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Crítica de cinema deve ser a protagonista do provável último filme de Tarantino

The Movie Critic deve ser acerca da famosa crítica de cinema Pauline Kael
The Movie Critic deve ser acerca da famosa crítica de cinema Pauline Kael Direitos de autor AP - Wiki Commons
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De David Mouriquand
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O décimo filme de Quentin Tarantino, que o realizador diz há muito que será a sua última longa-metragem , vai chamar-se The Movie Critic. De acordo com o The Hollywood Reporter, este é o nome do argumento que Tarantino escreveu e deve começar a filmar no outono.

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O décimo filme de Quentin Tarantino, que o realizador diz há muito que será a sua última longa-metragem , vai chamar-se The Movie Critic. De acordo com o The Hollywood Reporter, este é o nome do argumento que Tarantino escreveu e deve começar a filmar no outono.

Sobre a história não se sabe quase nada, está tudo envolto em grande secretismo, mas dizem que será ada no final dos anos 1970, em Los Angeles, e terá uma protagonista feminina. É possível que o filme seja baseado na vida da famosa crítica de cinema norte-americana Pauline Kael.

Durante anos, o realizador manifestou interesse e iração por Kael, uma das críticas de cinema mais influentes de todos os tempos. Num artigo da revista Time de 1994, Tarantino afirmou que “ela foi tão influente quanto qualquer realizador a ajudar-me a desenvolver a minha estética. Nunca fui para a escola de cinema, mas ela era a professora da escola de cinema da minha mente.”

Kael, que morreu em 2001, não era apenas crítica de cinema, mas também ensaísta e romancista, conhecida pelos confrontos que tinha quer com editores, quer com cineastas. 

Até agora, os filmes de Tarantino valeram-lhe inúmeros prémios, incluindo a Palma de Ouro para Pulp Fiction; quatro Globos de Ouro para Pulp Fiction (Melhor Argumento), Django Libertado (Melhor Argumento) e Era Uma Vez em... Hollywood (Melhor Argumento e Melhor Filme – Musical ou Comédia); dois BAFTAs por Pulp Fiction e Django Libertado (ambos Melhor Argumento Original); e dois Óscares por Pulp Fiction e Django Libertado (Melhor Argumento Original nos dois casos).

Tarantino teve também três nomeações para o Óscar de Melhor Realizador com Pulp Fiction, Sacanas sem Lei e Era Uma Vez em... Hollywood e uma nomeação para Melhor Filme, com Era Uma Vez em... Hollywood, mas não conseguiu ganhar nenhum dos dois prémios.

Heather Ikei / AMPAS
Quentin Tarantino nos Óscares em 2013Heather Ikei / AMPAS

Por que é que Tarantino quer sair de cena?

Há muito que Tarantino manifestou a vontade de se reformar depois do seu décimo filme e quando tivesse 60 anos, que completa a 27 de março.

Em 2012, ele disse à Playboy: “Quero parar num determinado momento. Os realizadores não melhoram à medida que envelhecem. Normalmente os piores filmes da sua filmografia são aqueles quatro últimos. Eu adoro a minha filmografia, e um filme mau estraga três bons. Não quero ter aquela comédia má e fora de moda na minha filmografia, o filme que faz as pessoas pensarem: 'Ele ainda acha que estamos duas décadas atrás'. Quando os realizadores ficam desatualizados, não é bom.”

Mas para aqueles que já sofrem antecipadamente com a reforma do realizador, talvez seja interessante lembrar que o realizador disse, em entrevistas, que poderia realizar séries ou peças. 

Em 2021, publicou o seu primeiro romance, uma adaptação do filme "Era Uma Vez em... Hollywood", e em 2022, o livro "Cinema Speculation". 

Quem foi Pauline Kael?

Pauline Kael (1919 – 2001) era uma cinéfila e foi a crítica de cinema mais influente da sua época... Uma crítica cultural apaixonada que nunca teve vergonha de ser frontal.

Publicou a sua primeira crítica de cinema em 1953 na revista City Lights, em São Francisco. Seguiram-se artigos na Partisan Review, Moviegoer e outras publicações. As suas críticas começaram a aparecer regularmente na Film Quarterly.

Durante vários anos, a partir de 1955, ela fez críticas de filmes nas estações de rádio da rede Pacifica.

Ganhou reputação por fazer críticas cruas e amargas e uma seleção destas foi publicada em 1965 com o título "I Lost It at the Movies". O livro foi um best-seller.

Kael entrou para o The New Yorker em 1968 e fez críticas de filmes até à sua reforma em 1991.

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