{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2022/07/28/o-mapa-energetico-europeu-esta-a-mudar" }, "headline": "O mapa energ\u00e9tico europeu est\u00e1 a mudar?", "description": "Analisamos de que forma \u00e9 que a invas\u00e3o russa da Ucr\u00e2nia est\u00e1 a provocar mudan\u00e7as na arquitetura da energia na Uni\u00e3o Europeia", "articleBody": "A invas\u00e3o russa da Ucr\u00e2nia est\u00e1 a provocar mudan\u00e7as na din\u00e2mica energ\u00e9tica europeia. Em Fran\u00e7a, a gigante da energia EDF vai ser nacionalizada.\u00a0Na Alemanha, o governo resgatou a energ\u00e9tica Uniper, um dos maiores importadores de g\u00e1s do mundo, a sofrer o impacto da redu\u00e7\u00e3o do fluxo de g\u00e1s vindo da R\u00fassia. Os Estados europeus est\u00e3o a intervir cada vez mais nos mercados da energia, mas ser\u00e1 que a tend\u00eancia veio para ficar? \u0022\u00c9 um padr\u00e3o que vemos em toda a Uni\u00e3o Europeia e, provavelmente, vai agravar-se \u00e0 medida que nos aproximamos do inverno, com a crise energ\u00e9tica. Penso que \u00e9 prematuro porque essa interven\u00e7\u00e3o nos mercados da energia ser\u00e1 revertida com muita dificuldade. A Uni\u00e3o Europeia trabalhou durante d\u00e9cadas para liberalizar os mercados de energia e, em apenas seis meses, muitos desses ganhos foram, basicamente, abolidos\u0022, sublinhou, em entrevista \u00e0 Euronews, Martin Vladimirov, do Centro para o Estudo da Democracia. A interven\u00e7\u00e3o nos mercados aumentou desde outubro do ano ado, para controlar os pre\u00e7os da energia. Foi nessa altura que surgiram perturba\u00e7\u00f5es no fornecimento de g\u00e1s russo. Os resultados foram limitados, com a manuten\u00e7\u00e3o dos pre\u00e7os altos e subs\u00eddios dos governos. De acordo com Ben Mcwilliams, analista do think tank Bruegel, \u00e9 preciso avan\u00e7ar com cautela:\u00a0\u0022vimos governos entrarem nos mercados e subsidiar significativamente tanto as fam\u00edlias como a ind\u00fastria no consumo de energia e para a produ\u00e7\u00e3o.\u00a0Na altura, era suposto ser uma medida tempor\u00e1ria, para atravessar o inverno, e depois voltaria tudo ao normal. Mas n\u00e3o foi assim.\u00a0Os pre\u00e7os continuaram altos e os governos continuam a subsidiar massivamente e a intervir. Isto \u00e9 perigoso. Perturba os mercados e, em \u00faltima an\u00e1lise, empurra os pre\u00e7os para cima porque permite \u00e0s pessoas continuarem a consumir energia mesmo quando os pre\u00e7os registaram n\u00edveis altos, empurrando-os cada vez mais para cima.\u0022 Uma faca de dois gumes para os governos. Se por um lado tentam proteger empresas e cidad\u00e3os, por outro coloca-se um problema para o mercado livre que a Europa construiu durante d\u00e9cadas. ", "dateCreated": "2022-07-27T16:52:50+02:00", "dateModified": "2022-07-28T19:53:24+02:00", "datePublished": "2022-07-28T17:34:17+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F88%2F56%2F88%2F1440x810_cmsv2_b9495b57-b179-57b2-b13e-119490f6e0f5-6885688.jpg", "width": 1440, "height": 810, "caption": "O mercado energ\u00e9tico europeu tem sofrido o impacto da invas\u00e3o russa da Ucr\u00e2nia", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F88%2F56%2F88%2F432x243_cmsv2_b9495b57-b179-57b2-b13e-119490f6e0f5-6885688.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": 403, "height": 60 }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

O mapa energético europeu está a mudar?

O mercado energético europeu tem sofrido o impacto da invasão russa da Ucrânia
O mercado energético europeu tem sofrido o impacto da invasão russa da Ucrânia Direitos de autor AFP
Direitos de autor AFP
De Euronews
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Analisamos de que forma é que a invasão russa da Ucrânia está a provocar mudanças na arquitetura da energia na União Europeia

PUBLICIDADE

A invasão russa da Ucrânia está a provocar mudanças na dinâmica energética europeia.

Em França, a gigante da energia EDF vai ser nacionalizada. Na Alemanha, o governo resgatou a energética Uniper, um dos maiores importadores de gás do mundo, a sofrer o impacto da redução do fluxo de gás vindo da Rússia.

Os Estados europeus estão a intervir cada vez mais nos mercados da energia, mas será que a tendência veio para ficar?

"É um padrão que vemos em toda a União Europeia e, provavelmente, vai agravar-se à medida que nos aproximamos do inverno, com a crise energética. Penso que é prematuro porque essa intervenção nos mercados da energia será revertida com muita dificuldade. A União Europeia trabalhou durante décadas para liberalizar os mercados de energia e, em apenas seis meses, muitos desses ganhos foram, basicamente, abolidos", sublinhou, em entrevista à Euronews, Martin Vladimirov, do Centro para o Estudo da Democracia.

A intervenção nos mercados aumentou desde outubro do ano ado, para controlar os preços da energia.

Foi nessa altura que surgiram perturbações no fornecimento de gás russo. Os resultados foram limitados, com a manutenção dos preços altos e subsídios dos governos.

De acordo com Ben Mcwilliams, analista do think tank Bruegel, é preciso avançar com cautela: "vimos governos entrarem nos mercados e subsidiar significativamente tanto as famílias como a indústria no consumo de energia e para a produção. Na altura, era suposto ser uma medida temporária, para atravessar o inverno, e depois voltaria tudo ao normal. Mas não foi assim. Os preços continuaram altos e os governos continuam a subsidiar massivamente e a intervir. Isto é perigoso. Perturba os mercados e, em última análise, empurra os preços para cima porque permite às pessoas continuarem a consumir energia mesmo quando os preços registaram níveis altos, empurrando-os cada vez mais para cima."

Uma faca de dois gumes para os governos. Se por um lado tentam proteger empresas e cidadãos, por outro coloca-se um problema para o mercado livre que a Europa construiu durante décadas.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Milhões de trabalhadores na Europa não conseguem pagar férias

As sanções da UE estão a provocar uma crise alimentar mundial?

"Equilíbrio de poderes no Médio Oriente inclinou-se dramaticamente para Israel", diz analista