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Observat\u00f3rio franc\u00eas monitoriza CO2 A euronews visitou um observat\u00f3rio franc\u00eas que monitoriza as emiss\u00f5es de CO2 na Europa. O observat\u00f3rio situado no Puy de Dome, no centro de Fran\u00e7a monitoriza as emiss\u00f5es de CO2 da ind\u00fastria, dos transportes e do setor energ\u00e9tico, bem como o CO2 emitido pela natureza. \u0022A concentra\u00e7\u00e3o de CO2 de 415 partes por milh\u00e3o, o que compara com os valores da era pr\u00e9-industrial que eram de 280 partes por milh\u00e3o. O aumento \u00e9 de duas a tr\u00eas partes por milh\u00e3o por ano \u0022, explicou Michel Ramonet, investigador do Laborat\u00f3rio de Ci\u00eancias Ambientais e Clima do CNRS. As atividades humanas estiveram na origem de mais de 36 gigatoneladas de CO2, no ano ado. Como o di\u00f3xido de carbono se move rapidamente pela atmosfera, \u00e9 muito dif\u00edcil saber, de forma exata, de onde prov\u00eam as emiss\u00f5es. \u0022Medimos as concentra\u00e7\u00f5es totais de CO2 e gostar\u00edamos de dar uma cor a esse CO2, verde para a vegeta\u00e7\u00e3o e preto quando o CO2 prov\u00e9m dos autom\u00f3veis. Mas n\u00e3o temos instrumentos para faz\u00ea-lo facilmente\u0022, sublinhou Michel Ramonet. Falta informa\u00e7\u00e3o sobre \u00c1frica e Amaz\u00f3nia Um dos problemas atuais dos cientistas \u00e9 a falta de informa\u00e7\u00e3o sobre as emiss\u00f5es de di\u00f3xido de carbono em v\u00e1rias partes do mundo. \u0022H\u00e1 regi\u00f5es no mundo onde n\u00e3o h\u00e1 praticamente qualquer medida, como em \u00c1frica, na Amaz\u00f3nia e na Sib\u00e9ria. 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Al\u00e9m disso, para saberem se as pol\u00edticas de redu\u00e7\u00e3o do di\u00f3xido de carbono s\u00e3o eficazes, os pa\u00edses t\u00eam de possuir dados, ainda que o impacto da redu\u00e7\u00e3o das emiss\u00f5es s\u00f3 se fa\u00e7a sentir d\u00e9cadas mais tarde. \u0022As a\u00e7\u00f5es realizadas hoje ter\u00e3o um efeito daqui a 30 ou 50 anos. \u00c9 por isso que \u00e9 dif\u00edcil motivar a sociedade a tomar medidas j\u00e1\u0022, sublinhou Michel Ramonet O clima em Outubro de 2019 Segundo os dados do Servi\u00e7o de Monitoriza\u00e7\u00e3o das Altera\u00e7\u00f5es Clim\u00e1ticas do Copernicus , o m\u00eas de outubro foi o mais quente de sempre, com temperaturas 1,3 graus cent\u00edgrados acima da m\u00e9dia da era pr\u00e9-industrial. O tempo foi mais quente e mais h\u00famido no sul da Irlanda, no Reino Unido, em Fran\u00e7a, no Benelux, na Alemanha, no B\u00e1ltico e na R\u00fassia, onde houve mais chuva do que no per\u00edodo de refer\u00eancia, entre 1981 e 2010. Uma situa\u00e7\u00e3o diferente foi registada nas regi\u00f5es do Mediterr\u00e2neo, do Mar Negro e do Leste Europeu onde choveu menos do que \u00e9 habitual. No Jap\u00e3o, o tuf\u00e3o Hagibis deu origem a chuvas intensas em outubro. A precipita\u00e7\u00e3o foi duas vezes e meia superior \u00e0 m\u00e9dia no mesmo per\u00edodo do ano. 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É difícil saber a origem exata das emissões de CO2

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Um dos aspetos mais complexos da monitorização do CO2 é compreender a origem exata das emissões.

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Um dos aspetos mais complexos da monitorização do CO2 é compreender a origem exata das emissões de dióxido de carbono.

O aumento da temperatura global deve-se ao aumento dos níveis de CO2 na atmosfera, que levam à captura de mais calor, o chamado efeito de estufa. Este gráfico mostra a subida constante dos níveis de CO2, de 2003 a 2018. As variações devem-se aos ciclos sazonais. O dióxido de carbono sobe e desce de acordo com a forma como a natureza reage.

Observatório francês monitoriza CO2

A euronews visitou um observatório francês que monitoriza as emissões de CO2 na Europa. O observatório situado no Puy de Dome, no centro de França monitoriza as emissões de CO2 da indústria, dos transportes e do setor energético, bem como o CO2 emitido pela natureza. "A concentração de CO2 de 415 partes por milhão, o que compara com os valores da era pré-industrial que eram de 280 partes por milhão. O aumento é de duas a três partes por milhão por ano ", explicou Michel Ramonet, investigador do Laboratório de Ciências Ambientais e Clima do CNRS.

As atividades humanas estiveram na origem de mais de 36 gigatoneladas de CO2, no ano ado. Como o dióxido de carbono se move rapidamente pela atmosfera, é muito difícil saber, de forma exata, de onde provêm as emissões. "Medimos as concentrações totais de CO2 e gostaríamos de dar uma cor a esse CO2, verde para a vegetação e preto quando o CO2 provém dos automóveis. Mas não temos instrumentos para fazê-lo facilmente", sublinhou Michel Ramonet.

Michel Ramonet, investigador do Clima

Falta informação sobre África e Amazónia

Um dos problemas atuais dos cientistas é a falta de informação sobre as emissões de dióxido de carbono em várias partes do mundo. "Há regiões no mundo onde não há praticamente qualquer medida, como em África, na Amazónia e na Sibéria. São regiões fundamentais para compreender o ciclo global do carbono, e, em particular, as interações entre os ecossistemas terrestres, quer seja a floresta da Amazónia, ou a floresta tropical em África. Temos uma enorme falta de medidas nesses locais", afirmou o cientista francês.

As medidas de C02 são fundamentais para perceber se a absorção do CO2 varia em função de fenómenos naturais, como as vagas de calor, ou de outras variáveis.

Além disso, para saberem se as políticas de redução do dióxido de carbono são eficazes, os países têm de possuir dados, ainda que o impacto da redução das emissões só se faça sentir décadas mais tarde.

"As ações realizadas hoje terão um efeito daqui a 30 ou 50 anos. É por isso que é difícil motivar a sociedade a tomar medidas já", sublinhou Michel Ramonet

O clima em Outubro de 2019

Segundo os dados do Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copernicus, o mês de outubro foi o mais quente de sempre, com temperaturas 1,3 graus centígrados acima da média da era pré-industrial. O tempo foi mais quente e mais húmido no sul da Irlanda, no Reino Unido, em França, no Benelux, na Alemanha, no Báltico e na Rússia, onde houve mais chuva do que no período de referência, entre 1981 e 2010.

Uma situação diferente foi registada nas regiões do Mediterrâneo, do Mar Negro e do Leste Europeu onde choveu menos do que é habitual. No Japão, o tufão Hagibis deu origem a chuvas intensas em outubro. A precipitação foi duas vezes e meia superior à média no mesmo período do ano.

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