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Vítimas da "Covid persistente" queixam-se de falta de apoio

Vítimas da "Covid persistente" queixam-se de falta de apoio
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Oliver Gray, um consultor britânico a viver e a trabalhar em Bruxelas, continua sem recuperar o olfato e o paladar após ser contaminado com a Covid-19

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Em todo o mundo são cada vez mais as pessoas que reportam casos de "Covid persistente", a designação usada para descrever situações em que os sintomas persistem meses após a cura declarada.

Oliver Gray é um consultor britânico que vive e trabalha em Bruxelas. Músico nos tempos livres, costumava correr mundo para explicar a lei europeia a vários clientes até que testou positivo à Covid-19, no final de 2020, e teve de abrandar o ritmo. Ainda não recuperou o olfato nem o paladar.

"A Covid-19 provoca uma espécie de shutdown, por assim dizer. O cérebro dói, sentimo-nos deslocados. Não estamos normais. Depois de algum tempo pensamos: será que alguma vez voltaremos ao normal?"

A pior parte para Oliver é a falta de apoio da sociedade e do sistema de saúde. É frequentemente acusado de ser preguiçoso e de ter excesso de peso.

"Não se trata só de não ter interesse no meu trabalho. Não me conseguia concentrar. Tinha medo de cometer erros. Sabia o que queria dizer. Sabia os nomes, como o nome de uma lei ou de um estudo, mas não conseguia dizê-los. Não era só esquecimento, era simplesmente inalcançável", lembrou o consultor, em entrevista à Euronews.

A fadiga contínua, confusão mental e os problemas de memória são sintomas que alguns doentes de um consultório médico em Charleroi, no sul da Bélgica, reportaram.

Desesperado para os ajudar, Marc Jamoulle tem vindo a documentar a situação. O médico quer mais recursos e reconhecimento para as vítimas da Covid-19 e espera que a pesquisa que está a fazer tenha mais sucesso do que a sua correspondência com as autoridades belgas.

"Eu estou bem, obrigado, mas meus pacientes estão num estado catastrófico. Se não forem ajudados, acabarão sem-teto, talvez excluídos socialmente ou terrivelmente humilhados por uma doença que os afeta e que ninguém reconhece. Uma doença que, neste momento, não tem tratamento. Há perspetivas - procuramos, procuramos, procuramos - mas não temos um tratamento particular."

A Organização Mundial de Saúde (OMS) também procura soluções. Em pesquisas recentes apelou aos políticos europeus para considerarem a complexidade da "Covid persistente" nas respostas que dão à sociedade.

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