{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2023/06/29/lider-da-microsoft-diz-que-a-inteligencia-artificial-pode-controlar-se" }, "headline": "L\u00edder da Microsoft diz que a Intelig\u00eancia Artificial pode controlar-se", "description": "A intelig\u00eancia artificial n\u00e3o \u00e9 uma amea\u00e7a existencial para a humanidade segundo o presidente da Microsoft, Brad Smith. Numa entrevista \u00e0 Euronews, o executivo do gigante tecnol\u00f3gico afirmou que, apesar disso, ainda \u00e9 necess\u00e1rio criar barreiras controladas por pessoas.", "articleBody": "\u0022Precisamos de trav\u00f5es de seguran\u00e7a que garantam que a intelig\u00eancia artificial permanece sob controlo humano\u0022, afirmou Brad Smith, numa entrevista, em Bruxelas, na quinta-feira. \u0022Podemos fazer isso e este \u00e9 o momento certo para nos juntarmos e descobrirmos como o fazer. Devemos faz\u00ea-lo a v\u00e1rios n\u00edveis, de modo a mantermos sempre esta tecnologia sob controlo. Penso que se o fizermos bem, reconheceremos que n\u00e3o se trata de um risco existencial\u0022, acrescentou. O executivo da Microsoft falou \u00e0 Euronews durante uma viagem \u00e0 Europa, na sequ\u00eancia do in\u00edcio das negocia\u00e7\u00f5es entre as institui\u00e7\u00f5es da Uni\u00e3o Europeia (UE) sobre como proceder com a Lei da Intelig\u00eancia Artifivial - a primeira no mundo do seu g\u00e9nero - que ou um importante obst\u00e1culo no Parlamento Europeu, no in\u00edcio deste m\u00eas. Estabelecer prioridades Smith afirmou que, at\u00e9 agora, a sua empresa tem sido \u0022encorajada\u0022 pela legisla\u00e7\u00e3o da UE, que regula a tecnologia emergente, mas que, no que diz respeito \u00e0 governa\u00e7\u00e3o global sobre a quest\u00e3o, ser\u00e1 necess\u00e1ria uma maior colabora\u00e7\u00e3o para garantir que\u00a0 n\u00e3o fica fora de controlo. \u0022\u00c9 realista e, de facto, necess\u00e1rio procurar um n\u00edvel bastante amplo de coordena\u00e7\u00e3o internacional sobre a regulamenta\u00e7\u00e3o\u0022, disse o presidente da Microsoft \u00e0 Euronews. \u0022Precisamos que os governos se unam e penso que a chave \u00e9 come\u00e7ar por nos concentrarmos. N\u00e3o tentem fazer 100 coisas ao mesmo tempo. Fa\u00e7am as oito ou dez coisas que s\u00e3o mais importantes. Estabele\u00e7am prioridades. Criem um modelo, se quiserem, e depois comecem a expandir-se\u0022, referiu. \u0022E os governos est\u00e3o concentrados desta forma e isso n\u00e3o \u00e9 algo que vejamos normalmente. \u00c9 por isso que penso que isto pode ser diferente e que h\u00e1 motivos para otimismo\u0022, disse. Em maio, a UE e os EUA anunciaram planos para um c\u00f3digo de conduta volunt\u00e1rio conjunto sobre Intelig\u00eancia Artificial, um excelente exemplo de alguma da coopera\u00e7\u00e3o internacional que j\u00e1 est\u00e1 a acontecer. Smith quer que mais pa\u00edses se envolvam e sugeriu que qualquer c\u00f3digo de conduta deste tipo se tornaria provavelmente obrigat\u00f3rio no futuro, sublinhando, no entanto, que ser\u00e1 importante garantir que funciona para todos antes que isso possa acontecer. \u0022Espero que um c\u00f3digo volunt\u00e1rio se transforme num c\u00f3digo obrigat\u00f3rio, o que ser\u00e1 bom, mas \u00e9 bom que seja correto antes de o tornar obrigat\u00f3rio\u0022, afirmou o executivo da Microsoft. A Microsoft n\u00e3o se quer envolver na quest\u00e3o de Taiwan A Intelig\u00eancia Artificial ganhou destaque, este ano, em grande parte devido \u00e0 cobertura generalizada relacionada com o ritmo acelerado a que se desenvolveu, incluindo software como o ChatGPT da OpenAI - que a Microsoft utiliza no seu motor de busca Bing. As tens\u00f5es geopol\u00edticas tamb\u00e9m se tornaram vis\u00edveis no que diz respeito \u00e0 tecnologia, uma vez que os EUA e, em menor grau, a UE, procuram travar as ambi\u00e7\u00f5es da China neste dom\u00ednio. O governo de Washington imp\u00f4s, no ano ado, controlos de exporta\u00e7\u00e3o \u00e0s empresas sediadas nos EUA que fabricam chips para Intelig\u00eancia Artificial e j\u00e1 est\u00e1 a ponderar outros. Se a isso juntarmos as preocupa\u00e7\u00f5es sobre as inten\u00e7\u00f5es do governo de Pequim relativamente ao maior produtor mundial de semicondutores, Taiwan, as coisas n\u00e3o parecem simples para a Microsoft neste dom\u00ednio. \u0022Para uma empresa como a Microsoft, 95% dos nossos neg\u00f3cios em todo o mundo s\u00e3o, de facto, nas democracias do mundo. \u00c9 servir, apoiar e at\u00e9 defender as democracias do mundo\u0022, disse \u00e0 Euronews. \u0022Mas tamb\u00e9m temos uma presen\u00e7a no resto do mundo. N\u00e3o \u00e9 t\u00e3o alargada. N\u00e3o estamos, obviamente, envolvidos na defesa ou nas for\u00e7as armadas, mas h\u00e1 certas \u00e1reas em que penso que o mundo fica mais bem servido se estivermos ligados uns aos outros, se as pessoas aprenderem umas com as outras\u0022, acrescentou. Os EUA amea\u00e7aram o governo de Pequim com san\u00e7\u00f5es invadisse Taiwain. O Presidente da Microsoft afirmou que, se tal acontecesse, a sua empresa deixaria aos l\u00edderes mundiais a tarefa de os orientar sobre os pr\u00f3ximos os a dar. \u0022Deixo que sejam os l\u00edderes governamentais a tomar a palavra e penso que iremos acatar a sua lideran\u00e7a quando e se enfrentarmos outras quest\u00f5es\u0022, disse Smith \u00e0 Euronews. \u0022Hoje estamos a servir Taiwan. Estamos a servir a China - n\u00e3o de formas exatamente equivalentes. Vou ficar-me por aqui\u0022, concluiu. ", "dateCreated": "2023-06-29T09:29:58+02:00", "dateModified": "2023-07-04T20:39:31+02:00", "datePublished": "2023-06-29T19:46:52+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F71%2F52%2F84%2F1440x810_cmsv2_9f782e6e-8226-5fff-8dc5-e56ddde83979-7715284.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Brad Smith, presidente da Microsoft", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F71%2F52%2F84%2F432x243_cmsv2_9f782e6e-8226-5fff-8dc5-e56ddde83979-7715284.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "name": "Christopher Pitchers" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Líder da Microsoft diz que a Inteligência Artificial pode controlar-se

Brad Smith, presidente da Microsoft
Brad Smith, presidente da Microsoft Direitos de autor Microsoft
Direitos de autor Microsoft
De Christopher Pitchers
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A inteligência artificial não é uma ameaça existencial para a humanidade segundo o presidente da Microsoft, Brad Smith. Numa entrevista à Euronews, o executivo do gigante tecnológico afirmou que, apesar disso, ainda é necessário criar barreiras controladas por pessoas.

PUBLICIDADE

"Precisamos de travões de segurança que garantam que a inteligência artificial permanece sob controlo humano", afirmou Brad Smith, numa entrevista, em Bruxelas, na quinta-feira.

"Podemos fazer isso e este é o momento certo para nos juntarmos e descobrirmos como o fazer. Devemos fazê-lo a vários níveis, de modo a mantermos sempre esta tecnologia sob controlo. Penso que se o fizermos bem, reconheceremos que não se trata de um risco existencial", acrescentou.

O executivo da Microsoft falou à Euronews durante uma viagem à Europa, na sequência do início das negociações entre as instituições da União Europeia (UE) sobre como proceder com a Lei da Inteligência Artifivial - a primeira no mundo do seu género - que ou um importante obstáculo no Parlamento Europeu, no início deste mês.

Estabelecer prioridades

Smith afirmou que, até agora, a sua empresa tem sido "encorajada" pela legislação da UE, que regula a tecnologia emergente, mas que, no que diz respeito à governação global sobre a questão, será necessária uma maior colaboração para garantir que  não fica fora de controlo.

"É realista e, de facto, necessário procurar um nível bastante amplo de coordenação internacional sobre a regulamentação", disse o presidente da Microsoft à Euronews.

"Precisamos que os governos se unam e penso que a chave é começar por nos concentrarmos. Não tentem fazer 100 coisas ao mesmo tempo. Façam as oito ou dez coisas que são mais importantes. Estabeleçam prioridades. Criem um modelo, se quiserem, e depois comecem a expandir-se", referiu.

"E os governos estão concentrados desta forma e isso não é algo que vejamos normalmente. É por isso que penso que isto pode ser diferente e que há motivos para otimismo", disse.

Em maio, a UE e os EUA anunciaram planos para um código de conduta voluntário conjunto sobre Inteligência Artificial, um excelente exemplo de alguma da cooperação internacional que já está a acontecer.

Espero que um código de conduta voluntário se transforme num código obrigatório, o que será bom, mas é bom que seja correto antes de o tornar obrigatório.
Brad Smith
Presidente da Microsoft

Smith quer que mais países se envolvam e sugeriu que qualquer código de conduta deste tipo se tornaria provavelmente obrigatório no futuro, sublinhando, no entanto, que será importante garantir que funciona para todos antes que isso possa acontecer.

"Espero que um código voluntário se transforme num código obrigatório, o que será bom, mas é bom que seja correto antes de o tornar obrigatório", afirmou o executivo da Microsoft.

A Microsoft não se quer envolver na questão de Taiwan

A Inteligência Artificial ganhou destaque, este ano, em grande parte devido à cobertura generalizada relacionada com o ritmo acelerado a que se desenvolveu, incluindo software como o ChatGPT da OpenAI - que a Microsoft utiliza no seu motor de busca Bing.

As tensões geopolíticas também se tornaram visíveis no que diz respeito à tecnologia, uma vez que os EUA e, em menor grau, a UE, procuram travar as ambições da China neste domínio.

Não estamos, obviamente, envolvidos na defesa ou nas forças armadas, mas há certas áreas em que penso que o mundo fica mais bem servido se estivermos ligados uns aos outros, se as pessoas aprenderem umas com as outras.
Brad Smith
Presidente da Microsoft

O governo de Washington impôs, no ano ado, controlos de exportação às empresas sediadas nos EUA que fabricam chips para Inteligência Artificial e já está a ponderar outros. Se a isso juntarmos as preocupações sobre as intenções do governo de Pequim relativamente ao maior produtor mundial de semicondutores, Taiwan, as coisas não parecem simples para a Microsoft neste domínio.

"Para uma empresa como a Microsoft, 95% dos nossos negócios em todo o mundo são, de facto, nas democracias do mundo. É servir, apoiar e até defender as democracias do mundo", disse à Euronews.

"Mas também temos uma presença no resto do mundo. Não é tão alargada. Não estamos, obviamente, envolvidos na defesa ou nas forças armadas, mas há certas áreas em que penso que o mundo fica mais bem servido se estivermos ligados uns aos outros, se as pessoas aprenderem umas com as outras", acrescentou.

Os EUA ameaçaram o governo de Pequim com sanções invadisse Taiwain. O Presidente da Microsoft afirmou que, se tal acontecesse, a sua empresa deixaria aos líderes mundiais a tarefa de os orientar sobre os próximos os a dar.

"Deixo que sejam os líderes governamentais a tomar a palavra e penso que iremos acatar a sua liderança quando e se enfrentarmos outras questões", disse Smith à Euronews.

"Hoje estamos a servir Taiwan. Estamos a servir a China - não de formas exatamente equivalentes. Vou ficar-me por aqui", concluiu.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Microsoft compromete-se a investir 4,3 mil milhões de dólares em França

Primeira cimeira global sobre segurança da Inteligência Artificial decorre no Reino Unido

IA lidera corrida aos empregos de crescimento mais rápido nos próximos cinco anos