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Bielorrússia: Analistas aconselham UE a ter ação discreta

Bielorrússia: Analistas aconselham UE a ter ação discreta
Direitos de autor MTI/EPA/Taccjana Zenkovics
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De Isabel Marques da SilvaElena Cavallone
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O Kremlin parece ser o único interlocutor aceite pelo presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko. EUA e UE sabem que o não muito distante exemplo da Ucrânia está bem vivo na memória de todos.

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A União Europeia não se deve precipitar na intervenção diplomática na crise na Bielorrússia, optando por manter um perfil discreto e humanitário. O conselho é dos analistas políticos consultados pela euronews na semana em que o tema está na agenda do Parlamento Europeu e do conselho de ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 Estados-membros.

Os fortes laços entre o ditador bielorrusso Alexander Lukashenko e o regime de Vladimir Putin, na Rússia, criam um risco geo-político considerável para os europeus.

“A influência da União Europeia na Bielorrússia é muito limitada, ao contrário da influência da Rússia. Portanto, no curto prazo, a União não deverá ter muita influência sobre o que está a acontecer. Mas diria que o apoio a nível moral e a nível humanitário, aos cidadãos que se manifestam na Bielorrússia e à sociedade civil em geral, é muito importante”, disse Kristi Raik, analista no Centro Internacional de Defesa e Segurança, em entrevista à Euronews.

Monitorização da OSCE, sugerem eurodeputados

A União Europeia defe de a repetição das eleições num modelo transparente. O presidente da comissão de Negócios Estrangeiros do Parlamento Europeu, David McAllister, sugere a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) como organismo de monitorização.

“Somos a favor da democracia, do Estado de direito e de eleições livres e justas e é por isso que essas novas eleições devem ocorrer sob a supervisão de organizações internacionais", disse o eurodeputado alemão de centro-direita.

"A melhor do meu ponto de vista é a OSCE porque é uma organização não apenas com nações europeias, mas também tem como membros os EUA, o Canadá, bem como a Bielorrússia e a Rússia”, explicou.

No domínio das sanções europeias, pondera-se visar os indivíduos responsáveis pela violência contra os manifestantes e os envolvidos na fraude eleitoral. Contudo, há que analisar a real eficácia em termos de pressão sob o regime e o impacto negativo que poderia ter, indiretamente, sobre a população.

As sanções são sempre uma faca de dois gumes
Jelena Milic
Analista no Centro de Estudos Euro-Atlânticos

"As sanções são sempre uma faca de dois gumes. Penso que a União Europeia agiu corretamente ao rejeitar os resultados das eleições no momento certo. Penso que agora poderia fazer tentativas para mediar o debate entre os partidos da oposição, as instituições eleitorais e o regime no poder. Essa mediação legitimaria realmente a oposição e as suas reivindicações”, afirmou Jelena Milic, analista no Centro de Estudos Euro-Atlânticos, em entrevista à euronews.

Contudo, o Kremlin parece ser o único interlocutor aceite por Lukashenko. EUA e União Europeia sabem que o não muito distante exemplo da Ucrânia está bem vivo na memória de todos.

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