Numa mensagem nas redes sociais, Yilmaz Tunç sublinha que a Turquia caminha no sentido de se livrar do "flagelo do terrorismo", rumo a uma "democracia de alto nível com lealdade ao princípio do Estado de Direito". Presidente do Curdistão iraquiano diz que decisão "demonstra maturidade política".
O ministro da Justiça da Turquia saudou a dissolução do PKK e realça que a decisão representa um "ponto de viragem importante" no país.
"Estamos num ponto de viragem importante no caminho para nos livrarmos do flagelo do terrorismo, que é um dos maiores obstáculos ao desenvolvimento, à unidade e à solidariedade do nosso país", escreveu Yilmaz Tunç, nas redes sociais.
"O nosso país deixará para trás as trevas do terrorismo e manterá sempre vivos os valores fundamentais da nossa República, alinhados com o objectivo de uma 'Turquia sem Terrorismo'", acrescentou, destacando que Ancara "continuará com os seguros no caminho de uma democracia de alto nível com lealdade ao princípio do Estado de Direito" e avançará "com determinação em direção à luz da fraternidade e da estabilidade".
Nechirvan Barzani, presidente do Partido Democrático do Curdistão (KDP), no poder na região autónoma do norte do Iraque, também aplaudiu o anúncio do PKK de deposição das armas.
Trata-se de uma decisão que "demonstra maturidade política e abre caminho a um diálogo que favorece a coexistência e a estabilidade na Turquia e na região", referiu Barzani num comunicado citado pela -Presse.
A região autónoma do Curdistão iraquiano está disposta a apoiar os esforços para garantir o êxito de uma "oportunidade histórica", frisou.
O PKK anunciou a dissolução após o seu 12.º Congresso, realizado de 5 a 7 de maio.
“O PKK completou a sua missão histórica”, lê-se num comunicado, citado pela agência noticiosa Firat que é próxima do grupo.
Na declaração final do congresso, foi feito um apelo à reformulação das relações turco-curdas, tendo sido também anunciado que um dos fundadores da organização, Ali Haydar Kaytan, morreu em 2018 e Rıza Altun em 2019.
Segundo a CNN Turk, as armas serão entregues sob a supervisão da ONU, na presença de observadores internacionais. Os locais onde serão feitas as entregas já foram determinados.