O presidente da CDU, Friedrich Merz, precisa de uma maioria entre os deputados do Bundestag para ser eleito o décimo chanceler da Alemanha do pós-guerra.
O parlamento alemão reúne-se a 6 de maio para eleger o líder da CDU, Friedrich Merz, como o próximo chanceler do país, isto se todos os partidos do seu projeto de governo aprovarem o acordo de coligação.
Merz e a União Democrata-Cristã (CDU) propam um acordo com a CSU e os sociais-democratas (SPD) de Olaf Scholz na semana ada. Juntos, dispõem de uma modesta maioria de 328 dos 630 lugares do Bundestag.
Tanto o SPD como a CDU têm de aprovar o acordo de coligação antes de parlamento alemão poder votar.
O SPD deverá realizar uma votação entre os seus membros, enquanto a CDU votará durante a conferência do partido, prevista para 28 de abril. A CSU aprovou o acordo na semana ada.
Apesar de Merz ser amplamente esperado como o próximo líder do país, o acordo proposto entre o SPD e a CDU enfrentou a resistência de membros do SPD e da sua secção juvenil, Jusos.
Um dos pontos de discórdia a pelo salário mínimo alemão, que o SPD defendeu que fosse aumentado em 15 euros por hora até 2026. Atualmente, o salário mínimo é de 12,82 euros por hora.
Merz afirmou que o acordo não prevê um aumento do salário mínimo. Não haverá "nenhum automatismo legal", disse ao Bild am Sontntag, e a Comissão do Salário Mínimo decidirá sobre o valor.
O ministro do Trabalho do SPD, Hubertus Heil, defendeu um aumento do salário mínimo até ao próximo ano. “Para o salário mínimo, discutimos que queremos chegar aos 15 euros em 2026, e vamos fazê-lo através da Comissão do Salário Mínimo, aderindo às suas próprias regras de procedimento”, disse à ZDF sobre o acordo de coligação.
Apesar da resistência, o colíder do SPD, Lars Klingbeil, afirmou no domingo que a maioria dos membros do partido reconhecia a necessidade de formar um governo estável. A dupla apresentou um acordo de coligação sensato, afirmou, em declarações à televisão ARD.
"O SPD tem um acordo de coligação sensato, mas não tem condições para formar um governo estável", afirmou.
A ala juvenil do SPD, Jusos, também se manifestou contra o acordo, argumentando que não há mudanças genuínas nos domínios do asilo, da migração e do Estado social.
A fação representa cerca de um quinto dos cerca de 358.000 membros do SPD.
“Todos têm o direito de votar como quiserem na votação dos membros. É uma decisão democrática”, afirmou Klingbeil.
O deputado alemão defende que a Alemanha deve ser um lugar de estabilidade, tendo em conta o que se a na política mundial e que os membros devem reconhecer que não foi possível chegar a acordo sobre uma coligação no centro democrático.