{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/my-europe/2022/04/25/vitorias-sobre-os-populismos-na-europa" }, "headline": "Vit\u00f3rias sobre os populismos na Europa", "description": "Em Fran\u00e7a e na Eslov\u00e9nia os populismos foram derrotados. Um al\u00edvio para a Uni\u00e3o Europeia", "articleBody": "O presidente franc\u00eas escolheu como m\u00fasica de fundo, para a sua reelei\u00e7\u00e3o, o \u0022Hino \u00e0 Alegria\u0022 , o hino europeu. Para a Uni\u00e3o Europeia, o \u00eaxito de Emmanuel Macron contra a candidata de extrema-direita \u00e9 um al\u00edvio pois exclui a perspetiva de paralisia no \u00e2mbito do projeto comum. No entanto, face \u00e0 guerra na Ucr\u00e2nia e \u00e0s suas consequ\u00eancias, \u00e9 sobretudo a gest\u00e3o destas crises que ditar\u00e1 a agenda pol\u00edtica do chefe de Estado gaul\u00eas. \u0022A prioridade \u00e9 a emerg\u00eancia da guerra na Ucr\u00e2nia e as suas consequ\u00eancias econ\u00f3micas. As quest\u00f5es da Europa, da defesa, como conter a infla\u00e7\u00e3o. Como deixar o petr\u00f3leo e o g\u00e1s russos... A quest\u00e3o das san\u00e7\u00f5es, tamb\u00e9m, sobre a R\u00fassia. E depois, mais especificamente, Fran\u00e7a det\u00e9m a Presid\u00eancia do Conselho da Uni\u00e3o Europeia. H\u00e1 certos projetos a serem feitos, nomeadamente a quest\u00e3o do mecanismo do carbono nas fronteiras para a transi\u00e7\u00e3o clim\u00e1tica\u0022, refere o respons\u00e1vel pelo escrit\u00f3rio da Funda\u00e7\u00e3o Robert Schuman em Bruxelas, Eric Maurice. A vit\u00f3ria de Emmanuel Macron n\u00e3o deve, contudo, mascarar a desconfian\u00e7a, ou mesmo a rejei\u00e7\u00e3o do projeto europeu, expressada pelos eleitores de Marine Le Pen . Com 41% dos votos, Paris e Bruxelas n\u00e3o podem ignorar o programa antieuropeu da candidata de extrema-direita. A diretora-geral do instituto Europe Jacques Delor, Genevi\u00e8ve Pons, avisa que \u0022o grande debate em Fran\u00e7a, depois de ter sido um debate de direita-esquerda, \u00e9 um debate de abertura, encerramento, otimismo, pessimismo, benefici\u00e1rio da globaliza\u00e7\u00e3o ou v\u00edtima da globaliza\u00e7\u00e3o.\u0022 N\u00e3o foi s\u00f3 em Fran\u00e7a que os populistas sofreram um rev\u00e9s. O primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa , foi derrotado nas elei\u00e7\u00f5es legislativas pelo candidato liberal. Este fracasso isola, ainda mais, o primeiro-ministro h\u00fangaro, Viktor Orb\u00e1n , que defende uma agenda conservadora face ao bloco dos 27. O professor da C\u00e1tedra Jean Monnet - Integra\u00e7\u00e3o Europeia, na Universidade de Maynooth na Irlanda, John O'Brennan, sublinha que \u0022o resultado esloveno \u00e9 t\u00e3o importante e interessante como o resultado franc\u00eas. Aqui, tivemos Jansa, uma figura semelhante a Viktor Orb\u00e1n, derrotado de forma compreensiva e inesperada. \u00c9 a terceira grande derrota dos l\u00edderes populistas e de direita na Europa nos \u00faltimos seis meses, incluindo a de Boyko Borisov, na Bulg\u00e1ria, e a de (Andrej) Babis na Ch\u00e9quia.\u0022 Para que a Uni\u00e3o consiga capitalizar estes resultados, as institui\u00e7\u00f5es europeias ter\u00e3o de apresentar respostas inovadoras se quiserem convencer os eleitores, a longo prazo, e reprimir a ret\u00f3rica populista. ", "dateCreated": "2022-04-25T09:00:43+02:00", "dateModified": "2022-04-25T17:01:02+02:00", "datePublished": "2022-04-25T17:00:58+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F65%2F16%2F14%2F1440x810_cmsv2_6f759575-1d54-5314-aab7-e265007d3776-6651614.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Emmanuel Macron reeleito", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F06%2F65%2F16%2F14%2F432x243_cmsv2_6f759575-1d54-5314-aab7-e265007d3776-6651614.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Not\u00edcias da Europa" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Vitórias sobre os populismos na Europa

Emmanuel Macron reeleito
Emmanuel Macron reeleito Direitos de autor Rafael Yaghobzadeh/The Associated Press. All rights reserved
Direitos de autor Rafael Yaghobzadeh/The Associated Press. All rights reserved
De euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Em França e na Eslovénia os populismos foram derrotados. Um alívio para a União Europeia

PUBLICIDADE

O presidente francês escolheu como música de fundo, para a sua reeleição, o "Hino à Alegria", o hino europeu. Para a União Europeia, o êxito de Emmanuel Macron contra a candidata de extrema-direita é um alívio pois exclui a perspetiva de paralisia no âmbito do projeto comum. No entanto, face à guerra na Ucrânia e às suas consequências, é sobretudo a gestão destas crises que ditará a agenda política do chefe de Estado gaulês.

"A prioridade é a emergência da guerra na Ucrânia e as suas consequências económicas. As questões da Europa, da defesa, como conter a inflação. Como deixar o petróleo e o gás russos... A questão das sanções, também, sobre a Rússia. E depois, mais especificamente, França detém a Presidência do Conselho da União Europeia. Há certos projetos a serem feitos, nomeadamente a questão do mecanismo do carbono nas fronteiras para a transição climática", refere o responsável pelo escritório da Fundação Robert Schuman em Bruxelas, Eric Maurice.

A vitória de Emmanuel Macron não deve, contudo, mascarar a desconfiança, ou mesmo a rejeição do projeto europeu, expressada pelos eleitores de Marine Le Pen. Com 41% dos votos, Paris e Bruxelas não podem ignorar o programa antieuropeu da candidata de extrema-direita.

A diretora-geral do instituto Europe Jacques Delor, Geneviève Pons, avisa que "o grande debate em França, depois de ter sido um debate de direita-esquerda, é um debate de abertura, encerramento, otimismo, pessimismo, beneficiário da globalização ou vítima da globalização."

Não foi só em França que os populistas sofreram um revés. O primeiro-ministro esloveno, Janez Jansa, foi derrotado nas eleições legislativas pelo candidato liberal. Este fracasso isola, ainda mais, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, que defende uma agenda conservadora face ao bloco dos 27.

O professor da Cátedra Jean Monnet - Integração Europeia, na Universidade de Maynooth na Irlanda, John O'Brennan, sublinha que "o resultado esloveno é tão importante e interessante como o resultado francês. Aqui, tivemos Jansa, uma figura semelhante a Viktor Orbán, derrotado de forma compreensiva e inesperada. É a terceira grande derrota dos líderes populistas e de direita na Europa nos últimos seis meses, incluindo a de Boyko Borisov, na Bulgária, e a de (Andrej) Babis na Chéquia."

Para que a União consiga capitalizar estes resultados, as instituições europeias terão de apresentar respostas inovadoras se quiserem convencer os eleitores, a longo prazo, e reprimir a retórica populista.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

"É preciso mais educação contra populismo", diz Alto Comissário da ONU

Presidente de Portugal defende comércio como alavanca do poder da UE

Cidadãos e governantes europeus definem propostas para melhorar a União Europeia