Primeiro-ministro israelita nega ter respondido a qualquer resposta de cessar-fogo, depois de 12 países terem apelado um cessar-fogo imediato de 21 dias no Líbano a fim de permitir negociações no âmbito da escalada do conflito no Médio Oriente.
Estados Unidos e França lideraram um grupo e 12 países que se juntaram ontem para apelarem a um cessar-fogo de 21 dias no Líbano, após uma reunião de líderes mundiais na Assembleia Geral da ONU em Nova Iorque. A pausa nos ataques permitira iniciar negociações a fim de aliviar as tensões crescentes no Médio Oriente, após os ataques israelitas terem incendiado o Líbano.
Em resposta, o gabinete do Primeiro-ministro israelita, que viaja hoje para Nova Iorque para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas, garante que não houve qualquer acordo, pedindo aos militares que continuem a lutar com “toda a força” no Líbano.
“As notícias sobre um cessar-fogo não são verdadeiras. Trata-se de uma proposta americano-sa, à qual o primeiro-ministro nem sequer respondeu. As notícias sobre a suposta diretiva para moderar os combates no norte também são o oposto da verdade”, é possível ler no comunicado, citado pelo jornal Haaretz.
“O primeiro-ministro deu instruções às FDI para prosseguirem os combates com toda a força e de acordo com os planos que lhe foram apresentados. Além disso, os combates em Gaza vão continuar até que todos os objectivos da guerra sejam alcançados.”
A posição israelita foi entretanto reforçada pelas declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros Israel Katz, que na rede social X, afirmou que Israel irá continuar a “lutar contra a organização terrorista do Hezbollah”.
Ataques israelitas matam 19 refugiados sírios no Líbano
Pelo menos refugiados sírios foram mortos no Líbano depois de um ataque aéreo israelita ter destruído um edifício que albergava trabalhadores. As primeiras notícias apontavam para 23 refugiados mortos, num número revisto e atualizado pelo ministério da Saúde do Líbano.
Os corpos foram retirados dos escombros. Quatro outros cidadãos sírios e quatro libaneses ficaram feridos no mesmo ataque aéreo, na quarta-feira, na aldeia de Younine.
O Líbano é casa de uma grande comunidade de refugiados - incluindo cerca de 1,5 milhões de sírios que fugiram da guerra no país.
Durante a tarde, pelo menos duas pessoas morreram e 15 ficaram feridas num ataque israelita a um subúrbio do sul de Beirute, segundo o Ministério da Saúde libanês. Uma mulher encontra-se em estado crítico.
Os ataques israelitas no território continuam com as forças israelitas a darem conta esta manhã de que atingiram 75 alvos do Hezbollah na região do Beca.
As IDF dizem que continuam a atacar o Hezbollah em várias áreas país, incluindo a aldeia de Shuba, no sul do Líbano.
O chefe das forças armadas israelitas disse na quarta-feira que as FDI estavam a preparar-se para uma eventual operação terrestre no Líbano, uma vez que o Hezbollah lançou dezenas de rockets contra Israel.
O Hezbollah tem respondido com novos ataques aéreos contra o território israelita. As IDF avançaram esta manhã que foram detetados detetados cerca de 45 rockets lançamentos a partir do Líbano.
Alguns deles foram intercetados e os restantes caíram em áreas abertas. Até à data, não há registo de feridos.
De acordo com o ministério da Saúde libanês, 28 pessoas morreram esta quinta-feira. 20 pessoas em Younine, entre eles, os 19 refugiados sírios mortos em Younine. Três pessoas foram mortas no distrito de Tyre, duas pessoas em Cus e uma em Qana, no sul do Líbano. De recordar que, pelo menos, duas pessoas morreram após um ataque em Beirute, durante a tarde.
O Ministro da Saúde libanês afirmou que os ataques israelitas mataram mais de 72 pessoas na quarta-feira. O número de mortos desde segunda-feira aumentou para mais de 630, com mais de 2.000 feridos e milhares de pessoas a procurar refúgio no sul do Líbano.
Milhares de deslocados em abrigos
Numa conferência de imprensa do ministro do Interior libanês, cerca de 70.100 pessoas deslocadas no Líbano estão alojadas em 533 abrigos.
Bassam Mawlawi informou que cerca de 27 mil pessoas deixaram o Líbano nos últimos três dias. Metade dessas pessoas são cidadãos sírios que regressaram ao seu país de origem através dos postos fronteiriços oficiais, acrescentou o ministro.
As Nações Unidas afirmam que mais de 90 000 pessoas foram deslocadas devido aos cinco dias de ataques israelitas no Líbano, elevando para 200 000 o número de pessoas deslocadas no Líbano desde que o Hezbollah começou a disparar rockets contra o norte de Israel, em apoio ao Hamas, depois de este ter invadido Israel, desencadeando a guerra entre Israel e o Hamas.
Desde o dia 8 de outubro do ano ado, tem havido fogo transfronteiriço quase diário entre Israel e o Hezbollah.