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Refugiados sírios: "é deprimente ver a diferença de tratamento"

Paulo Pinheiro, presidente da Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre a Síria
Paulo Pinheiro, presidente da Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre a Síria Direitos de autor FABRICE COFFRINI/AFP or licensors
Direitos de autor FABRICE COFFRINI/AFP or licensors
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Em entrevista à Euronews, o presidente da Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre a Síria, Paulo Pinheiro, falou em diferenças de tratamento em relação em comparação com o acolhimento refugiados ucranianos

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Numa década de guerra na Síria, mais de 300 mil pessoas morreram, de acordo com um relatório divulgado pelo Conselho de Direitos Humanos as Nações Unidas.

O conflito não dá sinais de abrandar.

Em entrevista à Euronews, o presidente da Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre a Síria, Paulo Pinheiro, disse que os números refletem a gravidade da situação para os civis.

"O relatório revela muito claramente a falta de proteção de civis. Nenhuma fação, nenhuma parte do conflito na Síria se preocupa com a proteção da vida de civis. Essa é a realidade."

Por outro lado, Paulo Pinheiro lamentou a dualidade de critérios na hora de acolher refugiados e dá como exemplo a guerra na Ucrânia: "para mim, envolvido com a crise síria há 11 anos, é muito deprimente ver esta diferença de tratamento. Há abertura e generosidade em relação à Ucrânia, que não critico de forma alguma. Eles merecem. Mas eu gostaria muito que o mesmo tratamento fosse aplicado aos refugiados sírios."

Questionado sobre a possibilidade de levar os crimes de guerra cometidos na Síria à justiça internacional, o presidente da Comissão Internacional Independente de Inquérito da ONU sobre a Síria reconhece que os tribunais nacionais estão a dar um contributo mas ressalvou: "por agora, não vejo nenhuma possibilidade no horizonte para o encaminhamento para o Tribunal Penal Internacional. Na atual conjuntura internacional é impossível por causa do veto, muito provavelmente o veto para esse encaminhamento será repetido no Conselho de Segurança. Esse é o problema. O lado positivo é que tantos países europeus estejam a processar e, em alguns casos, a condenar pessoas que cometeram crimes contra a humanidade ou crimes de guerra".

Em janeiro, um tribunal alemão condenou a prisão perpétua um ex-coronel sírio por crimes contra a humanidade.

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