{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/business/2018/01/26/antonio-costa-temos-bases-solidas-para-construir-a-europa-de-futuro" }, "headline": "Ant\u00f3nio Costa: \u0022Temos bases s\u00f3lidas para construir a Europa de futuro\u0022", "description": "O primeiro-ministro portugu\u00eas esteve em Davos para participar no 48\u00ba F\u00f3rum Econ\u00f3mico Mundial e deu uma entrevista \u00e0 Euronews. O evento junta mais de tr\u00eas mil l\u00edderes pol\u00edticos e da economia mundial", "articleBody": "Os ventos frios da crise podem at\u00e9 ter, aparentemente, deixado a Europa com a recupera\u00e7\u00e3o econ\u00f3mica em curso. Por outro lado, persistem muitos problemas por resolver que causam arrepios em todo o bloco. O cen\u00e1rio para 2018 \u00e9 misto. O otimismo econ\u00f3mico esbarra na incerteza geopol\u00edtica. 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Euronews \u2013 Quando \u00e9 que os portugueses v\u00e3o come\u00e7ar a sentir verdadeiramente estas diferen\u00e7as no dia-a-dia? Ant\u00f3nio Costa \u2013 J\u00e1 as sentem. N\u00e3o todos, seguramente, mas o sal\u00e1rio m\u00ednimo aumentou 15% nos \u00faltimos tr\u00eas anos. Os sal\u00e1rios, negociados pelos sindicatos, aumentaram no ano ado 2,6% com uma infla\u00e7\u00e3o de 1,4%. Por isso, as pessoas j\u00e1 recuperaram. Este \u00e9 um indicador muito importante. O n\u00edvel de confian\u00e7a e o clima econ\u00f3mico atingiram um n\u00edvel hist\u00f3rico. Euronews \u2013 Vemos uma Europa que se est\u00e1 a redesenhar. Quais s\u00e3o as suas prioridades para esta Europa futura? Ant\u00f3nio Costa \u2013 A prioridade \u00e9 dar respostas concretas \u00e0s reivindica\u00e7\u00f5es dos cidad\u00e3os. Seguran\u00e7a e emprego s\u00e3o reivindica\u00e7\u00f5es dos cidad\u00e3os e para isso \u00e9 preciso reformar a Europa para criar novas respostas no dom\u00ednio da seguran\u00e7a e da defesa. \u00c9 preciso investir na investiga\u00e7\u00e3o, nos novos dom\u00ednios das altera\u00e7\u00f5es clim\u00e1ticas e do digital. \u00c9 preciso faz\u00ea-lo com bases s\u00f3lidas e \u00e9 por isso que existe uma quest\u00e3o-chave que \u00e9 a reforma da zona euro. Temos bases s\u00f3lidas para construir a Europa de futuro. Euronews \u2013 Existe um risco de ter demasiada Europa? \u00c9 uma coisa que o preocupa? Ant\u00f3nio Costa \u2013 N\u00e3o. Penso que nos falta Europa. N\u00e3o h\u00e1 demasiada Europa. Mas para ter mais Europa \u00e9 preciso ter bases s\u00f3lidas. S\u00f3 teremos bases s\u00f3lidas se acabarmos o que \u00e9 preciso na zona euro: concluir a Uni\u00e3o Banc\u00e1ria, a uni\u00e3o do capital e sobretudo ter uma zona euro que pode ser um benef\u00edcio para todos os pa\u00edses, 19 Estados-membros, e n\u00e3o apenas para os pa\u00edses desenvolvidos. Esta \u00e9 a quest\u00e3o-chave nos pr\u00f3ximos meses. Euronews \u2013 Tamb\u00e9m h\u00e1 quest\u00f5es-chave ao n\u00edvel das divis\u00f5es na Europa. Na sua opini\u00e3o quais s\u00e3o os maiores riscos nesta mat\u00e9ria? Ant\u00f3nio Costa \u2013 A base da Uni\u00e3o Europeia s\u00e3o os valores, a liberdade, a democracia, o Estado de direito, a paz. Nunca podemos esquecer que a economia \u00e9 apenas um instrumento ao servi\u00e7o destes valores. Por isso \u00e9 preciso recuperar estes valores. \u00c9 na base disto que devemos construir a Europa do futuro. 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António Costa: "Temos bases sólidas para construir a Europa de futuro"

António Costa: "Temos bases sólidas para construir a Europa de futuro"
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O primeiro-ministro português esteve em Davos para participar no 48º Fórum Económico Mundial e deu uma entrevista à Euronews. O evento junta mais de três mil líderes políticos e da economia mundial

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Os ventos frios da crise podem até ter, aparentemente, deixado a Europa com a recuperação económica em curso. Por outro lado, persistem muitos problemas por resolver que causam arrepios em todo o bloco.

O cenário para 2018 é misto. O otimismo económico esbarra na incerteza geopolítica.

Entre previsões de crescimento sólido, da queda do desemprego e da competitividade da moeda única, a Europa tem um novo fôlego. No ano ado a zona euro superou as expectativas e apesar do abrandamento, para este ano a Comissão Europeia prevê um crescimento acima dos 2%.

2018 pode ser o ano em que a Europa acaba a hercúlea missão de construir uma união monetária mais resiliente. Mas não faltam ressalvas, como as de José Ángel Gurría, secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE): “A complacência é o maior inimigo e neste momento esta é a minha preocupação. Todos falam da recuperação. Algumas pessoas até falam de um boom. Mas reparemos que só estamos a começar a sair de uma década de crise. Ainda não estamos a crescer à velocidade de cruzeiro que tínhamos antes da crise, 4%. Deixámos milhões e mais milhões para trás que agora temos de recuperar. Por isso, há muito trabalho a fazer.”

Para Philip Jennings, secretário-geral da organização sindical internacional UniGlobal Union, a prioridade tem de ar por criar uma Europa mais justa e inclusiva: “Temos de pensar no que é que os trabalhadores europeus estão a ganhar. Os aumentos salariais não correspondem em absoluto ao ritmo de crescimento económico que estamos a assistir. Os trabalhadores precisam de um aumento do salário. Se tiverem mais dinheiro nos bolsos gastarão. Isso precipitaria o investimento, que precipitaria mais crescimento económico. Sem o pilar social, sem um pilar inclusivo para as reformas económicas a que estamos a assistir não vamos obter o resultado que gostaríamos.”

Apesar dos números do crescimento na Europa serem melhores do que o esperado ainda há muitos espinhos. Neste sentido, a jornalista da Euronews, Isabelle Kumar, esteve à conversa com o primeiro-ministro português, António Costa.

Isabelle Kumar, Euronews – A economia portuguesa está a crescer. Mário Centeno assumiu a presidência do Eurogrupo. 2018 é o ano de Portugal?

António Costa, primeiro-ministro de Portugal – É o resultado de vários anos de trabalho que, felizmente, conduziram ao crescimento, à criação de emprego. Mas também resulta da boa gestão orçamental e da redução da dívida. Amortizámos a última tranche do empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI) com a taxa de juro mais elevada. Retomaremos as relações normais com o FMI como se a com a União Europeia porque já saímos do procedimento por défice excessivo. Estamos, por isso, concentrados no relançamento e no desenvolvimento do futuro de Portugal.

Euronews – Falemos do futuro de Portugal. Porque os portugueses olham para esta situação positiva e dizem querer que certas medidas de austeridade sejam invertidas. Querem aumentos salariais, de reforma. É um cenário que contempla para este ano?

António Costa – Já alcançámos esta fase. Estamos a devolver os salários e as pensões que foram cortadas. Já reduzimos a tributação sobre os salários, restabelecemos as prestações sociais. Por isso já estamos noutra fase. Fizemos tudo isto ao mesmo tempo que reduzimos de uma forma sustentável o nosso défice. Em 2017 ficou em 1,2% do PIB. Em 2018, a projeção para o défice é de 1%. Começámos a reduzir a nossa dívida pública. Por isso voltámos a página da austeridade e neste momento estamos no caminho do crescimento.

Euronews – Quando é que os portugueses vão começar a sentir verdadeiramente estas diferenças no dia-a-dia?

António Costa – Já as sentem. Não todos, seguramente, mas o salário mínimo aumentou 15% nos últimos três anos. Os salários, negociados pelos sindicatos, aumentaram no ano ado 2,6% com uma inflação de 1,4%. Por isso, as pessoas já recuperaram. Este é um indicador muito importante. O nível de confiança e o clima económico atingiram um nível histórico.

Euronews – Vemos uma Europa que se está a redesenhar. Quais são as suas prioridades para esta Europa futura?

António Costa – A prioridade é dar respostas concretas às reivindicações dos cidadãos. Segurança e emprego são reivindicações dos cidadãos e para isso é preciso reformar a Europa para criar novas respostas no domínio da segurança e da defesa. É preciso investir na investigação, nos novos domínios das alterações climáticas e do digital. É preciso fazê-lo com bases sólidas e é por isso que existe uma questão-chave que é a reforma da zona euro. Temos bases sólidas para construir a Europa de futuro.

Euronews – Existe um risco de ter demasiada Europa? É uma coisa que o preocupa?

António Costa – Não. Penso que nos falta Europa. Não há demasiada Europa. Mas para ter mais Europa é preciso ter bases sólidas. Só teremos bases sólidas se acabarmos o que é preciso na zona euro: concluir a União Bancária, a união do capital e sobretudo ter uma zona euro que pode ser um benefício para todos os países, 19 Estados-membros, e não apenas para os países desenvolvidos. Esta é a questão-chave nos próximos meses.

Euronews – Também há questões-chave ao nível das divisões na Europa. Na sua opinião quais são os maiores riscos nesta matéria?

António Costa – A base da União Europeia são os valores, a liberdade, a democracia, o Estado de direito, a paz. Nunca podemos esquecer que a economia é apenas um instrumento ao serviço destes valores. Por isso é preciso recuperar estes valores. É na base disto que devemos construir a Europa do futuro. Uma Europa para os cidadãos, que os protege face aos desafios do futuro, para as pessoas que temem pelo futuro do trabalho perante a ameaça da automação e para aqueles que têm medo da ameaça do terrorismo e das ameaças que rondam o velho continente.
É por estas razões que é preciso reforçar a nossa capacidade de defesa coletiva, de trabalhar em conjunto para enfrentar a ameaça do terrorismo, para ter a economia mais dinâmica e inovadora neste mundo em mudança.

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