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Risco de acidente nuclear na Ucrânia é "muito elevado", alerta Rafael Grossi

Rafel Grossi (à direita, em primeiro plano) visitou recentemente a Ucrânia e irá, em fevereiro, à Rússia
Rafel Grossi (à direita, em primeiro plano) visitou recentemente a Ucrânia e irá, em fevereiro, à Rússia Direitos de autor AP/OIEA
Direitos de autor AP/OIEA
De Méabh Mc Mahon & Isabel Marques da Silva
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O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica mantém o diálogo com os governos ucraniano e russo, estando a próxima visita ao governo de Moscovo marcada para fevereiro.

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O risco de um acidente nuclear na Ucrânia ainda é muito elevado, alerta o diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi.

Grossi contou os detalhes de uma recente visita à Ucrânia, em entrevista à euronews, segunda-feira, em Bruxelas, e vincou que a situação na central nuclear de Zaporizhia é ainda muito precária.

Obter um acordo sobre uma zona tampão de segurança poderá evitar uma catástrofe iminente.

"Isto pode acontecer em qualquer altura. Tivemos situações em que a instalação foi bombardeada diretamente. Ainda há muita atividade militar por perto. Por isso, não se pode excluir que volte a acontecer. Existe uma guerra bem real. Logo, infelizmente, pode haver um acordo diplomático à mesa mas depois, lá fora, pode acontecer algo grave", explicou Grossi.

"É por isso que estamos tão preocupados. Estou muito preocupado. Penso que há uma grande urgência em estabelecer uma zona de segurança à volta da instalação", acrescentou.

A AIEA tem um pequeno grupo de técnicos a monitorizar a maior central nuclear da Europa, que já não está a produzir energia.

Grossi mantém o diálogo com os governos ucraniano e russo, estando a próxima visita ao governo de Moscovo marcada para fevereiro. O diálgo técnico e político é sempre ensombrado pela evolução dos interesses militares no terreno.

"É óbvio que tenho de falar com os dois lados em conflito. A instalação é ucraniana, mas está sob controlo russo. Logo, tenho de me certificar que todos compreendem o que deve e o que não deve ser feito. Mas penso que não é difícil concordar com facto de que um acidente nuclear ali não é do interesse de ninguém", afirmou Rafael Grossi.

Voltar ao Irão

Além deste tema, a reunião do diretor-geral com os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), em Bruxelas, esta segunda-feira, também debateu o atual bloqueio nas negociações sobre o acordo nuclear com o Irão.

A agência tem um papel fundamental para evitar que o regime enriqueça urânio a ponto de desenvolver a bomba atómica.

"Espero, efetivamente, que o Irão atenda ao nosso apelo e que eu possa viajar para o país e voltar ao diálogo político. É precio garantir que nada acontece que possa desestabilizar uma região já de si volátil", explicou à euronews.

A repressão do governo iraniano contra as manifestações populares, que decorrem desde setembro, tem tornado mais difícil reatar o diálogo.

A UE tem aplicado pacotes de sanções e está a pondera integrar a Guarda Revolucionária na lista de entidades terroristas.

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