{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2025/03/10/soldados-russos-lancaram-ataque-surpresa-em-kursk-atraves-de-um-gasoduto" }, "headline": "Soldados russos lan\u00e7aram ataque surpresa em Kursk atrav\u00e9s de um gasoduto", "description": "As for\u00e7as especiais russas entraram num gasoduto para atacar unidades ucranianas pela retaguarda na regi\u00e3o de Kursk, itiram os militares ucranianos.", "articleBody": "Os relatos de for\u00e7as especiais a rastejar atrav\u00e9s de um gasoduto n\u00e3o utilizado com 1,4 metros de largura para atacar as for\u00e7as ucranianas em Sudzha, na regi\u00e3o de Kursk, pareciam inicialmente improv\u00e1veis. Mas, agora, o Estado-Maior da Ucr\u00e2nia confirmou o epis\u00f3dio.O plano audacioso surgiu num momento em que Moscovo tenta recuperar partes da sua prov\u00edncia fronteiri\u00e7a que Kiev tomou numa ofensiva de choque.De acordo com as mensagens publicadas no Telegram por um blogger ucraniano, pr\u00f3-Kremlin, os soldados russos percorreram cerca de 15 quil\u00f3metros dentro do gasoduto, que Moscovo utilizava at\u00e9 h\u00e1 pouco tempo para enviar g\u00e1s para a Europa. Algumas tropas russas aram v\u00e1rios dias dentro do gasoduto antes de atacarem unidades ucranianas pela retaguarda, perto da cidade de Sudzha, afirmou o blogger Yuri Podolyaka.A cidade tinha cerca de 5 mil habitantes antes da invas\u00e3o russa da Ucr\u00e2nia, em fevereiro de 2022, e alberga importantes esta\u00e7\u00f5es de transfer\u00eancia e medi\u00e7\u00e3o de g\u00e1s ao longo do gasoduto, outrora uma importante sa\u00edda para as exporta\u00e7\u00f5es russas de g\u00e1s natural atrav\u00e9s do territ\u00f3rio ucraniano.Outro blogger de guerra, que usa o pseud\u00f3nimo Two Majors, disse que estavam a decorrer combates ferozes em Sudzha e que as for\u00e7as russas conseguiram entrar na cidade atrav\u00e9s de um gasoduto. Os canais russos do Telegram mostraram fotografias do que diziam ser agentes das for\u00e7as especiais, usando m\u00e1scaras de g\u00e1s e movendo-se ao longo do que parecia ser o interior de um grande tubo.O Estado-Maior da Ucr\u00e2nia confirmou no s\u00e1bado \u00e0 noite que os \u0022grupos de sabotagem e assalto\u0022 russos utilizaram o gasoduto numa tentativa de ganhar uma posi\u00e7\u00e3o fora de Sudzha. Num post do Telegram, o Estado-Maior afirmou que as tropas russas foram \u0022detetadas atempadamente\u0022 e que a Ucr\u00e2nia respondeu com rockets e artilharia.\u0022Neste momento, as for\u00e7as especiais russas est\u00e3o a ser detetadas, bloqueadas e destru\u00eddas. As perdas do inimigo em Sudzha s\u00e3o muito elevadas\u0022, informou o Estado-Maior.A Ucr\u00e2nia lan\u00e7ou em agosto uma ousada incurs\u00e3o transfronteiri\u00e7a em Kursk, no que constituiu o maior ataque em territ\u00f3rio russo desde a Segunda Guerra Mundial. Em poucos dias, as unidades ucranianas capturaram mil quil\u00f3metros quadrados de territ\u00f3rio, incluindo a cidade fronteiri\u00e7a estrat\u00e9gica de Sudzha, e fizeram centenas de prisioneiros de guerra russos.Segundo Kiev, o objetivo da opera\u00e7\u00e3o era ganhar uma moeda de troca em futuras conversa\u00e7\u00f5es de paz e for\u00e7ar a R\u00fassia a desviar as tropas da sua ofensiva no leste da Ucr\u00e2nia.Mas agora os soldados ucranianos em Kursk est\u00e3o desgastados por ataques implac\u00e1veis de mais de 50 mil efetivos, incluindo tropas da Coreia do Norte, aliada da R\u00fassia. Dezenas de milhares de soldados ucranianos correm o risco de serem cercados, segundo mapas de fonte aberta do campo de batalha.O minist\u00e9rio da Defesa da R\u00fassia informou, no domingo, que as suas tropas tomaram a aldeia de Lebedevka, cerca de 12 quil\u00f3metros a noroeste de Sudzha, e infligiram derrotas a v\u00e1rias unidades ucranianas dentro e perto da cidade, n\u00e3o especificando quando exatamente ocorreram estes confrontos. A Ucr\u00e2nia n\u00e3o comentou de imediato as afirma\u00e7\u00f5es do minist\u00e9rio russo.Fran\u00e7a anuncia novo pacote de ajuda \u00e0 Ucr\u00e2niaEntretanto, o ministro franc\u00eas da Defesa, S\u00e9bastien Lecornu, disse no domingo que a Fran\u00e7a vai utilizar os lucros dos ativos russos congelados para financiar um pacote adicional de 195 milh\u00f5es de euros em armas para a Ucr\u00e2nia, o \u00faltimo de uma s\u00e9rie de entregas de ajuda militar financiadas atrav\u00e9s deste mecanismo.Numa entrevista ao jornal La Tribune Dimanche, Lecornu disse que Paris vai enviar novos proj\u00e9teis de artilharia de 155 mil\u00edmetros e bombas planadoras para os ca\u00e7as Mirage 2000 que j\u00e1 tinha dado \u00e0 Ucr\u00e2nia.A medida provocou uma rea\u00e7\u00e3o furiosa do presidente do parlamento russo, Vyacheslav Volodin, que afirmou que Paris \u0022responder\u00e1 pelas suas a\u00e7\u00f5es\u0022 e que, eventualmente, ter\u00e1 de devolver o que Volodin chamou de fundos \u0022roubados\u0022.Drones ucranianos atacam infraestruturas petrol\u00edferas russasNa \u00faltima madrugada, um drone atingiu um dep\u00f3sito de petr\u00f3leo em Cheboksary, uma cidade russa no rio Volga a cerca de mil quil\u00f3metros da fronteira, informou o governador local. De acordo com Oleg Nikolaev, ningu\u00e9m ficou ferido, mas o dep\u00f3sito precisou de obras de reconstru\u00e7\u00e3o.Nos canais de Telegram russos, circularam imagens do que parecia ser um inc\u00eandio numa das maiores refinarias de petr\u00f3leo da R\u00fassia, na cidade de Ryazan, no sul do pa\u00eds. Shot, um canal de not\u00edcias no Telegram, citou residentes locais que disseram ter ouvido v\u00e1rias explos\u00f5es noturnas perto da refinaria. O governador local, Pavel Malkov, disse que drones ucranianos foram abatidos nas proximidades, acrescentando que n\u00e3o houve v\u00edtimas nem danos.A Ucr\u00e2nia n\u00e3o se pronunciou de imediato sobre os dois incidentes.", "dateCreated": "2025-03-09T18:32:36+01:00", "dateModified": "2025-03-10T11:50:25+01:00", "datePublished": "2025-03-10T09:34:24+01:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F93%2F82%2F74%2F1440x810_cmsv2_6985ae48-e61b-5e97-bc22-648361db6a47-8938274.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "ARQUIVO - Um soldado ucraniano a por um edif\u00edcio em Sudzha, na regi\u00e3o de Kursk, R\u00fassia, a 16 de agosto de 2024.", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F93%2F82%2F74%2F432x243_cmsv2_6985ae48-e61b-5e97-bc22-648361db6a47-8938274.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Person", "name": "Daniel Bellamy", "sameAs": "https://twitter.com/danbel" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Soldados russos lançaram ataque surpresa em Kursk através de um gasoduto

ARQUIVO - Um soldado ucraniano a por um edifício em Sudzha, na região de Kursk, Rússia, a 16 de agosto de 2024.
ARQUIVO - Um soldado ucraniano a por um edifício em Sudzha, na região de Kursk, Rússia, a 16 de agosto de 2024. Direitos de autor AP/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor AP/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Daniel Bellamy com AP
Publicado a Últimas notícias
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

As forças especiais russas entraram num gasoduto para atacar unidades ucranianas pela retaguarda na região de Kursk, itiram os militares ucranianos.

PUBLICIDADE

Os relatos de forças especiais a rastejar através de um gasoduto não utilizado com 1,4 metros de largura para atacar as forças ucranianas em Sudzha, na região de Kursk, pareciam inicialmente improváveis. Mas, agora, o Estado-Maior da Ucrânia confirmou o episódio.

O plano audacioso surgiu num momento em que Moscovo tenta recuperar partes da sua província fronteiriça que Kiev tomou numa ofensiva de choque.

De acordo com as mensagens publicadas no Telegram por um blogger ucraniano, pró-Kremlin, os soldados russos percorreram cerca de 15 quilómetros dentro do gasoduto, que Moscovo utilizava até há pouco tempo para enviar gás para a Europa. Algumas tropas russas aram vários dias dentro do gasoduto antes de atacarem unidades ucranianas pela retaguarda, perto da cidade de Sudzha, afirmou o blogger Yuri Podolyaka.

A cidade tinha cerca de 5 mil habitantes antes da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, e alberga importantes estações de transferência e medição de gás ao longo do gasoduto, outrora uma importante saída para as exportações russas de gás natural através do território ucraniano.

Outro blogger de guerra, que usa o pseudónimo Two Majors, disse que estavam a decorrer combates ferozes em Sudzha e que as forças russas conseguiram entrar na cidade através de um gasoduto. Os canais russos do Telegram mostraram fotografias do que diziam ser agentes das forças especiais, usando máscaras de gás e movendo-se ao longo do que parecia ser o interior de um grande tubo.

O Estado-Maior da Ucrânia confirmou no sábado à noite que os "grupos de sabotagem e assalto" russos utilizaram o gasoduto numa tentativa de ganhar uma posição fora de Sudzha. Num post do Telegram, o Estado-Maior afirmou que as tropas russas foram "detetadas atempadamente" e que a Ucrânia respondeu com rockets e artilharia.

"Neste momento, as forças especiais russas estão a ser detetadas, bloqueadas e destruídas. As perdas do inimigo em Sudzha são muito elevadas", informou o Estado-Maior.

ARQUIVO - Estação de bombeamento de gás em Sudzha, Rússia, 11 de janeiro de 2009. (AP Photo/Sergei Chuzavkov, Ficheiro)
ARQUIVO - Estação de bombeamento de gás em Sudzha, Rússia, 11 de janeiro de 2009. (AP Photo/Sergei Chuzavkov, Ficheiro)AP Photo

A Ucrânia lançou em agosto uma ousada incursão transfronteiriça em Kursk, no que constituiu o maior ataque em território russo desde a Segunda Guerra Mundial. Em poucos dias, as unidades ucranianas capturaram mil quilómetros quadrados de território, incluindo a cidade fronteiriça estratégica de Sudzha, e fizeram centenas de prisioneiros de guerra russos.

Segundo Kiev, o objetivo da operação era ganhar uma moeda de troca em futuras conversações de paz e forçar a Rússia a desviar as tropas da sua ofensiva no leste da Ucrânia.

Mas agora os soldados ucranianos em Kursk estão desgastados por ataques implacáveis de mais de 50 mil efetivos, incluindo tropas da Coreia do Norte, aliada da Rússia. Dezenas de milhares de soldados ucranianos correm o risco de serem cercados, segundo mapas de fonte aberta do campo de batalha.

O ministério da Defesa da Rússia informou, no domingo, que as suas tropas tomaram a aldeia de Lebedevka, cerca de 12 quilómetros a noroeste de Sudzha, e infligiram derrotas a várias unidades ucranianas dentro e perto da cidade, não especificando quando exatamente ocorreram estes confrontos. A Ucrânia não comentou de imediato as afirmações do ministério russo.

França anuncia novo pacote de ajuda à Ucrânia

Entretanto, o ministro francês da Defesa, Sébastien Lecornu, disse no domingo que a França vai utilizar os lucros dos ativos russos congelados para financiar um pacote adicional de 195 milhões de euros em armas para a Ucrânia, o último de uma série de entregas de ajuda militar financiadas através deste mecanismo.

Numa entrevista ao jornal La Tribune Dimanche, Lecornu disse que Paris vai enviar novos projéteis de artilharia de 155 milímetros e bombas planadoras para os caças Mirage 2000 que já tinha dado à Ucrânia.

A medida provocou uma reação furiosa do presidente do parlamento russo, Vyacheslav Volodin, que afirmou que Paris "responderá pelas suas ações" e que, eventualmente, terá de devolver o que Volodin chamou de fundos "roubados".

Drones ucranianos atacam infraestruturas petrolíferas russas

Na última madrugada, um drone atingiu um depósito de petróleo em Cheboksary, uma cidade russa no rio Volga a cerca de mil quilómetros da fronteira, informou o governador local. De acordo com Oleg Nikolaev, ninguém ficou ferido, mas o depósito precisou de obras de reconstrução.

Nos canais de Telegram russos, circularam imagens do que parecia ser um incêndio numa das maiores refinarias de petróleo da Rússia, na cidade de Ryazan, no sul do país. Shot, um canal de notícias no Telegram, citou residentes locais que disseram ter ouvido várias explosões noturnas perto da refinaria. O governador local, Pavel Malkov, disse que drones ucranianos foram abatidos nas proximidades, acrescentando que não houve vítimas nem danos.

A Ucrânia não se pronunciou de imediato sobre os dois incidentes.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Ucrânia diz que tropas norte-coreanas regressaram para combater na região de Kursk

Ucrânia lança novo ataque na região russa de Kursk

Rússia e Ucrânia acusam-se mutuamente sobre ataque a uma escola na região russa de Kursk