A Airbus recorda 2012 como um ano fantástico, apesar de ter perdido para a Boeing o título de maior fabricante mundial de aviões e das vendas do A380 terem ficado muito aquém do esperado. A Airbus vendeu nove em vez dos 30 aparelhos visados.
Na apresentação dos resultados, o construtor europeu anunciou ter entregue 588 aviões no ano ado. Um número recorde, que representa um aumento de 10% face a 2012.
Mas em termos de encomendas, a queda é de 41% em relação ao ano precedente. A Airbus recebeu encomendas fixas para 833 aparelhos, enquanto a Boeing superou as 1200, ou seja, quase o dobro de 2011.
Apesar da grande rivalidade comercial, a Airbus mostra-se solidária com a rival norte-americana, que vive um momento difícil. Todos os aparelhos Boeing 787 Dreamliner estão impedidos de voar, por tempo indeterminado, após uma série de incidentes com a bateria de ião lítio, a mesma que a Airbus vai usar no seu A350.
O analista Carter Leake, do BB&T Capital Markets, defende: “A Boeing vai ter de avançar, de qualquer maneira, tem de tomar a dianteira. Se encontrarem algo que tem de ser recertificado na pós-produção isso será caro. Pode impedir as entregas. É esse o risco”.
A Airbus teme ver-se atingida pelos problemas da Boeing, mas diz que a bateria está integrada de forma diferente no seu aparelho, prevendo realizar os primeiros voos em meados deste ano.