Pela segunda vez em menos de um mês, drones ucranianos atacaram a refinaria de petróleo de Saratov, que faz parte da Rosneft. O ministro ucraniano da Energia, German Galushchenko, afirmou que infraestruturas de gás do país tinham sido atacadas pelos russos.
Uma refinaria de petróleo na região russa de Saratov foi atacada na noite de segunda-feira por drones ucranianos. No canal Astra, no Telegram, foram publicados vídeos dos residentes que mostram imagens do incêndio na refinaria, que presumivelmente faz parte da Rosneft, a empresa russa de petróleo e gás. Foram relatadas explosões nas imediações das instalações, que já tinham sido visadas por drones a 14 de janeiro.
O governador da região de Saratov disse que houve danos numa "empresa industrial" em Saratov após a queda de destroços de drones.
"As forças de defesa aérea eliminaram os UAV [veículos aéreos não tripulados]. Há danos numa empresa industrial em Saratov. Os serviços operacionais estão a trabalhar nos locais de possível queda de destroços. Não há vítimas segundo a avaliação preliminar", escreveu Roman Busargin.
Canais russos pró-regime no Telegram falam ainda de explosões na cidade russa de Engels, no oblast de Saratov. Segundo os locais, as explosões foram ouvidas sobre o aeródromo militar local. Não há confirmação oficial desta informação.
Engels situa-se na margem oposta do rio Volga em relação a Saratov e alberga uma base de aviação estratégica russa.
O Ministério da Defesa russo revelou entretanto que mais de 40 drones foram abatidos durante a noite, incluindo 18 sobre a região de Saratov e 14 sobre a região de Rostov, seis na região de Bryansk, dois na região de Volgogrado e um na região de Belgorod.
Já a Ucrânia impôs apagões de emergência na manhã de terça-feira devido aos bombardeamentos russos. O ministro da Energia, German Galushchenko, afirmou que as infraestruturas de gás ucranianas estavam sob ataque.
"Há um novo ataque ao sistema energético da Ucrânia. Durante a noite, o inimigo atacou as infraestruturas de gás. Esta manhã, o sector da energia continua sob a mira do inimigo. A fim de minimizar as possíveis consequências para o sistema energético, o operador do sistema de distribuição aplicou de forma urgentemente restrições de emergência na eletricidade", escreveu Galushchenko nas redes sociais.