro depois do governo de coligação liderado pelo conservador Mark Rute, do Partido Popular pela Liberdade e Democracia (VVD).

A política de imigração teve um peso grande na decisão de fazer cair o executivo, mas não só. Uma reportagem da Euronews revela o quadro completo do que fez Rutte precipitar novas eleições para novembro.

"Não havia camas, por isso as pessoas ficavam na ruas e foi então que a Cruz Vermelha entrou em cena. Desde então, tornámos-nos parte integrante da estrutura que dá abrigo aos refugiados. Gerimos os abrigos em coordenação com o governo para garantir que há sempre uma quantidade estável e permanente de camas para os refugiados", explicou, à euronews, Bastiaan van Blokland, porta-voz de um centro de acolhimento de "emergência" de requerentes de asilo, gerido pela Cruz Vermelha, que abriga 150 pessoas, na cidade de Almere.

Os utentes recebem três refeições por dia e uma verba semanal de 12 euros para outras despesas pessoais.

O meu marido e os meus filhos estão na Síria e não os vejo há nove meses, o que é muito difícil para mim. E ainda tenho de esperar mais um ano para os poder ver. Espero que não seja mais do que um ano!
Yara
Requerente de asilo oriunda da Síria

Alguns deles estão há mais de um ano à espera de resposta para o pedido de asilo. Entretanto, podem trabalhar durante um máximo de 12 semanas por ano, mas muitos am os dias na sala de convívio do centro.

A nacionalidade mais comum dos requerentes é a síria. A euronews falou coml Yara, que fugiu da guerra civil que começou há 12 anos: "O meu marido e os meus filhos estão na Síria e não os vejo há nove meses, o que é muito difícil para mim. E ainda tenho de esperar mais um ano para os poder ver. Espero que não seja mais do que um ano!".

Quem obtém o estatuto de refugiado tem direito, por lei, a um alojamento privado e ao reagrupamento familiar.

Mas a escassez de habitação deixa muitos na lista de espera e impede maior rotação de pessoas nos centros de acolhimento temporário. 

O governo chegou ao ponto de usar um navio de cruzeiro de luxo, ancorado perto de Amesterdão (a capital), para albergar centenas de pessoas que aguardam uma resposta ao seu pedido de asilo.

A carência de casa para todos

O executivo tentou criar um estatuto de proteção diferenciado, para evitar conceder a todos os refugiados o direito imediato ao reagrupamento familiar. Este facto dividiu os partidos da coligação.

Há uma grande competição entre as pessoas que são elegíveis para habitação social, incluindo entre os neerlandeses nativos elegíveis para habitação social a preços íveis. E há uma competição entre essas necessidades e as dos refugiados que obtiveram esse estatuto.
Jeroen Doomernik
Professor de Ciência Política da Universidade de Amesterdão

"Há uma crise de habitação, simplesmente não há habitação suficiente a preços íveis neste país, especialmente nas grandes cidades, mas acontece em todo o país", referiu Jeroen Doomernik, professor de Ciência Política da Universidade de Amesterdão.

"Isto significa, também, que há uma grande competição entre as pessoas que são elegíveis para habitação social, incluindo entre os neerlandeses nativos elegíveis para habitação social a preços íveis. E há uma competição entre essas necessidades e as dos refugiados que obtiveram esse estatuto", explicou Jeroen Doomernik.

De acordo com o académico, houve uma espécie de "tempestade perfeita", agravada pela inflação e pelo debate sobre questões ambientais em zonas urbanas.

O governo de coligação caiu apenas 18 meses depois de entar em funções e estes temas vão estar em alta na campanha para as eleições antecipadas, marcadas para 23 de novembro.

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