{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2023/06/20/estrategia-de-seguranca-economica-da-ue-visa-conter-riscos-geopoliticos" }, "headline": "Estrat\u00e9gia de Seguran\u00e7a Econ\u00f3mica da UE enfrenta riscos geopol\u00edticos", "description": "A Comiss\u00e3o Europeia apresentou, ter\u00e7a-feira, uma nova Estrat\u00e9gia de Seguran\u00e7a Econ\u00f3mica para fazer face ao aumento de riscos geopol\u00edticos que amea\u00e7am a Uni\u00e3o Europeia (UE).", "articleBody": "A presidente da Comiss\u00e3o Europeia, Ursula von der Leyen, n\u00e3o mencionou a China nem a R\u00fassia, mas a comunica\u00e7\u00e3o real\u00e7a a necessidade de proteger as infra-estruturas e ind\u00fastrias cr\u00edticas ao n\u00edvel da energia, computa\u00e7\u00e3o, defesa e sa\u00fade, entre outras \u00e1reas estrat\u00e9gicas. \u0022No dom\u00ednio da seguran\u00e7a econ\u00f3mica, estamos a analisar um conjunto limitado de tecnologias de ponta e, neste caso, queremos garantir que n\u00e3o refor\u00e7am as capacidades militares de alguns pa\u00edses. Esta \u00e9 basicamente a filosofia subjacente\u0022, explicou Ursula von der Leyen, em confer\u00eancia de imprensa, em Bruxelas. Em causa est\u00e1\u00a0o uso dual, civil e militar, de muitas tecnologias e materiais, pelo que haver\u00e1 tr\u00eas \u00e1reas de controlo refor\u00e7ado do investimento da UE para o resto do mundo e vice-versa, que incidir\u00e3o sobre emprersas cr\u00edticas, tecnologias avan\u00e7adas e exporta\u00e7\u00e3o. A estrat\u00e9gia prop\u00f5e a realiza\u00e7\u00e3o de uma avalia\u00e7\u00e3o exaustiva dos riscos para a seguran\u00e7a econ\u00f3mica em quatro dom\u00ednios: riscos para a resili\u00eancia das cadeias de abastecimento, incluindo a seguran\u00e7a energ\u00e9tica riscos para a seguran\u00e7a f\u00edsica e cibern\u00e9tica das infra-estruturas cr\u00edticas riscos relacionados com a seguran\u00e7a tecnol\u00f3gica e a fuga de tecnologia riscos de utiliza\u00e7\u00e3o das depend\u00eancias econ\u00f3micas como \u0022arma\u0022 ou de coer\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica Colabora\u00e7\u00e3o estreita com o setor privado As empresas privadas v\u00e3o ser convidadas a colaborar com a Comiss\u00e3o Europeia e os governos dos Estados-membros para que se proteja melhor a inova\u00e7\u00e3o tecnol\u00f3gica produzida na Europa. Alguns investimentos poder\u00e3o ser demasiado arriscados se colocarem em causa a soberania ou autonomia industrial, por exemplo, pelo que os analistas consideram que \u00e9 mais uma quest\u00e3o de prud\u00eancia do que de protecionismo. \u0022Penso que n\u00e3o \u00e9 uma estrat\u00e9gia muito protecionista, mas sim realista. \u00c9 realista quanto \u00e0 forma como a China e os Estados Unidos definem as tecnologias estrat\u00e9gicas em que querem liderar, e dominar determinadas cadeias de abastecimento\u0022, explicou Tobias Gehrke, analista do centro de estudos ECFR, em entrevista \u00e0 euronews. \u0022Se isso acontecer, se nos depararmos com posi\u00e7\u00f5es de monop\u00f3lio em determinadas tecnologias, se a Europa estiver a ser expulsa de algumas destas cadeias de fornecimento de tecnologia, penso que existe um risco real ao n\u00edvel da seguran\u00e7a que temos de enfrentar, tamb\u00e9m, atrav\u00e9s destes instrumentos\u0022, acrescentou o analista. Atualmente, cada pa\u00eds decide sobre os controlos das exporta\u00e7\u00f5es e alguns Estados-membros poder\u00e3o mostrar-se reticentes em ceder mais poderes a Bruxelas. Contudo, os acordos de investimento e com\u00e9rcio entre a UE e varias regi\u00f5es do mundo j\u00e1 ditam grande parte das regras. A proposta de estrat\u00e9gia ser\u00e1 analisada pelos l\u00edderes dos 27 pa\u00edses na cimeira de Bruxelas, na pr\u00f3xima semana, e ter\u00e1 de ser aprovada pelo Parlamento Europeu. ", "dateCreated": "2023-06-20T09:55:42+02:00", "dateModified": "2023-06-20T19:34:51+02:00", "datePublished": "2023-06-20T17:44:19+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F68%2F95%2F30%2F1440x810_cmsv2_c55a6105-dfc7-51dc-9065-dadb91274d34-7689530.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "A estrat\u00e9gia foi apresentada, nas linhas gerais, pela presidente da Comiss\u00e3o Europeia, Ursula von der Leyen", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F07%2F68%2F95%2F30%2F432x243_cmsv2_c55a6105-dfc7-51dc-9065-dadb91274d34-7689530.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "familyName": "Koutsokosta", "givenName": "Efi", "name": "Efi Koutsokosta", "url": "/perfis/576", "worksFor": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "sameAs": "https://www.x.com/@Efkouts", "jobTitle": "Journaliste", "memberOf": { "@type": "Organization", "name": "Equipe de langue greque" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Estratégia de Segurança Económica da UE enfrenta riscos geopolíticos

A estratégia foi apresentada, nas linhas gerais, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen
A estratégia foi apresentada, nas linhas gerais, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen Direitos de autor European Union, 2023.
Direitos de autor European Union, 2023.
De Efi KoutsokostaIsabel Marques da Silva
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A Comissão Europeia apresentou, terça-feira, uma nova Estratégia de Segurança Económica para fazer face ao aumento de riscos geopolíticos que ameaçam a União Europeia (UE).

PUBLICIDADE

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, não mencionou a China nem a Rússia, mas a comunicação realça a necessidade de proteger as infra-estruturas e indústrias críticas ao nível da energia, computação, defesa e saúde, entre outras áreas estratégicas.

"No domínio da segurança económica, estamos a analisar um conjunto limitado de tecnologias de ponta e, neste caso, queremos garantir que não reforçam as capacidades militares de alguns países. Esta é basicamente a filosofia subjacente", explicou Ursula von der Leyen, em conferência de imprensa, em Bruxelas.

Em causa está o uso dual, civil e militar, de muitas tecnologias e materiais, pelo que haverá três áreas de controlo reforçado do investimento da UE para o resto do mundo e vice-versa, que incidirão sobre emprersas críticas, tecnologias avançadas e exportação.

A estratégia propõe a realização de uma avaliação exaustiva dos riscos para a segurança económica em quatro domínios:

  • riscos para a resiliência das cadeias de abastecimento, incluindo a segurança energética
  • riscos para a segurança física e cibernética das infra-estruturas críticas
  • riscos relacionados com a segurança tecnológica e a fuga de tecnologia
  • riscos de utilização das dependências económicas como "arma" ou de coerção económica
Heribert Proeppe/AP2002
Parques eólicos no mar são das infraestruturas críticas mais sensíveis a ataques externosHeribert Proeppe/AP2002

Colaboração estreita com o setor privado

As empresas privadas vão ser convidadas a colaborar com a Comissão Europeia e os governos dos Estados-membros para que se proteja melhor a inovação tecnológica produzida na Europa.

Se nos depararmos com posições de monopólio em determinadas tecnologias, se a Europa estiver a ser expulsa de algumas destas cadeias de fornecimento de tecnologia, penso que existe um risco real de segurança que temos de enfrentar.
Tobias Gehrke
Analista do centro de estudos ECFR

Alguns investimentos poderão ser demasiado arriscados se colocarem em causa a soberania ou autonomia industrial, por exemplo, pelo que os analistas consideram que é mais uma questão de prudência do que de protecionismo.

"Penso que não é uma estratégia muito protecionista, mas sim realista. É realista quanto à forma como a China e os Estados Unidos definem as tecnologias estratégicas em que querem liderar, e dominar determinadas cadeias de abastecimento", explicou Tobias Gehrke, analista do centro de estudos ECFR, em entrevista à euronews.

"Se isso acontecer, se nos depararmos com posições de monopólio em determinadas tecnologias, se a Europa estiver a ser expulsa de algumas destas cadeias de fornecimento de tecnologia, penso que existe um risco real ao nível da segurança que temos de enfrentar, também, através destes instrumentos", acrescentou o analista.

Atualmente, cada país decide sobre os controlos das exportações e alguns Estados-membros poderão mostrar-se reticentes em ceder mais poderes a Bruxelas.

Contudo, os acordos de investimento e comércio entre a UE e varias regiões do mundo já ditam grande parte das regras.

A proposta de estratégia será analisada pelos líderes dos 27 países na cimeira de Bruxelas, na próxima semana, e terá de ser aprovada pelo Parlamento Europeu.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

"Estado da União": reforço financeiro, incluindo para ajudar Ucrânia

UE e EUA tenham alinhar-se na relação comercial com China

Tribunal de recurso dos EUA restabelece temporariamente as tarifas de Trump