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Etiquetas em embalagens alimentares enganosas sobre impacto ambiental

De acordo com um estudo da organziação, em 2019, 75% dos consumidores europeus levam em conta as consequências
De acordo com um estudo da organziação, em 2019, 75% dos consumidores europeus levam em conta as consequências Direitos de autor Francisco Seco/Copyright 2020 The AP.All rights reserved
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De Gregoire LoryIsabel Marques da Silva
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A Organização Europeia de Consumidores divulgou relatório e pede que essas etiquetas sejam proibidas porque são estratégias de marketing enganosas.

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Os consumidores estão a ser iludidos por pequenas etiquetas nas embalagens dos alimentos a dizer que são neutros em termos de emissões de dióxido de carbono (CO2). Isto é, que a sua produção não contribui com gases poluentes para a atmosfera.

A Organização Europeia de Consumidores quer que sejam proibidas porque são estratégias de marketing enganosas. Afinal, há sempre alguma libertação de gases poluentes na produção alimentar.

"É lavagem verde dizer que há um produto 100% neutro em CO2. É cientificamente impreciso e enganador para os consumidores. Não há forma nenhuma dos consumidores verificarem, no supermercado, se aquele produto foi feito com métodos que sequestram CO2, de modo a justificar esta alegação", disse Emma Calvert, da Organização Europeia de Consumidores, em entrevista à euronews.

"Poluir agora e pagar por isso mais tarde"

No relatório, divulgado esta quinta-feira, a organização explica que as empresas justificam a etiqueta com o facto de fazerem a chamada compensação de dióxido de carbono. Mas são promessas nem sempre cumpridas.

"As empresas pagam por titulos de crédito de carbono, por forma a equilibrarem as emissões durante a produção. O problema é que estamos numa situação em que "se polui agora e se paga por isso mais tarde". Assim, estão a emitir gases poluentes agora e fazem a promessa de pagarem por projetos de plantação de árvores no futuro", explicou Emma Calvert.

Esta compensação pode, portanto, demorar anos a ser eficaz e não é garantida. Incêndios ou eventos climáticos extremos podem fazer desaparecer os projetos compensatórios de reflorestação.

De acordo com um estudo da organziação, em 2019, 75% dos consumidores europeus levam em conta as consequências ambientais quando fazem escolhas alimentares. As etiquetas podem, assim, dissuadir os consumidores de alterar essas escolhas.

Por exemplo, diminuir o consumo de proteína animal e favorecer alimentos à base de plantas, o que poderia ser mais benéfico para evitar a poluição que causa aquecimento global e alterações climaticas.

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