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Economia britânica com pior queda em mais de 300 anos e sem Brexit

Economia britânica com pior queda em mais de 300 anos e sem Brexit
Direitos de autor Dominic Lipinski/AP
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De Francisco Marques com AP, Lusa
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Impacto das restrições para conter a Covid-19 provocam recuo de 9,9%, o dobro de 2009, no auge da crise financeira, mas Governo garante ter um plano de retoma já sem a "bazuca" da UE

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A economia do Reino Unido sofreu em 2020 a maior queda em mais de 300 anos, mergulhando quase 10%. Pior, nos registos do instituto britânico de estatística (ONS, na sigla original), só em 1709 quando a nação foi afetada pela apelidada "Grande Geada".

O impacto global da pandemia de Covid-19, que o Fundo Monetário Internacional denominou como "Grande Confinamento", custou uma contração de 9,9% no decorrer do último ano antes de concluir o divórcio da União Europeia (UE), referendado em 2016.

O ministro das Finanças, Rishi Sunak, garante no entanto ter um plano para a retoma, quiçá otimista pelos sinais de retoma britânicos surgidos nas derradeiras semanas antes do Reino Unido cortar em definitivo as "amarras" que o uniam à UE. O que pode ser enganador.

Os números agora revelados mostram-nos que no ano ado a nossa economia sofreu um choque muito forte.
Rishi Sunak
Ministro das Finanças do Reino Unido

"Apesar de alguns sinais de resiliência durante o inverno, o que fica claro, neste momento, é que muitas famílias e empresas estão a ar por dificuldades. Por isso, colocámos em prática um abrangente plano de emprego para apoiar as pessoas durante esta crise e vamos revelar o próximo o da nossa resposta económica no orçamento a apresentar no início de março", afirmou Sunak, numa mensagem vídeo divulgada pelo Tesouro de Sua Majestade, vulgo, Ministério das Finanças britânico.

O ministro pede para que não se compare o PIB britânico ao de outros países porque os métodos seguidos são diferentes, dando o exemplo de o ONS medir por exemplo o número de alunos a ter aulas presenciais nas escolas e outros métodos estrangeiros se fixarem nas despesas públicas com salários ou com medicamentos.

Seja como for, Sunak parece colocar todas as fichas da retoma no plano que promete apresentar aos britânicos a 3 de março, dia em que se prevê apresentar o primeiro orçamento do Reino Unido já sem qualquer interferência da UE.

Por isso, e à luz do que se a nos restantes antigos parceiros europeus, desse orçamento já não fará parte a atual "bazuca" de ajuda financeira, do qual faz parte o Mecanismo de Recuperação e Resiliência, em processo implementação pelos "27", como anunciou esta sexta-feira, em Bruxelas, o primeiro-ministro português António Costa, na qualidade de chefe do Governo com a presidência rotativa da UE.

"Aquilo que tenho recebido dos Estados-membros é a garantia de que, até ao princípio de abril, todos teremos ratificado a decisão dos recursos próprios. Creio por isso que, sendo publicado para a semana o documento que agora assinámos, estamos em condições todos de começar a negociar formalmente com a Comissão os planos nacionais", disse António Costa.

O processo de entrega formal dos planos nacionais de recuperação e resiliência pelos 27 Estados-membros à Comissão Europeia será possível a partir do momento em que o regulamento do Mecanismo – aprovado esta semana pelo Parlamento Europeu e adotado na quinta-feira pelo Conselho – seja publicado no jornal oficial da UE, o que está previsto para 18 de fevereiro.

Dotado com 672,5 mil milhões de euros em subvenções e empréstimos, o Mecanismo de Recuperação e Resiliência é o principal elemento do pacote de recuperação acordado em 2020 pela UE para fazer face à crise social e económica provocada pela pandemia de Covid-19, o "Next Generation EU", com uma dotação total de 750 mil milhões de euros, entre subvenções e empréstimos.

Finalmente sozinho, como assim desejava, o Governo de Boris Johnson já não terá parte neste mecanismo e mostra-se otimista em conseguir a retoma sem ajudas apesar de algumas perspetivas mais pessimistas.

O Banco de Inglaterra, por exemplo, antecipa um agravamento de 4% na economia britânica neste primeiro trimestre de 2021 e, até ao final do próximo ano, a Comissão Europeia antevê pior para o Reino Unido e só por causa do Brexit.

Enquanto economia dos 27 deve contrair meio por cento devido à saída britânica, o impacto do Brexit no Reino Unido é previsto pelos "27" como quatro vezes mais grave, apertando ainda mais o cinto às empresas e famílias britânicas, já em dificuldades devido às restrições da epidemia.

Outras fontes • Guardian, Público

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