{ "@context": "https://schema.org/", "@graph": [ { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": { "@type": "Webpage", "url": "/2024/08/07/pelo-menos-24-mortos-e-mais-de-2200-detidos-em-protestos-contra-resultados-na-venezuela" }, "headline": "Pelo menos 24 mortos e mais de 2.200 detidos em protestos contra resultados na Venezuela", "description": "Pelo menos 24 pessoas foram mortas nos protestos, de acordo com a ONG Provea. Al\u00e9m disso, mais de 2.200 pessoas foram presas, de acordo com Maduro. O Brasil, a Col\u00f4mbia e o M\u00e9xico s\u00e3o mediadores informais na Venezuela ap\u00f3s a crise eleitoral. Os Estados Unidos apoiam os tr\u00eas pa\u00edses nos seus esfor\u00e7os para realizar uma \u0022transi\u00e7\u00e3o\u0022 na Venezuela.", "articleBody": "Ap\u00f3s as elei\u00e7\u00f5es presidenciais disputadas na Venezuela h\u00e1 nove dias, autoridades do Brasil, Col\u00f4mbia e M\u00e9xico t\u00eam estado em constante o com representantes do presidente venezuelano Nicol\u00e1s Maduro e do candidato da oposi\u00e7\u00e3o Edmundo Gonz\u00e1lez, em busca de uma solu\u00e7\u00e3o para a crise. De acordo com o presidente, 2.229 pessoas foram detidas na Venezuela.As tr\u00eas na\u00e7\u00f5es, cujos atuais presidentes de esquerda s\u00e3o aliados de Maduro, est\u00e3o a conversar com ambas as partes, disse \u00e0 The Associated Press um alto funcion\u00e1rio mexicano que participou das discuss\u00f5es. O funcion\u00e1rio se recusou a caraterizar isso como media\u00e7\u00e3o formal.Ao contr\u00e1rio de muitas outras na\u00e7\u00f5es que reconheceram Maduro ou Gonz\u00e1lez como vencedor, os governos do Brasil, Col\u00f4mbia e M\u00e9xico adotaram uma posi\u00e7\u00e3o mais neutra, n\u00e3o rejeitando nem aplaudindo quando as autoridades eleitorais da Venezuela declararam Maduro vencedor nas urnas.Em declara\u00e7\u00e3o conjunta na semana ada, os tr\u00eas pa\u00edses pediram que o \u00f3rg\u00e3o eleitoral venezuelano liberasse dezenas de milhares de folhas de apura\u00e7\u00e3o, consideradas a prova definitiva dos resultados.\u0022O princ\u00edpio fundamental da soberania popular deve ser respeitado por meio da verifica\u00e7\u00e3o imparcial dos resultados\u0022, afirmaram os presidentes brasileiro Luiz In\u00e1cio Lula da Silva, colombiano Gustavo Petro e mexicano Andr\u00e9s Manuel L\u00f3pez Obrador numa declara\u00e7\u00e3o conjunta. O alto funcion\u00e1rio mexicano disse \u00e0 AP que os tr\u00eas n\u00e3o descartaram uma reuni\u00e3o cara a cara com Maduro.Milh\u00f5es de venezuelanos foram \u00e0s urnas no dia 28 de julho - alguns at\u00e9 fizeram uma vig\u00edlia em suas se\u00e7\u00f5es eleitorais - para a t\u00e3o esperada elei\u00e7\u00e3o que, segundo todos os relatos, foi o desafio eleitoral mais dif\u00edcil que Maduro e seu Partido Socialista Unido da Venezuela, no poder, enfrentaram em d\u00e9cadas. O Conselho Nacional Eleitoral proclamou ent\u00e3o Maduro vencedor sem divulgar n\u00fameros pormenorizados, como tinha feito no ado.Cerca de 12 horas ap\u00f3s o an\u00fancio dos resultados, milhares de venezuelanos em todo o pa\u00eds sa\u00edram \u00e0s ruas para protestar contra os resultados e foram recebidos com uma brutal repress\u00e3o governamental.De acordo com o Conselho Eleitoral, Maduro obteve 6,4 milh\u00f5es de votos, enquanto Gonz\u00e1lez, que representava a coliga\u00e7\u00e3o da oposi\u00e7\u00e3o Plataforma Unit\u00e1ria, obteve 5,3 milh\u00f5es. Mas Gonz\u00e1lez e a l\u00edder da oposi\u00e7\u00e3o Mar\u00eda Corina Machado surpreenderam os venezuelanos quando revelaram que tinham obtido mais de 80% dos resultados emitidos por cada m\u00e1quina de voto eletr\u00f3nico ap\u00f3s o encerramento das urnas e afirmaram que Maduro tinha sido derrotado por uma margem de 2 para 1.Na sequ\u00eancia das revela\u00e7\u00f5es, Maduro pediu ao Supremo Tribunal da Venezuela que efetuasse uma auditoria \u00e0s elei\u00e7\u00f5es presidenciais, mas a sua decis\u00e3o suscitou imediatamente cr\u00edticas por parte de observadores estrangeiros, que afirmaram que o tribunal est\u00e1 demasiado pr\u00f3ximo do governo para efetuar uma an\u00e1lise independente.Um tribunal dominado por MaduroOs ju\u00edzes do tribunal s\u00e3o nomeados por funcion\u00e1rios federais e ratificados pela Assembleia Nacional, que \u00e9 dominada por apoiantes de Maduro.Na sexta-feira ada, quando o tribunal convocou os 10 candidatos a votos para uma audi\u00eancia, apenas Gonzalez n\u00e3o compareceu. Na segunda-feira, o tribunal ordenou-lhe que se apresentasse numa nova audi\u00eancia na quarta-feira.Machado, numa mensagem \u00e1udio gravada para os venezuelanos nas redes sociais na ter\u00e7a-feira, disse que a oposi\u00e7\u00e3o tinha obtido as folhas de contagem \u0022sem que o regime se apercebesse\u0022. Ela tamb\u00e9m lembrou aos seus apoiantes que o seu esfor\u00e7o conjunto para destituir Maduro \u0022tem muitas fases\u0022 e que n\u00e3o \u00e9 necess\u00e1rio que as pessoas \u0022estejam sempre nas ruas\u0022.\u0022H\u00e1 alturas para sair, alturas para nos juntarmos e mostrarmos toda a nossa for\u00e7a e determina\u00e7\u00e3o e abra\u00e7armo-nos uns aos outros, tal como h\u00e1 alturas para nos prepararmos, organizarmos, comunicarmos e consultarmos os nossos aliados em todo o mundo, que s\u00e3o muitos\u0022, disse. \u0022Por vezes \u00e9 necess\u00e1ria uma pausa operacional para garantir que todos os elementos da estrat\u00e9gia est\u00e3o alinhados e prontos para a a\u00e7\u00e3o.\u0022Tamb\u00e9m na ter\u00e7a-feira, o governo dos EUA reiterou seu apelo para que Maduro e seus representantes reconhe\u00e7am os resultados das elei\u00e7\u00f5es que favorecem Gonzalez. Mark Wells, secret\u00e1rio adjunto interino para os assuntos do Hemisf\u00e9rio Ocidental, disse aos jornalistas que a istra\u00e7\u00e3o do presidente Joe Biden examinou as provas partilhadas pela oposi\u00e7\u00e3o e determinou que \u0022seria quase imposs\u00edvel falsificar\u0022 as folhas de contagem.\u0022Os n\u00fameros falam por si\u0022, disse Wells. \u0022O resultado real da elei\u00e7\u00e3o \u00e9 claro e o mundo pode v\u00ea-lo. Edmundo Gonzalez ganhou a maioria dos votos\u0022. Ele acrescentou que o governo dos EUA continua a trabalhar com outros pa\u00edses para promover a transpar\u00eancia e garantir que os votos do povo sejam contados. Elogiou tamb\u00e9m os esfor\u00e7os conjuntos da Col\u00f4mbia, do M\u00e9xico e do Brasil, mas recusou-se a dar pormenores ou a dizer se os EUA est\u00e3o atualmente em conversa\u00e7\u00f5es com Maduro.", "dateCreated": "2024-08-07T07:35:53+02:00", "dateModified": "2024-08-07T09:42:09+02:00", "datePublished": "2024-08-07T09:42:09+02:00", "image": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F63%2F47%2F42%2F1440x810_cmsv2_25e567cc-29d0-5f80-af2e-76a2fe68ec04-8634742.jpg", "width": "1440px", "height": "810px", "caption": "Nicol\u00e1s Maduro, Presidente da Venezuela", "thumbnail": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Farticles%2Fstories%2F08%2F63%2F47%2F42%2F432x243_cmsv2_25e567cc-29d0-5f80-af2e-76a2fe68ec04-8634742.jpg", "publisher": { "@type": "Organization", "name": "euronews", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png" } }, "author": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ], "url": "/" }, "publisher": { "@type": "Organization", "name": "Euronews", "legalName": "Euronews", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fstatic.euronews.com%2Fwebsite%2Fimages%2Feuronews-logo-main-blue-403x60.png", "width": "403px", "height": "60px" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] }, "articleSection": [ "Mundo" ], "isAccessibleForFree": "False", "hasPart": { "@type": "WebPageElement", "isAccessibleForFree": "False", "cssSelector": ".poool-content" } }, { "@type": "WebSite", "name": "Euronews.com", "url": "/", "potentialAction": { "@type": "SearchAction", "target": "/search?query={search_term_string}", "query-input": "required name=search_term_string" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/pt.euronews", "https://twitter.com/euronewspt", "https://flipboard.com/@euronewspt", "https://www.linkedin.com/company/euronews" ] } ] }
PUBLICIDADE

Pelo menos 24 mortos e mais de 2.200 detidos em protestos contra resultados na Venezuela

Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela
Nicolás Maduro, Presidente da Venezuela Direitos de autor Cristian Hernandez/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
Direitos de autor Cristian Hernandez/Copyright 2024 The AP. All rights reserved
De Euronews en español com AP
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button

Pelo menos 24 pessoas foram mortas nos protestos, de acordo com a ONG Provea. Além disso, mais de 2.200 pessoas foram presas, de acordo com Maduro. O Brasil, a Colômbia e o México são mediadores informais na Venezuela após a crise eleitoral. Os Estados Unidos apoiam os três países nos seus esforços para realizar uma "transição" na Venezuela.

PUBLICIDADE

Após as eleições presidenciais disputadas na Venezuela há nove dias, autoridades do Brasil, Colômbia e México têm estado em constante o com representantes do presidente venezuelano Nicolás Maduro e do candidato da oposição Edmundo González, em busca de uma solução para a crise. De acordo com o presidente, 2.229 pessoas foram detidas na Venezuela.

As três nações, cujos atuais presidentes de esquerda são aliados de Maduro, estão a conversar com ambas as partes, disse à The Associated Press um alto funcionário mexicano que participou das discussões. O funcionário se recusou a caraterizar isso como mediação formal.

Ao contrário de muitas outras nações que reconheceram Maduro ou González como vencedor, os governos do Brasil, Colômbia e México adotaram uma posição mais neutra, não rejeitando nem aplaudindo quando as autoridades eleitorais da Venezuela declararam Maduro vencedor nas urnas.

Em declaração conjunta na semana ada, os três países pediram que o órgão eleitoral venezuelano liberasse dezenas de milhares de folhas de apuração, consideradas a prova definitiva dos resultados.

"O princípio fundamental da soberania popular deve ser respeitado por meio da verificação imparcial dos resultados", afirmaram os presidentes brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, colombiano Gustavo Petro e mexicano Andrés Manuel López Obrador numa declaração conjunta. O alto funcionário mexicano disse à AP que os três não descartaram uma reunião cara a cara com Maduro.

Milhões de venezuelanos foram às urnas no dia 28 de julho - alguns até fizeram uma vigília em suas seções eleitorais - para a tão esperada eleição que, segundo todos os relatos, foi o desafio eleitoral mais difícil que Maduro e seu Partido Socialista Unido da Venezuela, no poder, enfrentaram em décadas. O Conselho Nacional Eleitoral proclamou então Maduro vencedor sem divulgar números pormenorizados, como tinha feito no ado.

Cerca de 12 horas após o anúncio dos resultados, milhares de venezuelanos em todo o país saíram às ruas para protestar contra os resultados e foram recebidos com uma brutal repressão governamental.

De acordo com o Conselho Eleitoral, Maduro obteve 6,4 milhões de votos, enquanto González, que representava a coligação da oposição Plataforma Unitária, obteve 5,3 milhões. Mas González e a líder da oposição María Corina Machado surpreenderam os venezuelanos quando revelaram que tinham obtido mais de 80% dos resultados emitidos por cada máquina de voto eletrónico após o encerramento das urnas e afirmaram que Maduro tinha sido derrotado por uma margem de 2 para 1.

Na sequência das revelações, Maduro pediu ao Supremo Tribunal da Venezuela que efetuasse uma auditoria às eleições presidenciais, mas a sua decisão suscitou imediatamente críticas por parte de observadores estrangeiros, que afirmaram que o tribunal está demasiado próximo do governo para efetuar uma análise independente.

Um tribunal dominado por Maduro

Os juízes do tribunal são nomeados por funcionários federais e ratificados pela Assembleia Nacional, que é dominada por apoiantes de Maduro.

Na sexta-feira ada, quando o tribunal convocou os 10 candidatos a votos para uma audiência, apenas Gonzalez não compareceu. Na segunda-feira, o tribunal ordenou-lhe que se apresentasse numa nova audiência na quarta-feira.

Machado, numa mensagem áudio gravada para os venezuelanos nas redes sociais na terça-feira, disse que a oposição tinha obtido as folhas de contagem "sem que o regime se apercebesse". Ela também lembrou aos seus apoiantes que o seu esforço conjunto para destituir Maduro "tem muitas fases" e que não é necessário que as pessoas "estejam sempre nas ruas".

"Há alturas para sair, alturas para nos juntarmos e mostrarmos toda a nossa força e determinação e abraçarmo-nos uns aos outros, tal como há alturas para nos prepararmos, organizarmos, comunicarmos e consultarmos os nossos aliados em todo o mundo, que são muitos", disse. "Por vezes é necessária uma pausa operacional para garantir que todos os elementos da estratégia estão alinhados e prontos para a ação."

Também na terça-feira, o governo dos EUA reiterou seu apelo para que Maduro e seus representantes reconheçam os resultados das eleições que favorecem Gonzalez. Mark Wells, secretário adjunto interino para os assuntos do Hemisfério Ocidental, disse aos jornalistas que a istração do presidente Joe Biden examinou as provas partilhadas pela oposição e determinou que "seria quase impossível falsificar" as folhas de contagem.

"Os números falam por si", disse Wells. "O resultado real da eleição é claro e o mundo pode vê-lo. Edmundo Gonzalez ganhou a maioria dos votos". Ele acrescentou que o governo dos EUA continua a trabalhar com outros países para promover a transparência e garantir que os votos do povo sejam contados. Elogiou também os esforços conjuntos da Colômbia, do México e do Brasil, mas recusou-se a dar pormenores ou a dizer se os EUA estão atualmente em conversações com Maduro.

Ir para os atalhos de ibilidade
Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Maduro diz que a União Europeia é uma "vergonha"

Elon Musk deixa o DOGE, mas "continua a aconselhar Trump"

Brasil procura atrair turismo europeu através da oferta de paraíso natural único